END GAME - Nick Leister

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Nicholas Leister

Eu fiquei realmente incomodando vendo ela pegar uns cinco caras, se pegar tanto com o Sebastian e pegar uma garota. Não sei por que, mas me incomodou muito, não foi confortável, será que ela se incomodava de me ver pegando garotas? Éramos melhores amigos, e se eu me senti assim ela também deve, não!?

De qualquer forma me senti bem melhor quando ela já estava dentro do carro, e fiquei surpreso ao saber que ela e Noah quase se pegaram.

— Ei Nick. — Noah não calava a boca. — Você tinha razão, Magnollia e bem mais legal que você!

— Eu sei! Sempre vou ter razão quando for para defender Magnollia.

— Isso soou de uma forma convencida!

— Por que você não dorme igual a Nollia?

— Não estou com sono.

Depois disso ela continuou falando umas bobagens e quando chegamos em casa levei ela primeiro para o quarto e enquanto levava Noah, ela ficou falando umas coisas sobre cristais serem líquido.

Assim que voltei para o carro Nollia estava acordada encolhida no banco, com os joelhos no peito e o rosto afundado neles, e eu acho que chorando.

— Nollia!? — falei indo para perto do carro. — Por quê está chorando pequena?

— Você me largou aqui sozinha no carro trancado! — me acusou assim que abri a porta.

— Não! Fui levar Noah já que ela estava acordada e você não, mas eu não tranquei as portas. — me aproximei.

— Eu não consegui abrir. — justificou.

— E por que está chorando? — tirei ela do carro com cuidado e dando apoio a ela.

— Por que me senti presa e lembrei de quando minha mãe me deixava no carro horas pós escola por ter feito algo que não agradou ela. — peguei nas coxas dela dando impulso para ela passar as pernas pela minha cintura.

— Me desculpa, meu amor! — ajeitei ela melhor no meu colo. — Não irei mais deixar isso acontecer!

— Tudo bem! — escondeu o rosto no meu pescoço.

Subimos para o quarto e eu deixei ela sentada na cama, desci peguei uma garrafa de água, porque ela provavelmente estaria de ressaca amanhã, e deixei ao lado da cama junto com o remédio. Ajudei ela a trocar o vestido curto por uma camiseta minha e escovar os dentes. Quando terminamos ela deitou com a cabeça no meu peito e eu comecei a fazer carinho em seu cabelo.

— Tá acordado? — apenas murmurei um "sim". — Sabe, o Freud falava que quando procuramos um parceiro, acabamos, de forma inconsciente, procurando alguém parecido com nosos pais.

— Como assim? — me arrepiei quando ela começou a desenhar no meu abdômen.

— Por exemplo, você tende a procurar pessoas como sua mãe, e nós mulheres, iríamos atrás de homens iguais aos nossos pais.

— Acho que faz sentido, mas o que tem de errado? — comecei a fazer carinho nas costas dela.

— Nada, mas e se em vez de procurarmos alguém como nossos pais, acabassemos indo atrás de homens como nossas mães?

— Está se referindo a vocês mulheres!?

— Sim! Tipo, — ela pereceu pensar. — Nada, deixa. Deixa pra lá esse pensamento, não vou saber me explicar.

— Não, estava indo! Eu estava compreendendo.

— Deixa! Amanhã a gente fala sobre. — subiu o rosto até meu pescoço e deu um beijinho lá. — Boa noite, Nick.

— Boa noite, Nollia. — deixei um beijinho no topo de sua cabeça e logo senti ela dormir.

Eu gostava muito de Nollia, saber que fiz ela lembrar de sua mãe fez com que eu me odiasse, mas eu faria de tudo para proteger ela. Acabei dormindo com esses pensamentos, e em nenhum momento soltei Nollia, adorava dormir com ela em meus braços.

Acho que estou conseguindo deixar claro como a relação deles vai ser meio confusa, mas logo fica mais claro. Não vai ser fácil de primeira para eles...

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