Um

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O vento soprava seus cabelos através da janela do motorista; Seus olhos eram sempre atentos na estrada, não deixando passar nada; trazia em seu vestuário seu inseparável boné e em seu rosto sua expressão séria de sempre. Vinte e sete anos de vida foram suficientes para ela saber que fazia o que mais amava no mundo: Dirigir.

                             

O silêncio era algo prazeroso para ela, contudo, não o obtinha. Suas duas irmãs e cunhada eram mais barulhentas do que uma sala inteira de garotas do primário.

                             

-- Poderíamos ligar a rádio? É a hora das quarenta mais da semana. -- Nam, que estava na boléia junto com Kade, pediu, já conhecendo a resposta de Freen.

                             

-- Não. -- A garota disse solenemente.

                             

-- Você é uma chata. -- Irin falou em um resmungo, capaz de ser ouvido por Freen.

                             

-- Eu sempre digo a vocês para ficarem na cidade e não virem comigo. -- Freen disse ainda séria. -- Vocês vêm porque querem.

                             

-- Não custava nos deixar ouvir a rádio por algumas horas.

                             

-- Meu caminhão, minhas regras.

                             

-- Papai adorava ouvir a rádio. --  Nam tentou, tendo um longo suspiro de Freen como resposta.

                             

-- Eu sei. -- Freen disse com nostalgia na voz.

                             

-- Ele deixou o caminhão para você porque sabia que você amava dirigir. Ele queria você feliz e não amarga desse jeito. -- O silêncio se instalou por algum tempo até Freen falar algo.

                             

-- Meu caminhão, minhas regras. -- Repetiu com veemência.

                             

-- Podemos então assistir algum DVD na TV aqui na boléia? -- Freen ficou quieta e logo assentiu. Suas irmãs sabiam que Freen era chata em relação ao silêncio, por esta razão instalaram uma televisão na boléia, que é a parte onde Freen geralmente dormia, localizada logo atrás dos bancos. As meninas abriram mais a pequena cortina e se enfiaram lá atrás, para logo ligarem a TV.

                             

Freen desligou a TV da frente e suspirou. Era possível ouvir a TV de trás dali, no entanto o ruído era menos irritante. Seus olhos focalizaram no belo horizonte, vendo o sol se pondo e em contraste com tal imagem havia algumas árvores com um verde tão lindo que se dava inveja. Começou a assobiar baixinho, ouvindo a risadinha das garotas logo atrás de si.

                             

-- Estariam vendo pornô novamente? -- Perguntou baixinho para si mesma.

                             

Nam amava trazer pornô e assistir com Kade, para então ir para a caçamba, que é onde dormiam e transar loucamente com Kade enquanto Irin dormia na boléia, tendo Freen ainda no volante. Muitas vezes as garotas se empolgavam e os gemidos eram capazes de serem ouvidos ali na frente.

FrᴇᴇɴBᴇᴄᴋʏ • UNCERTAIN PATH  • (ชะตากรรมที่ไม่แน่นอน) VisionOnde histórias criam vida. Descubra agora