✠°•°CAP |34|°•°✠

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O quarto estava assustadoramente silencioso, Katsuki estava deitado, ainda inconsciente. O ômega se encontrava em péssimo estado, os lábios agora estavam arroxeados, havia sombras ao redor de seus olhos e a pele agora estava pálida. Em alguns minutos Katsuki havia perdido toda a energia de 3 dias. E de acordo com os médicos, tudo apenas piorava. Rei respirou fundo e ligou para seu marido passar no hospital assim que pudesse. O alfa estava na empresa resolvendo algumas coisas e prometeu ir assim que saísse. A mulher esperou com o coração apertado. Assim que o ruivo passou pela porta do quarto, Rei correu até ele.

- Enji, Enji! - chamou a ômega aflita. O marido havia ido o mais rápido possível com a ligação da esposa. A mulher puxou o alfa pelo braço e o arrastou até a cama de Katsuki, que estava desacordado. - Eu tenho que te contar, é muito importante.

- Calma querida, o que aconteceu?

- Eles estão morrendo, eu não vou aguentar mais... meus bebês estão morrendo. - ela parou de frente para a cama e começou a chorar inconsolável.

- Querida, por favor, explique com calma. - Enji não gostou de sentir os feromônios agitados da esposa.

Rei envolveu o rosto do marido em suas mãos e fungou, Enji escutava atentamente a esposa. Havia uma sombra em seus olhos cinza-escuros que fez o alfa ficar tenso.

- Shouto reagiu quando Katsuki falou com ele, mas logo em seguida teve convulsões e uma parada cardíaca. O Kazinho desmaiou e eu fiquei sem chão. Me sinto tão impotente agora. - declarou. As lágrimas transbordavam de seus olhos e sujavam sua maquiagem bem feita. - Enji, eu sinto que eles não tem muito tempo.
O alfa puxou sua esposa e a beijou apaixonadamente até que perdesse o fôlego. E repetiu os beijos demorados até que sentisse através de suas marcas que Rei estava mais calma. O ruivo amava sua mulher incondicionalmente e acreditaria em tudo que ela falasse, e faria tudo que ela pedisse. Mas vê-la entregue ao tormento daquela maneira lhe partia o coração.

- Eu acredito em cada palavra sua meu amor. Precisamos conversar com Masaru e Aizawa, rápido. - respondeu. O ruivo pegou um lenço do bolso do paletó para limpar o rosto de sua ômega com carinho.

- Sim, eu já pedi que corresse para cá, eu não vou mais deixar este hospital até que eles estejam bem. - afirmou Rei limpando o rosto e assumindo uma postura severa. - Enji, meus filhos precisam de mim e daqui só saio com eles. Não importa se é impossível, eu farei ser possível. - ditou firme. Aquela era a verdadeira Rei Todoroki, implacável. - Meu filho ama esse ômega e esse ômega ama meu filho, ele carrega meu neto e qualquer Todoroki é forte.

- Isso mesmo querida. Eu estou aqui para lutar ao seu lado. - falou Enji guardando o lenço outra vez.

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Quando Masaru Bakugo chegou no hospital, foi orientado a ir para o consultório de Aizawa. Rei, Enji e o médico lhe esperavam.

- Quem está com Katsuki? - foi a primeira coisa que saiu da sua boca quando entrou.

- Meu filho mais velho, Toya. - respondeu Enji em pé ao lado da esposa.

- Bom, agora que estão todos aqui eu posso explicar. - começou Aizawa com uma xícara de chá em sua mão. - Eu conversei muito com uma médica especialista em marcas e feromônios alfas. Suspeitamos que Shouto e Katsuki tem uma ligação sem necessidade de uma marca. - revelou pegando todos de surpresa.

As olheiras do moreno eram visíveis ao longe e Masaru suspeitou que o médico havia enlouquecido de vez. Primeiro ele precisava entender o que diabos era uma ligação sem marca.

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