Helena saía do banheiro emocionalmente exausta. Havia tomado um longo banho para ver se a água lavaria a sujeira da alma. Como, em tão pouco tempo, tudo desmoronara?
Vestia seu robe branco e seus cabelos estavam molhados, contrastando com seus olhos avermelhados de tanto que havia chorado no banho. Paralisou ao ver, sobre sua cama, Paula seminua, com as pernas arreganhadas e uma calcinha de renda azul, que desenhava totalmente sua intimidade.
-- O que está fazendo assim na minha cama? -- Helena perguntou, vendo os grandes seios de Paula sendo massageados pela garota.
-- Estava te esperando. -- Paula disse com a voz sensual. -- Sei o que Clara aprontou e resolvi vir te consolar. -- Falou sorrindo sensualmente. -- Se aquela infiel pode se relacionar com outra pessoa, acredito que você também. -- Disse, vendo que Helena ainda estava alcoolizada. -- Vem, Helena. Esqueça ela por essa noite... -- Esquecer Clara era uma proposta tentadora.
Helena apertou os olhos e riu baixinho. Não poderia esquecer Clara nem que quisesse. Passou as mãos pelos cabelos e suspirou, negando com a cabeça e se aproximou.
-- Pegue essa merda. -- Helena disse se abaixando, pegando as roupas da garota, e jogando-as na cara da mesma. -- E dê o fora do meu quarto.
-- Helena... -- Paula começou, retirando as roupas de seu rosto e vendo a porta ser aberta atrás de Helena. Clara havia chegado ali, mas Helena não pareceu notar.
-- Helena o caralho! -- Helena usou um baixo linguajar, mas não se importava com a educação naquele momento. -- Quero que se vista, saia do meu quarto e arrume suas malas.
-- Está me expulsando?
-- Já deveria ter feito isso há muito tempo. -- Falou irritada. Paula se levantou e começou a se vestir. Clara nada dizia, apenas observava tudo. -- Achou o quê? Que se arreganhar igual uma prostituta para mim me faria te desejar? -- Disse soltando uma risada fria. -- Só me deu mais nojo de você. Quero que dê o fora da minha casa! -- Avisou. -- Irá para a minha fazenda e agradeça à Ally por isso, porque se não fosse pela consideração que tenho por ela te colocaria na rua. Dessa vez você foi longe demais. -- Clara sorriu tristemente ao ver que Helena não optou por lhe trair nem mesmo depois do que havia visto.
Paula passou correndo por Clara, mas Clara segurou seu braço.
-- Foi você, não foi? -- Perguntou baixinho. Tinha os olhos avermelhados também e vestia um robe preto. Havia tomado banho no banheiro de um dos quartos de hóspedes. Paula lhe mandou uma piscadela antes de se retirar. Helena acompanhou o movimento de Paula, encontrando Clara parada na porta.
-- O que faz aqui? Já não te mandei dar o fora dessa casa? -- Clara engoliu em seco e se aproximou temerosa, encostando a porta. Queria ir atrás de Paula arrancar cada fio de cabelo de sua cabeça, mas Helena era sua prioridade. Sempre seria.
-- Lena...
-- Não implore. Será vergonhoso para você e não adiantará de nada. -- Helena disse friamente.
-- Não vim implorar. -- Disse suspirando resignada, parando na frente de Helena. -- Vim te pedir uma última coisa.
-- Não está em condições de me pedir nada, Clara. Apenas me deixe em paz. -- Falou indiferente.
-- Não posso ir embora sem antes ter você em meus braços uma última vez. -- Falou baixinho. Tinha esperança de Helena enxergar o amor em seus atos, de Helena ver que tudo era uma estupidez e aceitar escutá-la.
-- O que quer dizer com isso? -- Clara suspirou e levou a mão até o laço de seu robe, localizado na frente de seu corpo e o puxou, deixando o robe se soltar, revelando seus seios e sua calcinha vermelha.
-- Fica comigo essa noite, Helena... -- Sussurrou, removendo o robe de seu corpo, o deixando cair como cascata no chão e descendo a calcinha de seu corpo, ficando completamente nua. Se aproximou de Helena e puxou a fita de seu robe, fazendo o mesmo com o dela, revelando seu corpo. Não vestia nada por baixo. Clara suspirou diante da visão e aproximou seu rosto do de Helena. -- Faça amor comigo...
Helena engoliu em seco e se forçou a fechar os olhos. Clara era seu ponto fraco, sempre fora. Não era justo jogar baixo daquele jeito. Amava a garota de todas as formas possíveis e isso incluía o desejo, amava a forma como Clara gemia seu nome, como lhe acariciava...
-- Clara... vista-se. -- Disse tentando controlar seu próprio desejo. -- Eu não vou fazer amor com você. -- Disse determinada e Clara sentiu como se mil facadas lhe tivessem ferido. Assentiu e fechou os olhos, respirando fundo, os abrindo novamente, determinada a fazer algo que jamais se atrevera antes. Se aproximou mais de Helena e arqueou uma sobrancelha.
-- Tudo bem. -- Disse, fazendo Helena respirar aliviada. -- Se não quer fazer amor comigo... Então trepe comigo. -- Sussurrou. Helena sentiu seu centro se contrair ao ouvir as palavras saírem de maneira sensual dos lábios de Clara. -- Me possua... -- Disse se inclinando e dando beijos lentos na clavícula de Helena. -- Me faça gozar...
-- Clara... -- Helena disse quase sem ar. Clara se afastou e trancou a porta, para então caminhar até a cama e subir na mesma, ficando completamente de quatro, apoiada em seus joelhos e cotovelos. Empinou ousadamente para Helena, levando uma de suas mãos até sua intimidade e começou a se masturbar lentamente.
-- Você vem ou... -- Disse levando seu dedo, que antes estava em sua intimidade, até seus lábios e o chupou. -- Vou ter que fazer sozinha?
Helena não podia ter visão mais satisfatória do que a de Clara de quatro para ela. Não deveria. Sentia raiva, muita raiva, mas também sentia desejo. Culpa do álcool com certeza.
-- Quer trepar comigo então? -- Helena disse rindo friamente e retirando o robe, ficando nua. Clara assentiu ainda na posição e Helena foi até seu closet. Pegou uma caixa de lá e sorriu desafiadora para Clara. -- No dia do nosso casamento ganhamos umas coisas interessantes. -- Clara congelou ao ver Helena retirar um pênis de borracha de lá de dentro da caixa. -- Quer trepar, Clara? Então vamos trepar.
-- Helena...? -- Disse temerosa, vendo Helena encaixá-lo numa cinta e o ajeitar dentro de si uma ponta, gemendo baixinho antes de prender a cinta em si.
-- Não era isso que queria? -- Helena disse debochada, caminhando até Clara, e a puxando para si. -- Agora chupa! -- Clara olhou para Helena, que possuía a feição neutra no rosto.
-- Não! -- Clara disse tristemente.
-- Não é de rola que gosta? Então chupa! -- Clara lhe olhou com olhos tristes e Helena virou o rosto para não chorar ante a cena.
Clara suspirou e se inclinou, engolindo quase todo o membro com os lábios. Helena gemeu baixinho com a visão e pelo brinquedo ter se movido dentro dela diante do toque de Clara. Clara sabia que era apenas a raiva de Helena falando, não desistiria fácil de sua mulher. -- Agora volta para a posição que estava! -- Clara voltou a ficar de quatro, se empinando para Helena. A mais velha não entendia que merda estava fazendo, mas mostraria que era melhor do que a porcaria de um pênis. Deu um estalado tapa na bunda de Clara e a segurou firme pela cintura.
-- Lena... Só vai devag...
-- Quieta! -- Clara fechou os olhos e se empinou mais. Estava com medo, mas no fundo acreditava que, apesar da raiva, Helena não lhe machucaria. Sentiu a ponta do membro de borracha tocar-lhe a entrada e tensionou sob o toque, mas quando Helena impulsionou seu corpo para frente, fazendo o brinquedo de borracha roçar seu clitóris, Clara suspirou aliviada, deixando um sorriso brincar em seus lábios. Afinal, sua Helena ainda estava ali, apesar da raiva ela não machucaria Clara, queria lhe dar prazer.
Helena se inclinou e deixou um beijo em suas costas, deslizando a língua por toda a extensão. Clara suspirou diante do toque macio dos lábios de Helena sobre sua pele, não acreditava existir lábios mais delicados do que os de sua esposa. A mais velha passeou sua mão pelo corpo de Clara, até chegar em seu seio, o apertando deliciosamente. Clara gemeu diante do toque, já estava excitada suficiente, já que Helena friccionava seu clitóris com o membro.
Helena parou o que fazia e se abaixou, começando a chupar Clara lentamente. Clara suspirou ao sentir a língua de Helena começar a lhe introduzir torturantemente. Gemeu baixinho ao sentir uma mão de Helena começar a lhe masturbar enquanto a chupava. A mais velha, apesar de ter chupado apenas Clara, era muito boa no que fazia.
Clara sentiu seu centro se contrair ante a tanto tesão e rebolou na boca de Helena, agarrando com força os lençóis pronta para gozar, mas Helena parou o que fazia, deixando Clara engolir em seco frustrada. Odiava ser impedida de gozar.
Fechou com força os olhos ao sentir Helena começar a lhe penetrar vagarosamente, sentindo uma dor lancinante com a invasão, mas ao sentir a mão de Helena começar a lhe marturbar novamente, focou-se no prazer. Helena não foi grossa, nem rude, nem bruta, a penetrou lentamente e só porque sabia que Clara estava molhada o suficiente. Apesar da raiva ainda estar viva em suas veias, jamais faria algum mal à garota.
Viu Clara gemer e jogar a cabeça para trás assim que o membro chegou fundo e fechou os olhos, sentindo o próprio prazer da parte menor dentro de si. Queria ir rápido e forte, mas mantinha em mente de que a parte que estava dentro de Clara era maior do que a que estava dentro dela e por isso se controlou. Envolveu sua mão livre nos cabelos de Clara e começou um vaivém lento, vendo Clara começar a gemer e a se movimentar junto com ela.
Clara não poderia ter lhe enganado. Não quando tudo o que ela fez foi lhe dar amor, pensava. Continuou a esfregar o clitóris de Clara enquanto a penetrava e notava os gemidos cada vez mais altos vindos da menor.
-- Não queria trepar, Clara? -- Disse rancorosa, intensificando a força das investidas.
-- Está esperando o que para meter mais forte então? -- Clara perguntou arfando, sabendo que Helena tinha dito isso apenas para lhe desencorajar a continuar.
Apertou os dedos com força na colcha da cama ao sentir Helena investir com força. Seus músculos se tensionaram e ela sabia que gozaria a qualquer momento. O barulho dos corpos suados se tocando devido ao movimento de Helena era ouvido junto com os gemidos de ambas.
-- Me fode gostoso, Helena... -- Sussurrou baixinho, sentindo Helena ainda lhe masturbando enquanto a penetrava. -- Forte... mais for... Ah! -- Gemeu arrastado ao sentir Helena colocar força nos movimentos. -- Isso... -- Sussurrou, sentindo-se mais excitada ao ouvir Helena gemer com as investidas.
Clara apertou os olhos assim que sentiu que gozaria, mas quase gritou de frustração ao sentir Helena remover o pênis de borracha de dentro dela.
-- Ainda não. -- Helena disse, removendo a cinta de seu corpo. -- Só vai gozar quando eu quiser. -- Impôs. -- E que fique claro, só gozará uma vez. Depois disso... rua! -- Clara se levantou na cama e se inclinou sobre Helena, mas a maior desviou o rosto. -- Sem beijos.
Clara suspirou irritada. Sabia que estava sendo castigada, mas estava brava, de qualquer forma.
-- Que tipo de sexo teremos sem beijo? Não sou nenhuma prostituta para não...
-- É pegar ou largar. -- Helena disse e Clara bufou, revirando os olhos. Se inclinou e sugou um dos seios de Helena, fazendo a mesma gemer baixinho. -- Que boca deliciosa. -- Helena sussurrou, empurrando Clara na cama e colocando uma perna para cada lado de sua cabeça. -- Me chupa gostoso. -- Ordenou, vendo Clara sorrir sedutora e umedecer os lábios antes de lamber toda a extensão da intimidade da mulher. Gemeu alto ao sentir a boca da mais nova sugar seu clitóris. -- Isso. -- Sussurrou de olhos fechados. Sentiu uma mão de Clara subir e apertar seu seio em uma carícia gostosa. Helena já estava completamente molhada devido às estocadas anteriores, as quais lhe proporcionaram prazer também, e por isso Clara penetrou fundo sua língua, de uma só vez. -- Oh, porra... -- Gemeu, começando a movimentar seu quadril sobre a boca da mais nova.
-- Se eu não posso gozar... -- Escutou Clara falar, dando um beijo em seu clitóris. -- Você também não. -- Falou empurrando Helena na cama e se levantando.
-- Mas você pode. -- Helena disse. -- Só fique ciente de que será uma única vez. -- Disse sentindo sua boceta se contrair ainda com a lembrança da língua da mais nova lhe penetrando.
-- Não vai gozar. -- Clara disse sorrindo tristemente, colocando a cinta, que antes estava em Helena, em si. -- É pegar ou largar? -- Sorriu cinicamente quando viu Helena revirar os olhos. Subiu de joelhos na cama e começou a dar beijos por todo o pescoço da mais velha. -- Sua boceta é tão gostosa, baby. -- Sussurrou, se encaixando atrás de Helena, a abraçando de conchinha, ainda aplicando beijos em seu pescoço. -- Tem certeza de que não quer provar seu gosto na minha boca? -- Helena mordeu seu lábio inferior com tamanho desejo de beijar Clara, mas apenas assentiu.
Clara podia ver Helena querer ceder em suas ações, mas não forçou o beijo, apenas segurou o pênis e começou a roçá-lo em Helena, ainda estando por trás. Helena ergueu levemente a perna e jogou a cabeça para trás, sentindo beijos de Clara em suas costas, seu pescoço e finalmente em seus seios, assim que se inclinou. Começou a chupar os seios de Helena com vontade, enquanto começava a penetrar a garota, que gemeu baixo sentindo Clara aprofundar o pênis lentamente. Clara soltou o pênis assim que viu que ele já não mudaria a direção e deslizou sua mão até a intimidade de sua esposa.
-- Que delícia transar com você assim... Por trás... -- Sussurrou no ouvido de Helena, movimentando-se em um vaivém lento e gostoso para ambas. -- Eu te amo, Helena... -- Disse, saindo do joguinho de sedução. Apenas sentiu a necessidade de dizer vendo Helena tão rendida.
-- Sem sentimentos, Clara... -- Helena disse. Clara apenas assentiu, inalando o perfume de Helena de seu pescoço enquanto acelerava as investidas. Sentia querer explodir, mas não poderia gozar. Era sua última vez com Helena, deveria aproveitar ao máximo. -- Mais rápido, Camz... -- Ouviu Helena pedir, enquanto começava a acariciar seu próprio seio, fazendo Clara quase gozar com a cena. Acelerou as estocadas, sentindo seu corpo querer começar a tremer. -- Agora sai. Sai de dentro de mim...
-- Não... -- Clara disse, prestes a gozar. Estava cega de desejo. Havia tentado evitar, mas precisava gozar.
-- Saia Clara! -- Helena repetiu, com a voz vacilando devido ao tesão.
-- Goza comigo, amor... -- Clara disse, empurrando mais forte e mais fundo. Helena fechou forte os olhos e com seu último resquício de força, conseguiu se desvencilhar de Clara, mas sentiu Clara lhe virar de frente, segurando seus dois pulsos e se abaixar, beijando seus seios com a respiração desregulada.
-- Clara...
-- Eu preciso gozar... -- Clara disse, olhando para Helena desesperada. Não aguentava mais, queria chorar de desespero, queria choramingar de tanto tesão. Seu sexo latejava fortemente e sabia que se não fosse por aquela cinta estaria pingando. Seu corpo estava suado e por suas veias o sangue corria mais rápido do que o normal.
-- Tem certeza? -- Helena perguntou, acariciando o seio de Clara com uma de suas mãos. Clara gemeu baixinho e assentiu. No fundo Helena não queria que aquilo acabasse, não queria, mas honraria o que havia dito. -- Quem é a fraquinha agora, hm? -- Perguntou rindo. -- Me foda então e ganhe logo a sua gozada. -- Falou friamente. Clara respirava com dificuldade e guiou o brinquedo até a entrada de Helena, a introduzindo devagar. A ponta que estava dentro de si acertava-lhe seu ponto G, era óbvio que não duraria muito tempo.
-- Eu te amo... -- Clara sussurrou, deixando uma lágrima escorrer de seus olhos, sabendo que ao gozar jamais teria Helena para si novamente. -- Eu venho te amando já faz um tempo... -- Dizia em meio a estocadas lentas e fundas. Helena sentia que gozaria a qualquer momento também e conteve as lágrimas ao ver que Clara chorava. -- Acredita em mim... -- Clara sussurrou enquanto fechava os olhos, acelerando os movimentos. Não queria gozar, não queria acabar com o momento, mas sabia que de qualquer forma havia perdido sua Helena. -- Me dá um último beijo... Por favor... -- Pediu, já não aguentando mais segurar o orgasmo.
Helena adentrou os dedos em seus cabelos e a puxou para um beijo. Clara diminuiu a velocidade das estocadas para aproveitar a sensação de ter os lábios de Helena sobre os seus uma última vez. As línguas dançavam lentamente uma com a outra e Helena sentiu uma lágrima salgada invadir-lhe a boca. Era de Clara. Abriu os olhos ao ouvir um soluço da menor. Iria dizer algo, mas Clara aumentou a velocidade das investidas, mantendo as bocas coladas, já que não conseguiam se beijar devido a velocidade.
-- Eu vou... -- Clara disse apertando os olhos...
-- Prefiro que nossa última vez seja apenas nossos corpos... -- Helena sussurrou, vendo Clara morder o próprio lábio inferior ao segurar o orgasmo. A mais nova podia dizer que já sentia dor física de tanto que segurava o clímax, mas atendeu o pedido de Helena, removendo rapidamente a cinta de si. Sentou-se sobre Helena, sentindo as intimidades molhadas se colidirem e arfou, se inclinando e dando mais um selinho em Helena.
-- Eu jamais te enganei... -- Clara disse, sentindo Helena abrir a boca e invadir a sua com um beijo lento.
-- Goza, Clara... Já segurou demais... -- Sussurrou ignorando as palavras da mais nova com dor no coração e sabendo que havia feito a garota chegar no limite vezes demais. Não estava muito diferente, afinal, desde que viu Clara de quatro para si sentia vontade de gozar. O cheiro e o toque de Clara lhe inebriavam enquanto Clara começou a se mover sobre ela, rápido o suficiente para dar a pressão necessária a ambos clitóris.
Voltou a ver lágrimas nos olhos de Clara e a abraçou, deslizando as mãos pelas costas da menor em uma carícia lenta e gostosa.
-- Quando você mente o castanhos dos seus olhos se transforma em cinza. -- Clara sussurrou. -- Só estou pedindo para que me leia. Leia em meus olhos que eu não estou mentindo para você, Helena. -- Disse sentindo suas lágrimas rolarem de seus olhos, tanto de prazer quanto de tristeza. Sentiu seus músculos se tensionarem e calou a boca, fechando com força os olhos. -- Ah... -- Clara gemeu, começando a tremer sobre Helena, mas algo era diferente. Ao ver Helena gozar sob si percebeu que ela também gozava, mas estranhamente sentia que ainda precisava gozar. Helena suspirou exausta abaixo dela, mas Clara não parou de rebolar.
-- Clara... -- Helena sussurrou, vendo Clara gemer mais alto. Caiu em percepção do que estava acontecendo quando Clara pendeu a cabeça para trás.
-- Shh... Por favor... -- Ela sussurrou enquanto chorava. Helena queria consolar sua garota, ela não podia chorar daquele jeito, mas tudo o que fez foi levar as mãos até a cintura da garota e ajudá-la a se mover. -- Isso...
Sentiu Clara começar a tremer de novo sobre si, mas ainda não havia parado. Sentiu-se excitada novamente ao ver Clara gemer arrastado, ainda rebolando sobre si.
-- Gostoso assim? -- Helena perguntou ao acariciar o peito e barriga de Clara, enquanto com a outra mão ainda a ajudava a rebolar. Havia levado Clara ao seu limite lhe impedindo de gozar, provavelmente por isso o tesão se intensificara, levando-lhe a ter orgasmos múltiplos.
-- Não fala nada...Por favor. -- Clara sussurrou chorando, se debruçando sobre o peito de Helena sem parar de se mover. Helena arrastou sua mão por entre elas, tocando a intimidade encharcada de Clara e ajudando-lhe a terminar de gozar. Clara sentia-se no céu, nunca havia passado por isso, mas seu peito doía terrivelmente por saber que era o fim. -- Eu não posso te perder. -- Gemeu baixinho deixando um soluço escapar por entre seus lábios e escondeu sua cabeça da curva do pescoço da maior, tremendo intensamente sobre o corpo de Helena uma última vez e quando a sensação passou não tinha forças nem para abrir os olhos. Apenas se entregou a um choro silencioso, abraçando fortemente sua esposa, enquanto sentia Helena lhe acariciando as costas. Segundos depois o choro parou. Havia sido vencido pela exaustão.
Helena, ao ver que Clara havia dormido, voltou a chorar levando uma mão aos cabelos, enquanto a outra acariciava as costas nuas de Clara, que havia caído no sono agarrada à Helena como um coala. Helena exalou o ar de seus pulmões, sabendo que estava bêbada demais.
Vira sinceridade nos olhos de Clara, vira isso nitidamente. Decidiu se levantar, se desvencilhando suavemente de Clara para não lhe acordar. Precisava tomar um café para melhorar. Precisava pensar claramente em tudo. Precisava de muitas coisas, inclusive de Clara.
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Clarena- Over The Rainbow
FanfictionOver the Rainbow é uma história romântica que se passa no século XX. A protagonista Clara, contrariando as regras da aristocracia a que pertence, se apaixona por Théo Bastos, um camponês da classe baixa, mas sua mãe, Sinuhe, deseja que a filha conqu...