✠°•°CAP |32|°•°✠

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— Filho! - chamou Masaru com a voz trêmula. — Bakugou, acorda. - tentou de novo entrando em desespero.

Masaru colocou a mão na frente do nariz do ômega apenas para ter certeza que o garoto respirava, quando sentiu a confirmação, seu coração aliviou um pouco. Apertou o botão vermelho ao lado da cama para chamar as enfermeiras. Tudo aconteceu tão rápido, um médico apareceu correndo e levou Katsuki as pressas junto com as enfermeiras. Depois de quase 1 hora fazendo exames dos mais variados, o ômega foi colocado em um quarto fixo. A porta se abriu revelando o alfa de cabelos negros.

— Senhor Bakugo? - o beta estava contra a parede ao lado da cama do filho encarando o loiro. O médico que havia entrado era Aizawa, o mesmo que vinha cuidando de Katsuki desde que se descobriu ômega. — Como vai nosso jovem ômega?

— Eu quero saber também. Fizeram vários exames e agora pouco voltei de uma ressonância magnética. Estou angustiado. - disparou gesticulando freneticamente com as mãos. Era visível sua aflição, tudo que envolvia Katsuki lhe deixava nervoso, era seu único e querido filho.

— De acordo com todos os exames, ele está muito bem. Uma pequena surpresa surgiu, mas nada incomum. E me baseando no que me falou, não sei como lhe responder, seu coração está perfeitamente saudável e seus pulmões também, não há machucados ou cicatrizes em seu corpo... ou qualquer outra coisa que influencia uma dor forte ao ponto de fazê-lo desmaiar. - explicou Aizawa calmo e profissional.

Masaru ouvia tudo com atenção, o médico lhe entregou alguns resultados de exames e por um instante achou que aquele alfa havia lhe entregado os documentos errados. Era o resultado de um exame de gravidez.

— O que é isso?

— Meus parabéns senhor Bakugo, você será vovô.

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Bakugou abriu os olhos e logo os fechou novamente, a luz forte e branca lhe cegou por alguns instantes. Demorou um tempo a se acostumar com a claridade, sentou na cama e não sabia como fora parar naquele quarto de hospital. Estava sozinho e com uma bata azul hospitalar. Lembrava da dor no peito, precisava ligar para Rei imediatamente. A porta se abriu de repente e seu pai entrou.

— Pai, o que aconteceu? - perguntou curioso e esperou até que o homem se aproximasse.

— Me diga, alguma vez você e aquele alfa conversaram sobre ter filhos? - o olhar de Masaru era penetrante e sério.

— Não, mas o que isso tem haver, estou doente? - o beta não respondeu, apenas entregou os documentos contendo os exames de Katsuki. — Isso pode estar errado. Tem que estar, as vezes eles se enganam. - começou a falar não absorvendo o que realmente estava acontecendo.

— Eu liguei para ele para contar, liguei para a família dele e nada. Katsuki, eu não sei o que fazer, você ainda está estudando e conhece aquele alfa há alguns meses. Isso vai estragar a sua vida, a dele também, são jovens demais.

— Não. - o ômega apertou os documentos com força e fechou os olhos. Aquilo era apenas um mal entendido, os exames estavam errados. — Pai, vou fazer outro exame, esse aqui está errado.

Tinha que estar, começou a tomar anticoncepcionais logo na primeira vez em que transou com Shouto, Aizawa lhe entregou os supressores e as pílulas no mesmo dia, sempre as tomava no horário certo. E na maioria das vezes, Shouto usava camisinha.

— Katsuki, este é o quinto resultado positivo. Passei a madrugada em claro me perguntando onde foi que eu errei para você jogar sua vida fora desta maneira. Vocês me asseguraram que estavam se protegendo, mentiu para mim. O que acha que vai acontecer? Vocês não podem simplesmente ignorar isso, ao menos eu acho que Shouto não irá fingir demência para não assumir essa criança. - Masaru viu a expressão vazia do filho e suspirou derrotado. Estava em choque, e com razão, era novo demais para já está grávido. — Eu quero que tire essa criança...

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