✠°•°CAP |33|°•°✠

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— O que está acontecendo com meu filho? - indagou Masaru perdido.

Katsuki comeu tudo que havia sido levado para ele e parecia até melhor. Em dois dias a cor pálida sumiu de seu rosto, mas de uma hora para outra, piorou visivelmente. O ômega estava há dois dias internado no hospital, e logo pela manhã não se sentira bem, Masaru suspeitou que fosse os enjoos da gravidez, mas era bem pior.

— Ele está principalmente com uma anemia grave, está apático demais e seu semblante abatido está me preocupando. É como se algo estivesse sugando toda a sua energia. Por sorte o bebê está bem, mas se o estado de saúde do seu filho piorar... não quero afirmar e nem precipitar nada, a vida de ambos corre perigo. Quanto mais recente for a gravidez, mas grave os sintomas se tornam. - explicou Aizawa com calma.

Olhando para o ômega deitado, Masaru não conseguia acreditar que seu filho estava assim. Katsuki sempre foi forte como um touro, e naquele momento parecia ser outra pessoa. Tudo por conta daquela gravidez, seu menino era tão novo para ter que se preocupar com uma criança.

— Seja sincero doutor, se eu autorizar o...

— Seu filho não tem condições de passar por uma cirurgia dessas. Com licença.

Aizawa se retirou as pressas. Masaru estava sentindo a culpa lhe corroer por dentro, mas não sabia o que mais poderia fazer. Tudo que tinha na sua vida era Katsuki, e agora um neto também. Não podia perder o filho de nenhuma maneira. Masaru andou de um lado a outro no quarto se perguntando o que faria. Havia conseguido uma licença especial no trabalho para ficar uma semana cuidando do filho, mas não podia ignorar aquele alfa também. Era o pai do seu neto e agora estava entre a vida e a morte, nem mesmo podia culpa-lo, doutor Aizawa lhe explicou que eles usaram proteção devidamente, mas como nem todos os remédios fizeram efeito nos primeiros dias do cio... um ômega no ciclo tem 90% de chance de engravidar, mesmo sendo um recessivo as chances eram maiores que 60%, não foi culpa deles se o sistema de Katsuki rejeitou a pílula. Agora seu garoto estava em uma cama de hospital extremamente doente. Masaru sentou na poltrona ao lado da cama e agarrou a mão fria do loiro, a outra estava com IV lhe fornecendo soro e algumas outras vitaminas. O beta começou a rezar, para que seu filho melhorasse, para que aquele alfa melhorasse, e pediu perdão por ter cogitado a ideia de um aborto. Um ser tão inofensivo e pequeno, não merecia nada do que Masaru propôs.

— Por favor, Senhor... só quero que meu garoto melhore e seja feliz. Sei que fui injusto com Shouto desde o princípio, mas eu reconheço que ele cuida bem do meu filho e o ama. Proteja-os, eu imploro.
O beta rezou com todas as forças que tinha e com toda sua fé. Foi interrompido pelo celular do loiro que começou a tocar baixo. Pegou o aparelho vendo o nome de Rei brilhar na tela. Atendeu se perguntando quem era aquela mulher.

Kazinho querido, autorizaram a fazer visitas. Venha nos encontrar na recepção agora, ontem não liberaram nem mesmo uma visita rápida para os familiares. - avisou ela apressada.

— Aqui é o pai dele, Masaru Bakugo, com quem eu falo?

Ooh, desculpe. Sou Rei Todoroki, mãe de Shouto, gostaria que Katsuki pudesse visitar meu filho um pouco no CTI. - a voz da mulher parecia carregada de esperança e amor.

— No momento ele não pode ir... será que depois de visitar seu filho, poderia vir com seu marido ao quarto 202 no segundo andar?

Claro, espero que não sejam más notícias. Tchau, tchau senhor Bakugo.

Ela desligou e Masaru sorriu para o filho que dormia devido aos remédios. Todo aquele tempo saindo com Shouto, não conheceu nenhuma vez os pais do bicolor. Chegava a ser engraçado, deveria ter exigido conhecer a família daquele alfa sem vergonha.

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