Capítulo 23

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- Bem-vindas ao meu lar - disse Rhysand.

Uma cidade... havia um mundo lá fora.

O sol da manhã entrava pelas janelas que ladeavam a frente da casa.

- O que é este lugar? - perguntou Feyre.

Rhys apoiou o ombro largo contra o batente de carvalho entalhado que dava para a sala de estar, e cruzou os braços.

- Está é minha casa. Bem, tenho duas casas na cidade. Uma é para assuntos mais... oficiais, mas está é apenas para mim e minha família.

Eu não conseguia ouvir nada, a não ser o barulho do vento.

- Nuala e Cerridwen estão aqui - disse ele - Mas, fora isso, seremos apenas nos três.

Não consegui dizer nada, conseguir ouvir, barulho de asas e depois barulho de passos.

Rhysand abriu a boca, mas então as silhuetas de dois corpos altos e fortes surgiram. Um deles bateu com o punho.

- Rápido, seu preguiçoso - vociferou uma voz masculina grave na antecâmara além da porta.

Arregalei os olhos abri e fechei a boca ao perceber que tinha asas despontando das duas formas sombreadas.

— Duas coisas, Feyre e Saerah queridas.

As batidas continuaram, seguidas pelo segundo macho murmurando para o companheiro:

— Se vai começar uma briga com ele, faça depois do café. — Aquela voz... que me fez arrepiar, era sombria e suave e... fria.

— Não fui eu quem me expulsou da cama agora há pouco para voar até aqui — disse o primeiro. Então, acrescentou: — Enxerido.

— Primeira: ninguém além de Mor e eu podemos atravessar diretamente para dentro desta casa. Está enfeitiçada, apenas aqueles que eu desejar, e que vocês desejarem, podem entrar. Estão segura aqui, em qualquer lugar. As muralhas de Velaris são bem protegidas, e não são penetradas há cinco mil anos. Então, vão aonde desejar , fação o que desejar. Aqueles dois na antecâmara — acrescentou Rhys, com os olhos brilhando — podem não estar na lista de pessoas que vocês deveriam se dar o trabalho de conhecer se continuarem a esmurrando a porta como se fossem crianças.

Outra batida, enfatizada pela primeira voz masculina dizendo:

— Sabe que podemos ouvir você, seu porco.

Agora me pergunto se quero ou não conhecer eles mesmo.

— Segunda — continuou Rhys. — No que diz respeito aos dois desgraçados a porta, cabe a vocês quererem conhecê-los agora ou seguirem para o andar de cima como pessoas inteligentes, tirar uma soneca, pois ainda parecem um pouco pálidas, e depois colocar roupas apropriadas para a cidade enquanto espancou um deles por falar dessa forma com um Grão-Senhor.

Havia tanta luz nos olhos de Rhys. Eu ainda estava cansada, e não tô afim de conhecer pessoas novas agora.

— Venha né busca quando eles forem embora.

Aquela alegria diminuiu, e Rhys pareceu preste a dizer outra coisa, mas uma voz feminina, entrecortada e aguda, soou naquele momento.

— Vocês, Illyrianos, são piores que gatos miando para que alguém abra a porta dos fundos. — A maçaneta se agitou, a mulher deu um suspiro profundo e de impaciência. — Sério, Rhysand? Você nos trancou do lado de fora?

Me virei em direção as escadas para subir, mas parei quando feyre disse :

— Espera também vou subir, e se caso eu dormir, não venham me acordar, anão ser que alguém esteja morrendo, e esse alguém é minha irmã. — Seu tom não parecia ser brincadeira, ela tomou a frente e eu a seguir.

Corte de Fogo E SonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora