✠°•°CAP |42|°•°✠

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Durante muitas noites, Katsuki tinha dificuldades em dormir. Era difícil encontrar uma posição confortável o suficiente para que pudesse deitar e relaxar. Ainda mais quando Shouto chegava muito tarde. Isso o irritava, mas havia algo que o irritava mais do que tudo. Era quando finalmente conseguia se aconchegar e dormir, mas Kaito lhe acordava no meio da noite.

Naquela noite em especial, Shouto havia chegado cedo e ido dormir com Katsuki. Deixando o ômega confortável para dormir. Mas aquela calmaria acabou quando Kaito resolveu brincar no meio da madrugada.

Katsuki levantou de súbito quando um chute atingiu uma de suas costelas e o deixou com falta de ar. Kaito era forte e cheio de energia, isso sempre fazia o ômega se cansar ainda mais.

Porra. – xingou baixinho massageando sua barriga. — Meu filho, você só pode ter sido influenciado por aquele ômega sem vergonha. – reclamou se referindo a Kaminari.

Katsuki? O que houve? – indagou Shouto com a voz sonolenta ligando o abajur. O alfa esfregou os olhos com força enquanto sentava devagar ao lado do namorado.

— Desculpa. Você deve estar muito cansado. – ele sabia que o bicolor teria que acordar bem cedo para ir trabalhar e logo em seguida ir para a faculdade.

— Não se preocupe. – Shouto lhe deu um sorriso torto que mostrava toda a sua fadiga.

— Seu filho está fazendo minha barriga de playground. – revelou por fim.

Rapidamente Shouto deitou encostando a lateral do seu rosto sobre a barriga do namorado. Podia sentir o filho chutar e se mexer, ele sorria empolgado fazendo Katsuki rir dele.

— Kaito, não acredito que você acordou sua mãe tão cedo. Você precisa se comportar e dormir mais. – falou o alfa docemente.

Seu filhote parecia reconhecer sua voz, e ao invés de se acalmar, Kaito ficou ainda mais agitado.

— Droga. Quando esse pirralho nascer vai viver de castigo. – alertou Katsuki fechando os olhos ao sentir dor.

— Que bom, mas eu vou ser o pai bobão, vou dar tudo que ele quiser e serei um idiota. – confessou beijando a barriga do namorado.

— Eu sei. – de repente, Kaito girou rápido como se estivesse se aproximando de Shouto, onde o alfa mantinha a mão perto. — Kaito, pelo amor de Deus! – se estressou Katsuki.

Shouto massageou a barriga do ômega em movimentos circulares se mantendo bem perto.

— Filho, não irrite sua mãe. Mas não se preocupe, papai vai defender você. – sussurrou distraído.

— Apanha você e ele. – avisou o ômega sem titubear.

— Kaito, você está sozinho nessa. Não quero apanhar da sua mãe. – brincou e arrancou uma risada do namorado.

Aos poucos seu filho se acalmava até que Katsuki teve a certeza que seu pequeno estava dormindo. O alívio foi grande, mas ficou chateado ao olhar para o despertador digital sobre o criado-mudo. Já passava dás cinco da manhã, logo Shouto iria se arrumar e sair.

— Que tal aproveitar que estamos acordados e brincar um pouco? – sugeriu o alfa ficando por cima do loiro.

Seus lábios macios foram parar no pescoço alvo e sensível do ômega.

— Você vai acabar agitando Kaito outra vez. – alertou jogando seus braços ao redor do pescoço do bicolor.

— Vou ser silencioso e ágil feito um ninja, nosso bebê nem vai perceber. – prometeu com a voz rouca rente ao ouvido do amado.

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