Manhã seguinte

203 18 2
                                    


No meio do filme acabo adormecendo. Acordo com Gesine entrando no quarto e pulando na minha cama.

- Acorda! - ela não parava de pular.

- Gesine! Para com isso!Quantos anos você tem?! - Ela para sentando do meu lado.

- Eu? 23! - Solta uma gargalhada- Mas então, mocinha...Como foi a sua noite? Fiquei sabendo que pegou dois. - Ri

- Me respeita! Não foram dois. Na verdade, foi só um. Mas acredito que não vou vê -lo novamente e o Chris, nossa... o Chris é muito gato e super gentil, mas não rolou nada. Ele só me trouxe em casa e foi embora.

- Pelo jeito que a Jennifer falou, ele apareceu gostar de você.

- Não sei! Mas ele pegou meu telefone e eu o dele. Não sei se vai acontecer nada, talvez ele nem me ligue.

- Ata! Agora levanta. Vou fazer o almoço e você vai ficar comigo na cozinha.

- Ok. Ok. Vai na frente - Ela sai do quarto.
Será? Talvez ele estivesse interessado em mim, talvez ele me ligasse, mas resolvi não ficar com isso na cabeça. Desço as escadas e vou em direção a cozinha.

- O que vai vai fazer? - ela se assusta.

- Macarronada! O que acha? - vira de frente.

- Ótimo! Estou com fome.
Almoçamos e passamos a tarde juntas assistindo filmes.

Uma semana depois...
Era um dia de terça-feira. Ouço a campainha tocar às 22:00 e vou atender.

- Já vai! - A pessoa do outro lado estava praticamente estrupando a campainha. - Quem é? - Ninguém responde.
Abro a porta e me deparo com Chris chorando muito.

- Chris? O que houve? Você está bem? - Ele me abraça e continua chorando. - Chris? Me fala o que aconteceu !

-Meu pai, ele morreu!

- Meu Deus! Chris, calma. Tudo vai ficar bem.

- Eu recebi a notícia agora. Precisava ver alguém e como estava aqui perto... me desculpe, Sandra. Eu precisava se um abraço. Me desculpe, eu vou embora. - Ele se afasta de mim voltando para o lado de fora.

- Chris, volta aqui! Não vou deixar você sair nessas condições, não sou louca, entra! Eu estou mandando! -Ele entra e me abraça.

- Eu não era fã número um do meu pai. Pra mim ele sempre foi um bosta, mas saber que ele está morto... isso dói Sandra, doi muito.

- Eu sei, Chris. Não é fácil perder uma das pessoas que te deu a vida. Mesmo que ele tivesse seus defeitos, a morte é coisa muito pesada. - Me solto do abraço e vou com ele até o sofá. Nos sentamos e ele me abraça. Meu Deus... Como um homem daqueles poderia ficar tão frágil?

Ficamos ali, abraçados por mais ou menos uns trinta minutos, até que Gesine desce as escadas.

- Sandra, eu quero fazer alguma coisa, é sábado e...- Ela para de falar assim que vê Chris abraçado comigo.
Ele se afasta limpando as lágrimas

-Oi! - a comprimenta

- Oi! Você... você é o Chris?

- Sim, eu mesmo.

- Está tudo bem aqui? - ela estava mais que confusa com a situação.

Não é pra menos, ele me trouxe em casa e desde aquele dia não trocando nem se quer uma mensagem. E agora, bem, ele estava no meu sofá, abraçado comigo e chorando. Me levanto indo em sua direção.

- Sim. Está tudo ótimo. Vêm aqui, quero falar com você.- vou com ela até o corredor.

- O que aconteceu com ele? Porque ele está chorando daquele jeito???

- O pai dele morreu.

- Nossa! Quando?

- Não sei, mas ele estava aqui perto e ficou muito mal.

- Eu percebi! Agora vai cuidar dele, acho que ele precisa de ajuda. Vou chamar a Jennifer pra ir comigo em algum lugar.

- Ok! - Volto para a sala e o encontro aos prantos sentado no sofá.
Me sento do lado dele afagando suas costas...

- Vai ficar tudo bem! Você só precisa se acalmar... Eu também perdi minha mãe e sei como é difícil... - Ele me abraça.

-Obrigado por estar cuidando de mim. Você é uma pessoa maravilhosa, sabia?

-Eu tento ser. -Ele sorri

- Como é lindo esse sorriso...-
O que eu fui dizer. Deus! Eu falei em voz alta? Sério isso?

- O seu é mais!

Ele olhava pra mim, nossa... aquele olho, aquele rosto, aquele homem. Ele passa sua mão em meu rosto.

- Você é a mulher mais linda do mundo.

- Você ficou louco de vez. - ele se aproxima, nossos olhos se conectam e em questão de segundos nossos lábios estavam colados.

Um beijo calmo e delicado, mas mesmo assim cheio de desejo.

- Eu queria ter feito isso no dia que nos conhecemos...

- Porque não fez? - Me afasto mas continuamos de frente um com o outro.

- Fiquei com medo de levar um tapa.- Ri.

- Eu nunca faria isso com você

- Sério? Quer dizer que eu te conquistei no primeiro dia?

- Mais ou menos... - Ri

- Sandy, tenho que agradecer você novamente. Obrigado por me ajudar nesse momento difícil. Posso te fazer uma pergunta?

- sim!

- Você vai ao enterro dele comigo? Não sei se minha mãe vai e preciso de alguém do meu lado.

- Claro que eu vou! - Ele me abraça

- Obrigada por tudo, você é maravilhosa

The girlOnde histórias criam vida. Descubra agora