Oito

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Havia se passado algumas horas desde que o silêncio havia se instalado ali e Freen resolveu fazer uma parada de vinte minutos pelo final da tarde para comerem algo. Ela queria que o silêncio se dissipasse, mas mesmo após comerem as garotas não disseram uma palavra sequer.

                     

-- A última pessoa que havia tocado naquele rádio foi meu pai. -- Freen revelou baixo, vendo os cílios longos de Rebecca se ergueram em sua direção. -- E ele faleceu há alguns anos.

                     

-- Eu sinto muito. -- Rebecca disse baixinho.

                     

-- Eu só queria esperar o momento certo de ligar a rádio. -- As garotas olharam para Freen espantadas, ela nunca tocava naquele tema e apenas mudava de assunto caso alguém tocasse.

                     

-- Eu não sabia disso, eu realmente sinto muito, Freen. -- Ela disse tocando na mão da mais velha. -- Prometo parar de ser tão curiosa ou intrometida. -- Freen encarou o toque de Rebecca em sua mão e sorriu em sinal de que estava tudo bem.

                     

-- Sabe de uma coisa que você me mostrou? -- Rebecca negou com a cabeça e Freen riu baixinho. -- Descobri que não tem hora certa para ligar uma rádio, então... Obrigada.

                     

-- Isso quer dizer que poderemos ouvir a rádio? -- Nam se intrometeu esperançosa e Freen voltou a fechar a cara.

                     

-- Não! -- A risada das garotas ecoou pelo caminhão e Freen voltou a ligar o veículo. Rebecca retirou sutilmente sua mão de cima da de Freen e sorriu mais despreocupada.

                     

-- Escuta, N'Freen... Por que nunca nos disse sobre esse lance? -- kade perguntou. Freen apenas deu de ombros, mas alguns minutos depois sua mão direita foi para o botão da rádio, ligando-a e aumentou o volume no último.

                     

As garotas abriram as bocas chocadas e Rebecca sorriu de forma contida, desviando seu olhar para Freen disfarçadamente. Nam sorriu baixinho ao perceber algo: A nova companheira de estrada tinha uma espécie de reação positiva sobre Freen.

                     

-- Freen? -- Rebecca cutucou o braço da caminhoneira, pois o volume estava realmente alto. -- Preciso fazer xixi. -- Ela confidenciou, tendo se inclinado e falado no ouvido da garota. Freen baixou o som do veículo para lhe responder.

                     

-- Não podemos parar agora. Deveria ter feito xixi antes de sairmos. -- Disse séria. Rebecca cruzou as pernas e se moveu inquieta, fazendo Freen bufar ao constatar que a garota deveria estar segurando há muito tempo. -- Assim que der eu paro. -- A risada de Nam preencheu a audição de todas as garotas, que olharam para ela em confusão.

                     

-- Não posso mais rir? Eu hein! -- Ela disse ao ver que a atenção estava toda sobre ela.

                     

Alguns minutos se passaram e Freen finalmente pôde estacionar, pegando um rolo de papel higiênico e entregando à garota. Rebecca agarrou o papel e desceu correndo, fechando a porta às pressas.

FrᴇᴇɴBᴇᴄᴋʏ • UNCERTAIN PATH  • (ชะตากรรมที่ไม่แน่นอน) VisionOnde histórias criam vida. Descubra agora