Dezesseis

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Freen já estava há cerca de vinte minutos, aproximadamente, velando o sono de Becky. A garota acordou mais cedo do que todas, como de costume, e passou por cima de Irin, indo escovar seus dentes e lavar seu rosto lá fora. Ainda chuviscava e por isso ela não demorou lá fora.

                     

-- Bom dia, Freen! -- Irin acordou ao sentir o banco se remexer e disse ao ver sua irmã voltar para o caminhão.

                     

-- Dia! -- Ela respondeu com a mesma seriedade de todas as manhãs. Guardou sua escova de dentes e voltou para o lado de Becky.

                     

-- Estou morrendo de fome. -- Sarocha disse se sentando no banco. Falou um pouco alto demais, o que acabou despertando Becky. Os olhos castanhos se abriram assustados, mas ao encontrar aquelas esferas esverdeadas vidradas nela um sorriso nasceu em seus lábios.

                     

-- Bom dia, Freen. -- A garota disse docemente e levemente rouca e no rosto de Freen se formou um meio sorriso.

                     

-- Bom dia, Bec. -- Ally franziu o cenho e olhou confusa para sua irmã. Que carambolas foi aquela? Cadê o "dia!" Seco e sem humor de todas as manhãs? -- Dormiu bem?

                     

-- Uhum. -- A garota respondeu, lembrando-se de ter enterrado seu rosto no pescoço de Freen durante boa parte da noite e dormido inalando o cheiro da pele da garota.

                     

-- Você está bem? -- Freen perguntou ao ver a garota tossir e então notou que ela estava com o nariz levemente avermelhado. Sua mão tocou a testa de Becky e então bufou irritada ao sentir a temperatura da garota. -- Eu sabia que aquela chuva não te faria bem.

                     

-- Eu estou bem. -- Becky falou se aconchegando mais em si própria.

                     

-- Está com frio? Com sede? Fome? Precisa do quê? -- Freen perguntou e novamente Irin arqueou uma sobrancelha.

                     

-- Eu estou bem. Não se preocupe, bobona. -- Becky disse, segurando a mão de Freen que estava em sua testa e entrelaçando com a sua.

                     

-- Você ter saído naquela chuva ontem foi culpa minha. Então me preocupo sim. -- Freen disse, puxando a coberta de Irin e colocando gentilmente sobre o corpo de Becky.

                     

-- Mandou Becky te ajudar a desatolar o caminhão? -- Irin perguntou confusa e Becky riu, tossindo junto.

                     

-- Ao que parece meu caminhão não quer desatolar, Irin. É uma espécie de feitiço. -- Becky disse rindo e logo negou com a cabeça quando Irin franziu o cenho.

                     

-- Coma algo, bec. -- Freen pediu e Becky fechou os olhos, sentindo sua cabeça doer.

                     

-- Eu vou chamar as meninas para comer, falando nisso. Assim a gente não se atrasa em sair. -- Irin disse, abrindo a porta do caminhão e olhando o céu nublado. Correu para a porta traseira para não se molhar com os leves pingos de chuva.

FrᴇᴇɴBᴇᴄᴋʏ • UNCERTAIN PATH  • (ชะตากรรมที่ไม่แน่นอน) VisionOnde histórias criam vida. Descubra agora