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Você me deixa louco
Me empurra para as bordas
Eu estou tentando manter a calma
Mas você me faz perder minha maldita cabeça
The Wall - PatrickReza


Você me deixa loucoMe empurra para as bordasEu estou tentando manter a calmaMas você me faz perder minha maldita cabeçaThe Wall - PatrickReza

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A escuridão tomou conta dos olhos de Salene enquanto o carro se movia. Forçando a visão para enxergar qualquer coisa, mordiscou o lábio inferior, com uma careta.

Toda claridade da cidade havia desaparecido, e os faróis dos veículos, acesos, lhe davam somente pequenos ravishes de luzes dentro da floresta, fazendo-a contemplar diferentes árvores gigantescas e uma estrada empoeirada.

Afundou-se um pouco mais no banco, mantendo os braços cruzados. Tinha imaginado tantas vezes como seria a casa do lago.

Óbvio que já ouvira histórias, como tudo ao seu redor. Histórias sobre uma noite de trégua. Sobre os trotes diferentes e diversão pra caramba.

Só nunca imaginou que um dia, estaria indo exatamente para lá.

— Estamos chegando — Silas avisou, quase num sussurro para a Loba, que sentiu arrepios pelo corpo. Então prosseguiu com um sorrisinho: — Guardei aquela coisa pra você, como pediu, pateta.

Estranhamente, sentia que o Lobo estava diferente hoje. Mais legal, mais amigável, mais próximo dela, como um verdadeiro amigo. Parecia emitir uma pequena ansiedade dentro de si, notável pelas órbitas castanhas, como mais cedo, quando protegeu-a dos Corvos.

Ela sorriu fracamente para si, consciente que ele não conseguiria ver por causa da escuridão. Na verdade, Silas sempre foi assim, só nunca notou. E por que nunca notou?

— Melhor estarmos mesmo, pois não aguento mais ficar presa aqui dentro com você — reclamou para ele, que gargalhou baixinho.

— Será uma noite interessante, confie em mim— retrucou, batendo o ombro forte contra o dela.

Revirando os olhos, a caloura não disse nada. E virando para frente, sentiu o sorriso escapar dos lábios quando as luzes voltaram, melhorando sua visão. Do lado direito, Christian abaixou o vidro, permitindo que o ar entrasse e botou metade do corpo para fora.

Salene o imitou, mas apenas a parte do vidro.

De repente, o som distante de uma música desconhecida começou a se tornar mais alta, próxima, como os murmúrios altos e risadas exageradas.

Salene ousou erguer o rosto para fora, apenas o suficiente para observar a quantidade absurda de carros estacionados ao redor do enorme casarão de vidro logo atrás do lago. E os olhares, que começaram a se voltar para o líder da matilha e sua trupe.

Mas somente uma pessoa em meio aquela bagunça fora capaz de chamar sua atenção.

Com as costas largas apoiadas na traseira preta da caminhonete vista por ela ao sair de casa, o rosto sério de Sebastian se mantinha em alerta, enquanto o Corvo encarava o irmão de Salene estacionar.

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