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Seja feliz em um novo começo
Vou sentir sua falta infinitamente
Espero que nos encontremos novamente algum dia
Sorrindo como antes
O tempo vai nos curar
Time  - The Rose

Seja feliz em um novo começoVou sentir sua falta infinitamenteEspero que nos encontremos novamente algum diaSorrindo como antesO tempo vai nos curarTime  - The Rose

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O sangue pingou algumas vezes no chão, alertando Salene de seu machucado. Com uma leve careta de dor, levantou-se, terminando de juntar os cacos de vidro e os levando até o saco de lixo na cozinha.

Tinha cogitado fugir, de verdade. Pegar uma carona com algum desconhecido e ir para o lugar mais longe que ele oferecesse levá-la não parecia uma ideia tão ruim assim. Só que não duraria muito tempo, ela sabia disso.

Então analisou sua segunda opção: Trancar todas as portas de casa e deixar o irmão a chamando como um idiota até desistir.

O problema é que, pelo que conhecia Maven, ou pelo que achava conhecer, o líder da matilha conseguiria facilmente arrombar a porta para levá-la à força para o trote se quisesse. Não seria a primeira vez, em todo caso.

Entretanto, em algum momento de sua raiva gritante, pensou em algo mais devastador que apenas se negar a não ser uma "Loba". Algo pior que agir como uma menininha burra e revoltada. Só precisava de um pouquinho mais de coragem.

— Você o que? — Sage berrou do outro lado da linha, enquanto Salene lavava as mãos, observando o vermelho escorrer entre a pia. — Cacete, ele vai te matar quando descobrir.

— Sinceramente, não dou mais a mínima para o que ele vai fazer ou não — ela disse com sinceridade. — Mas não é justo, Sage. Ele querer mandar em mim dessa forma.

— Deveria ter jogado o vaso de vidro na cabeça dele então — sua amiga falou.

Salene deixou um pequeno sorriso escapar dos lábios rosados, mesmo estando chateada. É, ela deveria mesmo.

— Na próxima, eu jogo.

Duvido muito.

— Não estou fazendo uma loucura, estou? — o sorriso diminuiu quando a frase se encerrou.

A estudante de engenharia suspirou.

— Na verdade, está sim — falou, calmamente. — Mas é um fato que eu sempre desejei que você fizesse parte de uma república. E não vou me opor a isso se for um desejo seu, mas tem certeza? Você quer mesmo isso? Ou só está frustrada com o seu irmão ao ponto de fazer uma loucura dessas apenas para irritá-lo?

— Você também não, Sage.

— Espera, eu não disse que não apoio irritá-lo. Aquele idiota foi um filho da puta com você. Quer dizer, me desculpe pela sua mãe, mas ele é um babaca — ela disse rapidamente. — Faça da vida dele um inferno. Eu só não quero que você se arrependa disso. Porque sempre me falou que ficaria melhor sozinha, que estar repleta de pessoas é sufocante, então...

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