✠°•°CAP |36.5|°•°✠

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Toya estava em seu quarto tentando fazer um relatório de custos para o seu pai. Há horas analisava todos os demais relatórios repassados pela controladoria da empresa, verificava gastos dos 2 últimos meses sem realmente prestar atenção em algo. Sua mente se distraia com facilidade. Quando achou que finalmente estava começando a se concentrar, a porta do seu quarto foi aberta. O alfa desviou o olhar de seu computador para saber quem era que estava acordado a essa hora.

Hawks entrou em seu quarto de fininho e logo lançou-lhe um sorriso sapeca.

— O que você quer Hawks? – perguntou observando o loiro fechar a porta com cuidado.

Ele usava as roupas negras da equipe de segurança e uma escuta no lado direito da orelha. Aquele beta era o maior motivo para estar distraído.

— Não me chame assim, já disse para me chamar pelo meu nome. – ralhou o loiro se aproximando.

Quando ele chegou mais perto, Toya conseguiu ver as duas mechas vermelhas em seus fios loiros. Normalmente, o segurança deixava seu cabelo preso em um coque alto, mas dessa vez estava solto em ondas até a altura de seus ombros. O olhar que estampava em seus olhos dourados, era de sensualidade pura que fez Toya ficar hipnotizado. O beta parou na sua frente e virou a cadeira do ruivo para que ficassem frente a frente. Ele se inclinou apoiando as mãos no encosto da cadeira, deixando assim suas faces a centímetros uma da outra. Toya podia sentir o cheiro usual do loiro, doce e cigarros. O sorriso de canto e aquele olhar intenso eram impossíveis de resistir, por isso o alfa suspirou aceitando sua derrota. Toya beijou o beta puxando-o pela cintura para que sentasse em seu colo. Sem hesitação alguma, ele se acomodou sobre suas pernas deixando que o ruivo comandasse aquele beijo intenso. O sabor que o alfa sentia era de pêssego, calda de pêssegos, deixando o beijo ainda mais doce. Quando o ruivo começou a sentir sua pele esquentar, afastou o rosto encerrando o beijo de forma inesperada. O beta ainda tinha um sorriso malandro em seus lábios.

— Eu já disse para não vir me procurar, Keigo. – ralhou o alfa com a respiração entrecortada.

— E eu ouvi perfeitamente. – rebateu o beta.

Empolgado, Keigo segurou a barra da camisa do alfa e puxou a tirando. Toya agarrou sua bunda e apertou deixando que o beta rebolasse contra sua pélvis. Já podia sentir o desejo subindo. Aquele beta era um demônio, sempre lhe tentando de todas as maneiras possíveis e em todos os lugares imagináveis. De repente, sentiu a língua de Keigo passar por seu lóbulo e mordiscar aquele ponto sensível, um arrepio percorreu por seu corpo até o meio de suas pernas.

— Eu só tenho dez minutos antes da troca. – avisou o loiro desabotoando a calça que usava de forma apressada.

— Então é melhor sermos rápidos.

Levantando da cadeira, Toya carregou Keigo até a cama segurando em suas nádegas. Sentia beijos e mordidas por seu pescoço no caminho, que faziam seu corpo arrepiar. Jogou o loiro em sua cama e o ajudou a sair da calça grossa e pesada. Fazer aquilo era tão errado, mas eles gostavam justamente por ser proibido. Um relacionamento baseado apenas em sexo. Se seu pai descobrisse, iria matá-los. Saindo com um dos guardas da casa era completamente contra as regras de segurança, mas aquela loucura vinha acontecendo há quase 2 mesex. Era impossível se negar quando Keigo lhe atormentava todas as noites, tinha vezes que aquele beta fazia isso na presença de seus pais sem que percebessem. Estava enlouquecendo.

Toya tentou se negar, se afastar e até conversou com o beta seriamente. Mas tudo que aquele homem de olhos dourados fazia, era sorrir de canto e dar de ombros. Depois de tanta insistência por parte do beta, o ruivo começou a sentir a vontade crescer como nunca antes. Agora estavam tendo encontros inapropriados a cada oportunidade que surgia: pelas manhãs bem cedo no estacionamento, na hora do almoço no escritório da empresa quando o beta ia deixar seu pai, de noite depois do jantar na despensa da cozinha, e pelas madrugadas em seu quarto. Era tão frequente, que a cintura e os quadris de Keigo carregavam as marcas das suas mãos que nunca sumiam por completo.

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