— O que está acontecendo com meu filho? - indagou Masaru perdido.
Katsuki comeu tudo que havia sido levado para ele e parecia até melhor. Em dois dias a cor pálida sumiu de seu rosto, mas de uma hora para outra, piorou visivelmente. O ômega estava há dois dias internado no hospital, e logo pela manhã não se sentira bem, Masaru suspeitou que fosse os enjoos da gravidez, mas era bem pior.
— Ele está principalmente com uma anemia grave, está apático demais e seu semblante abatido está me preocupando. É como se algo estivesse sugando toda a sua energia. Por sorte o bebê está bem, mas se o estado de saúde do seu filho piorar... não quero afirmar e nem precipitar nada, a vida de ambos corre perigo. Quanto mais recente for a gravidez, mas grave os sintomas se tornam. - explicou Aizawa com calma.
Olhando para o ômega deitado, Masaru não conseguia acreditar que seu filho estava assim. Katsuki sempre foi forte como um touro, e naquele momento parecia ser outra pessoa. Tudo por conta daquela gravidez, seu menino era tão novo para ter que se preocupar com uma criança.
— Seja sincero doutor, se eu autorizar o...
— Seu filho não tem condições de passar por uma cirurgia dessas. Com licença.
Aizawa se retirou as pressas. Masaru estava sentindo a culpa lhe corroer por dentro, mas não sabia o que mais poderia fazer. Tudo que tinha na sua vida era Katsuki, e agora um neto também. Não podia perder o filho de nenhuma maneira. Masaru andou de um lado a outro no quarto se perguntando o que faria. Havia conseguido uma licença especial no trabalho para ficar uma semana cuidando do filho, mas não podia ignorar aquele alfa também. Era o pai do seu neto e agora estava entre a vida e a morte, nem mesmo podia culpa-lo, doutor Aizawa lhe explicou que eles usaram proteção devidamente, mas como nem todos os remédios fizeram efeito nos primeiros dias do cio... um ômega no ciclo tem 90% de chance de engravidar, mesmo sendo um recessivo as chances eram maiores que 60%, não foi culpa deles se o sistema de Katsuki rejeitou a pílula. Agora seu garoto estava em uma cama de hospital extremamente doente. Masaru sentou na poltrona ao lado da cama e agarrou a mão fria do loiro, a outra estava com IV lhe fornecendo soro e algumas outras vitaminas. O beta começou a rezar, para que seu filho melhorasse, para que aquele alfa melhorasse, e pediu perdão por ter cogitado a ideia de um aborto. Um ser tão inofensivo e pequeno, não merecia nada do que Masaru propôs.
— Por favor, Senhor... só quero que meu garoto melhore e seja feliz. Sei que fui injusto com Shouto desde o princípio, mas eu reconheço que ele cuida bem do meu filho e o ama. Proteja-os, eu imploro.
O beta rezou com todas as forças que tinha e com toda sua fé. Foi interrompido pelo celular do loiro que começou a tocar baixo. Pegou o aparelho vendo o nome de Rei brilhar na tela. Atendeu se perguntando quem era aquela mulher.— Kazinho querido, autorizaram a fazer visitas. Venha nos encontrar na recepção agora, ontem não liberaram nem mesmo uma visita rápida para os familiares. - avisou ela apressada.
— Aqui é o pai dele, Masaru Bakugo, com quem eu falo?
— Ooh, desculpe. Sou Rei Todoroki, mãe de Shouto, gostaria que Katsuki pudesse visitar meu filho um pouco no CTI. - a voz da mulher parecia carregada de esperança e amor.
— No momento ele não pode ir... será que depois de visitar seu filho, poderia vir com seu marido ao quarto 202 no segundo andar?
— Claro, espero que não sejam más notícias. Tchau, tchau senhor Bakugo.
Ela desligou e Masaru sorriu para o filho que dormia devido aos remédios. Todo aquele tempo saindo com Shouto, não conheceu nenhuma vez os pais do bicolor. Chegava a ser engraçado, deveria ter exigido conhecer a família daquele alfa sem vergonha.
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Almas Gêmeas
Fanfic╚╩══════• ✠ • ✠°•°❀°•°✠ • ✠ •══════╩╝ Katsuki Bakugo é um beta que sempre está envolvido em brigas, seu histórico é o pior possível e seu próprio pai está perdendo as esperanças na sua melhora. Mas Katsuki é apenas uma pessoa que gosta de reclamar a...