EXTRA 1

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Kaito olhou para o relógio e sorriu. Quase cinco da tarde, seu tio Izuku e Hito iriam chegar a qualquer momento. Eles iriam levar o pequeno Todoroki para a casa deles para brincar com Hiro. A campainha da casa tocou e, Kaito correu pela casa até a porta. Sua avó Rei sorriu cumprimentando o casal que acabara de chegar. O pequeno tinha os cabelos loiros e rebeldes iguais aos de Katsuki, e algumas mechas vermelhas do seu pai, assim como os olhos azuis.

— TIO DEKU! — gritou alegre ao ver o alfa de cabelos verdes. O pequeno correu se jogando nos braços de Izuku.

— Oi pequeno, está empolgado para a viajem? — indagou sorrindo.

— Ele só sabe falar dessa viagem a semana inteira. — Katsuki Todoroki descia as escadas ao lado do marido.

— Verdade, ele só quer ver Hiroshi de uma vez. — acrescentou Shoto indo até o filho.

— Kaichan! — todos viraram para a porta quando Hitoshi entrou segurando o filho no colo. O pequeno Hiroshi Midoriya sorriu largo ao ver o amigo.

— Agora temos o Hito e o Hiro, o Kachan e o Kaichan. — comentou Rei se divertindo com aquele trava línguas.

Eles deixaram as crianças correrem pela casa. Kaito tinha 4 anos e, Hiro 3, eram melhores amigos desde que foi descoberta a gravidez do arroxeado. Hiro tinha cabelos arroxeados como a mãe, olhos verdes como o pai e era alegre e inteligente.

— Deku, cuide bem do meu filho. — falou Katsuki com um olhar ameaçador sobre o amigo. — Caso contrário eu castro você.

— Ele vai ficar bem. Kaito e Hiro são inseparáveis. — interveio Hitoshi. Ele estava aproveitando as férias para passar mais tempo com seu filho e marido. Ainda mais agora que o alfa era modelo de seu padrasto.

— Mamãe, papai!! — gritavam os pequenos correndo de volta para a sala. Escutaram latidos e logo as crianças surgiram gargalhando enquanto Kemono corria atrás deles.

— Que saudades de você meu amorzinho. — Hitoshi ficou bobo ao ver a cadela que resgatou anos atrás. Ela estava enorme com os pelos escuros. Kemono correu até o ômega para receber carinho.

Kaito se aproximou de Katsuki tristonho segurando um boneco de super herói. — Mãe, a Kemono comeu outro boneco meu. Compra outro pra mim? — ele fez um bico fofo do jeito que Shoto lhe ensinou para conseguir algo do ômega.

— Por que deixa seus brinquedos espalhados pelo chão. Vai ficar sem boneco, já é o terceiro só esse mês. — ralhou irritado. Mas o menor abraçou suas pernas ainda lhe encarando com os olhos marejados. A coisa mais fofa do mundo.

— Tá bom. Eu não preciso do boneco, mas eu te amo muito mãe. — Kaito viu a expressão do ômega mudar e logo foi erguido no colo.

— Quando voltar de viajem vamos comprar outro. Mas será o último.

Todos encararam Shoto que sorria orgulhoso atrás do ômega loiro sem que o mesmo visse. Rei estava acostumada com aquilo, mas sempre acabava caindo na fofura do neto. O garoto era tão malandro quanto Katsuki e tão charmoso quanto Shoto.

— Suas coisas já estão prontas? — Deku perguntou ao sobrinho. Kaito concordou apontando para uma pequena mala no canto da sala. — Então vamos logo, quanto mais cedo chegarmos mais iremos nos divertir.

Katsuki abraçou seu filhote beijando todo seu rosto fazendo o pequeno rir. — Mamãe, faz cosquinhas. — Kaito tinha a risada tão doce de criança que encantava a todos.

— Você se comporte seu malcriado, ou nada de boneco. — os dois loiros se encararam e Kaito beijou o nariz do ômega.

— Prometo.

Shoto se aproximou e beijou a testa do filho com carinho. — E lembre-se de ligar todos os dias.

— Sim papai.

Os demais ficaram olhando bobos o amor indescritível daqueles 3 ao se despedir do filho. Kaito ficaria uma semana com Midoriya na casa perto do lago fora da cidade. Eles iriam de carro e seriam horas de viajem, infelizmente os pais de Kaito não poderiam ir. Katsuki usou o fundo perdido da empresa do sogro para criar um projeto para dar apoio a ômegas solteiros. Disponibilizava cursos voltados aos cuidados durante e após a gravidez, mas o principal objetivo do projeto era ajudar os ômegas que foram maltratados, usados e abandonados por alfas. Era algo que não aparecia nos noticiários, mas acontecia bastante, ainda mais com jovens do colegial. Katsuki e Shoto não imaginaram que aquilo fosse se tornar algo tão grande ao ponto de em 2 anos terem grandes empresas apoiando o projeto. Shoto teve que ajudar o marido a abrir outros centros de ajuda aos ômegas pelo país. Atualmente tinham cinco, sendo Katsuki a cara do projeto que resgatava centenas de jovens ômegas e também oferecia empregos para universitários de pediatria, obstetrícia e muitos outros. Eles nunca imaginaram ficar ainda mais ricos com esse projeto.

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