Dez

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O barulho dos pássaros gorjeando fizeram o subconsciente de Becky despertá-la; seus olhos se abriram e uma ruga se formou em sua testa ao constatar que ela estava sozinha. Onde Freen estaria? Era, de fato, cedo demais ainda, mas o sol já esquentava sua pele mesmo através do vidros do caminhão.

                     

A garota se espreguiçou e saiu do caminhão para escovar os dentes e assim que terminou guardou sua escova novamente. Bufou ao olhar em volta e não ver Freen. Será que ela estaria lá atrás com as meninas? Ela havia dito que elas não acordavam tão cedo.

                     

-- Procurando por mim? -- A voz rouca fez Becky dar um gritinho de susto, erguendo os olhos para seguir a direção da voz.

                     

-- O que faz aí em cima? -- Ela perguntou ao ver que Freen estava em cima do caminhão.

                     

-- Contemplando a natureza.

                     

-- Como subiu aí? -- A curiosidade de Becky era algo sempre presente.

                     

-- Por quê? Quer vir também? -- Becky assentiu e Freen riu. -- Entrei pela janela do caminhão. -- Ao ver Becky franzir o cenho Freen riu novamente. -- Entre no caminhão e feche a porta. -- Becky obedeceu.

                     

-- E agora?

                     

-- Agora passe pela janela e fique em pé escorada nela. -- Becky pareceu insegura, mas seguiu as instruções da voz. -- Vem, eu te ajudo. -- Freen lhe ofereceu a mão e o toque cálido fez Becky esquecer o medo que estava de cair.

                     

-- Uau! -- Becky expressou encantada com a visão assim que chegou ao topo do caminhão, sem jamais se soltar do toque macio das mãos de Freen. -- Isso é incrível. -- O sorriso de Freen foi genuíno e ela assentiu com a cabeça.

                     

-- Sempre subo aqui quando estamos em algum lugar bonito assim.

                     

-- Gosta de belas paisagens, hm? -- Becky perguntou sorrindo e se ajeitou sentada ao lado de Freen, fitando a bela vista com os joelhos dobrados, mas ainda não soltava da mão branca.

                     

-- Eu adoro. -- Freen respondeu admirando o horizonte. Becky olhou de soslaio para Freen e sorriu discretamente.

                     

-- Eu acho que eu também. -- A brisa suave da manhã esbarrava-lhes a pele trazendo sensação de conforto. -- Posso te fazer uma pergunta?

                     

-- Claro.

                     

-- Por que é sempre tão séria? -- Perguntou, virando sua cabeça para olhá-la. -- Notei que você tem um lindo sorriso, deveria usá-lo mais vezes.

                     

-- Acho que esse é meu jeito. -- Freen respondeu dando de ombros.

FrᴇᴇɴBᴇᴄᴋʏ • UNCERTAIN PATH  • (ชะตากรรมที่ไม่แน่นอน) VisionOnde histórias criam vida. Descubra agora