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Vá e pegue isso da maneira errada
Você sabia quem eu era a cada passo que corri em sua direção
Apenas dias de tristeza e escuridão
Encontrando estranhas perfeições em qualquer estranho que vejo
Someone New - Hozier

Vá e pegue isso da maneira erradaVocê sabia quem eu era a cada passo que corri em sua direçãoApenas dias de tristeza e escuridãoEncontrando estranhas perfeições em qualquer estranho que vejoSomeone New - Hozier

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Maven estava sentado nos degraus da casa da caloura quando ela chegou, cansada pela longa caminhada que estava virando rotina em seus dias de universitária. O observando, franziu a sobrancelha enquanto continuava a se aproximar.

Não esperava se esbarrar com ele naquele horário. Muito menos daquela forma, com o Lobo em a esperando, como se aquele fosse só mais um dia normal. Não era.

— Gostou do presente? — perguntou ao ver Salene.

Ela não comentou sobre ou sequer o agradeceu.

— Pensei que estivesse organizando as coisas do trote. Não era lá que você deveria estar agora?

Maven acenou, levantando-se.

— Sim, mas queria falar com você primeiro.

— Sobre?

— Não te vi ontem, Salene — informou, mesmo ela sabendo que era mentira. Ambos haviam se esbarrado mais de uma vez na universidade.

— Dádivas da faculdade.

— Nem hoje.

— Está me vendo agora — a caloura levantou os braços, dando uma voltinha deslumbrante.

E talvez estivesse consciente sobre Maven saber que ela estava o evitando, porém não iria entregar o fato que seu irmão era bom em desvendar sempre que ela estava escondendo algo.

O líder da matilha soltou um pequeno sorriso e concordou com ela.

— É, com certeza estou.

Maven fez uma pausa, olhando fundo nas órbitas azuis de Salene. Era como se aquela troca de olhares fosse capaz de desfazer todas as mágoas, mas a caloura sabia que não era. Então, ele continuou:

— Você ainda lembra de quando éramos adolescentes? Mamãe e papai viajavam com frequência para fora da Flórida e éramos só nós dois nos virando todos os dias? Indo ao colégio, viajando, vivendo por nós mesmos. Você costumava chorar de madrugada apesar de sorrir todas as manhã e rezava aos deuses para que eles voltassem logo. Olhava para mim e perguntava "você também vai embora, Mav?"

— E você sempre dizia que não — ela completou, com um pequeno sorriso.

Naquela época, a jovem Salene ainda acreditava em forças maiores. Ou queria acreditar. Depois de uns anos, o pensamento foi embora, deixando-a apenas com as verdades óbvias. E ela parou de rezar, seja lá para quem fosse e ouvisse suas preces. Assim como aprendeu a conviver apenas consigo mesma, e o irmão. Mesmo amando os pais também.

— Olha, não sei como você imaginou que seria sua vida de universitária, mas precisamos estar juntos, Sal — Maven disse.

Ela juntou as sobrancelhas.

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