END GAME - Nick Leister

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Nicholas Leister

Fiquei chateado por Nollia não deixar eu levar ela, mas entendi, eu também estaria bravo comigo.

Nesse exato momento eu estava tentando fazer molho de macarrão branco, era o favorito dela, resolvi fazer porque ela não tem comido direito. E isso me preocupa bastante. Eu poderia ter pedido para alguém fazer, mas queria tentar, não custava nada.

Jenna estava brava comigo também, por ter feito Lion acelerar o carro e não lembrar de Nollia na hora, ela tentou falar com a loira, mas ela falou que não estava legal e que quando se sentisse bem chamaria Jenna.

Na minha opinião eu era o maior culpado de tudo, mas não tinha o que fazer mais, demorei demais para perceber meu erro, agora, a única coisa que poderia fazer era tentar concertar.

Subi no quarto que Mag estava, sinceramente preferia quando ela ficava no meu, e bati na porta. Se ela mandasse eu me foder e falasse que não ia comer nada eu iria entender.

— Nollia? — falei entrando quando ninguém respondeu.

Magnollia não estava em sua cama e nem por algum canto que estivesse ao meu ver. Mas a porta do banheiro estava aberta e a luz acesa, então fui até lá.

— Magnollia? — falei empurrando a porta. Ela estava sentada no chão com os joelhos encostado no peito e o rosto molhado de lágrimas e vermelho.

— Nicholas. — ela sussurrou.

— O que foi? Aconteceu algo? — comecei a me desesperar.

— Nicholas. — ela só repetia isso.

— Fala comigo, você tomou algum remédio? — olhei em volta mas não vi nenhum remédio pelo local. — Por que está aqui?

— Por que minha mãe faz isso? Por que ela não podia ter sido uma boa mãe? Onde eu errei? — me olhou e seus olhos demonstravam desespero, eu odiava Estella mais do que me odiava.

Todos nós sabíamos que Mag estava sofrendo, mas preferimos deixar ela sofrer sozinha como escolha da própria. Mas também sabíamos que fazia mal.

— Você não tem nenhuma culpa, eu prometo. — me sentei ao seu lado.

— Acho que suas promessas não estão valendo muito. — soltou um riso sarcástico. — Ela não precisava fazer o que fez, falar o que falou, se ela tinha um problema comigo por que descontou no meu pai? A culpa foi minha!?

— Nunca! A culpa do jeito dela nunca será sua, e nem do seu pai. Estella não está preparada para viver em contato com outros seres humanos, ela é muito possessiva, controladora, maluca, e nem você e muito menos Adam tem culpa disso.

— Eu queria que ela tivesse sido uma boa mãe, queria que ela tivesse aparecido nas minhas apresentações de dia das mães, queria que ela tivesse aceitado meus presentes, queria que ela tivesse dito ao menos uma vez que me amava! — passei o braço ao redor do seu corpo fazendo ela se apoiar em mim. — Eu nunca quis ser uma criança estúpida, queria que ela tivesse tido orgulho de mim. Por quê parece que todos parecem saber meus problemas mas ninguém pode resolvê-los...

— Todos nós temos orgulho de você, pequena! — segurei seu rosto entre minhas mãos. — Quero que saiba que não importa o que ela falou, você nunca, nunca, deve acreditar! Nunca acredite nas palavras de alguém que já está desmoronando! Nunca!

— Me desculpa por estar te afastando. — sequei suas lágrimas.

— Você ainda deixa eu chegar perto algumas vezes, isso é incrível! Se você quisesse poderia me dar um soco pelo o que eu te fiz passar.

Ela deu um sorriso e eu sorri também, só não esperava o que viria em seguida.

— Magnollia! — falei quando ela me deu um soco no meio do rosto.

— Você falou que podia! — argumentou.

— Não achei que você fosse mesmo me socar!

— Acontece! Me desculpa. — pareceu ficar desesperada quando viu sangue sair do meu nariz. — Meu Deus, você está sangrando.

— Está tudo bem! Tudo bem eu merecia. — me levantei e ela se levantou em seguida.

— Ok, fica com a cabeça levantada, vou cuidar disso.

Em seguida ela pegou uma caixinha de primeiros socorros e começou a cuidar do meu nariz. Ela tinha uma força do caralho, realmente nada não esperava aquilo.

— Certo! Agora fiquei com a cabeça levantada até parar o sangramento e quando o sangue escorrer você limpa com o pano. — guardou a caixinha. — Por que veio até aqui?

— Ia te chamar para almoçar. Fiz seu macarrão favorito. — dei um sorriso sem jeito.

— Você cozinhou? — perguntou incrédula.

— Sim, e está ótimo! — me levantei. — Você vai comer, vem.

— Não estou com fome.

— Não me importo, você vai comer! Não comeu nada ontem e nem hoje.

Apenas segurei sua mão e a puxei escada abaixo, ela iria comer nem que fosse um pouco.

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