Vinte

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A noite finalmente havia chegado e, após muitas sessões de meditação da parte de Freen para não ter um orgasmo precoce, ela havia conseguido recuperar sua sanidade. No final da tarde as garotas haviam passado em um motel para tomarem um banho rápido, logo retornando ao caminho para San Diego.

                     

Naquele momento Cristal estava ronronando sobre o colo de Freen enquanto a mão direita dela acariciava o pelo macio do animal. Becky suspirou e invejou sua gata, afinal, ela estava há quase duas horas recebendo carinho de Freen, por outro lado, Becky não podia deixar de sorrir ao ver que Freen havia se afeiçoado à sua gata.

                     

-- Bem, parece que as meninas já foram. -- Becky insinuou, umedecendo seus lábios. Havia cerca de cinco minutos que as meninas haviam ido dormir e Freen permaneceu quieta, dirigindo. Segurando o volante com uma mão e acariciando Cristal com a outra.

                     

-- É. -- A maior disse sem tirar os olhos da estrada.

                     

-- Parece que a minha gata realmente gostou de você, hm? -- Becky disse rindo, tentando não deixar o assunto morrer.

                     

-- Oh sim. -- Freen respondeu rindo. -- Não foi só ela, hm? -- Sugeriu, sorrindo de canto. Becky suspirou aliviada ao ver que Freen não havia ficado estranha, pois por um segundo havia pensado isso.

                     

-- Não. Definitivamente não foi só ela. -- Becky disse sorrindo e o assunto voltou a cair em um abismo. Becky bufou frustrada ao notar que Freen não havia falado sério quando disse que mais tarde fariam algo e, para não parecer uma desesperada por um orgasmo, não tocou no assunto. -- Eu, hm, vou lá para atrás. Dorme comigo hoje? Lá é mais confortável.

                     

-- Claro. Já já estaciono. -- Freen disse brandamente e Becky assentiu, se inclinando e dando um demorado beijo no rosto da motorista antes de passar para a boléia.

                     

Becky esperou.

                     

Esperou.

                     

Esperou.

                     

E esperou.

                     

Mas Freen parecia não querer largar aquele maldito volante.

                     

A menor começou a divagar sobre Freen ter se arrependido. Para ela o sexo era, de fato, algo mais sério e provavelmente não estaria disposta a prática-lo com uma quase desconhecida que conhecera há poucos dias.

                     

Becky não entraria em uma crise existencial por isso, mas realmente esperava que Freen não parasse de beija-la. Ela gostava, de verdade, dos beijos de Freen.

                     

E do cheiro.

                     

FrᴇᴇɴBᴇᴄᴋʏ • UNCERTAIN PATH  • (ชะตากรรมที่ไม่แน่นอน) VisionOnde histórias criam vida. Descubra agora