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Temos dentes afiados como navalhas
E vocês sabem que estamos em busca de sangue
Wolves - Sam Tinnesz

Temos dentes afiados como navalhasE vocês sabem que estamos em busca de sangueWolves - Sam Tinnesz

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Salene desceu as escadas com pressa. A bolsa apoiada no ombro direito quase escorregando de seu braço, enquanto olhava ao redor, procurando as chaves de casa e seus livros de moda, ambos largados no sofá.

Noite passada tinha sido caótica. E mesmo dizendo a si mesma que não beberia tanto, foi impossível negar quando lhe ofereceram um copo de tequila, seu drink preferido, e ela bebeu, gole por gole, rendendo-se ao desejo absurdo do álcool.

Aquilo a fez perder todos os sentidos. Os seus próprios avisos sobre permanecer sóbria para o dia seguinte, pois era um dia importante e acima de tudo, não ferrar com tudo.

Atitude tão típica de um Kleiner... Claro que foi em vão.

Ouvindo a buzina conhecida de seu irmão mais velho ao lado de fora, xingou-se mentalmente. Havia prometido que não se atrasaria mais para as aulas, mas até então, as palavras simplórias saíram apenas da boca para fora, e Maven sabia, pontualidade nunca foi o seu forte.

Correndo até a geladeira, limitando-se a escolher a primeira coisa que viu, retirou um pedaço de pizza gelada e mordiscou um grande pedaço. Então voltou para a sala, jogando os livros dentro da bolsa e mantendo as chaves na mão, enquanto caminhava até a porta da maneira mais digna que conseguiu.

Sua cabeça estava doendo como um inferno por causa de todas as bebidas que tomou após a primeira tequila, mas nada que matar algumas aulas não resolvessem, caso a situação piorasse.

Abriu a porta, observando o Jeep preto estacionado em frente à Wolves Black, república do irmão, e quis vomitar. Dentro, os três garotos conversavam entre si, descontraídos.

Um deles, excepcionalmente, tirava a paciência da jovem desde que se conhecia por gente. Era o melhor amigo de Maven. Silas Baker.

— Ei, pateta, vai ficar parada aí nos observando por quanto tempo?

Sentado no banco de trás e com a jaqueta dos lobos aberta, os olhos castanhos do calouro se mantinham fixos nela. E o sorrisinho canalha que ele emitiu a fez mostrar o dedo do meio, revirando os olhos e trancando a porta de casa, indo até eles.

— Por que não parou ao lado da garagem como sempre faz?

— Porque você se atrasou — seu irmão a respondeu.

— Não escutou nossas buzinas? — Silas perguntou. — Estamos aqui faz um bom tempo, pateta.

— Ou todas as ligações — Christian acrescentou.

— Não, não ouvi. Bebi demais ontem. Perdi a hora.

— E quando você não bebe demais, Kleiner?

— Não vai acontecer de novo, eu prometo.

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