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Há uma dor no meu peito que não consigo descrever
Eu fecho meus olhos, mas os dias são iguais
Sinto uma aflição quando ouço meu nome
Me faz esconder
Eu sinto a vergonha
Alive - Rüfüs Du Sol

Há uma dor no meu peito que não consigo descreverEu fecho meus olhos, mas os dias são iguaisSinto uma aflição quando ouço meu nomeMe faz esconderEu sinto a vergonhaAlive - Rüfüs Du Sol

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Salene saiu primeiro da floresta para que Maven não notasse a Tiger quando ela voltasse à sua república outra vez. Enquanto caminhava, tentou ignorar o olhar de Nikel a cada movimento seu. 

Ela sabia que ele não estava contente com o que havia prometido a Lizianne, mas se a única forma de fazê-la se desligar de Maven fosse forçar o irmão da ruiva a ajudá-la nisso, então ela o faria.

"Preste atenção", Lizzianne disse enquanto estavam escondidas. "O único conselho sincero que posso te dar sobre isso é: não desista. Corvos podem ser perigosos, mas nunca trapaceiros. Siga as regras deles, fique entre os melhores. Se não for capaz... se Oliac for contra mesmo assim... então meu irmão fará algo."

Ela concordou, colocando em mente que sua única opção era confiar. 

Mas quem diabos era o líder deles? 

Sabia tanto sobre as outras repúblicas, mas as informações dos Corvos eram escassas, como se quisessem expor apenas o mínimo para todos. Ou talvez fosse o longo convívio com o irmão que a fez acreditar que essa parte da universidade era dispensável para ela, apenas porque, em parte, era para ele.

— Boa noite, calouros! — de repente, uma voz estridente surgiu em frente à casa do lago, roubando a atenção da jovem. A música foi desligada, e o garoto olhou ao redor. — Antes de iniciar os trotes, quero chamar ao meu lado seus futuros líderes.

Seus olhos cor de mel pareciam brilhar de empolgação. O sorriso nos lábios deixava qualquer um curioso. Inclusive Salene, que observou Maven caminhar até ele, passando por ela rispidamente e recebendo batidas fortes nas costas largas por seus amigos.

A Tiger também fez o mesmo, sorrindo para sua irmandade, assim como todos os outros que estavam presentes. Ninguém deixava transparecer sequer um pingo de nervosismo. Pelo contrário, a calma era assustadoramente nítida.

"Líderes", deixou a palavra escapar da mente. Suas atitudes não poderiam ser diferentes. 

Quando todos se juntaram, lado a lado, ela percebeu que faltava alguém, porque ninguém havia se movido da fraternidade de Nikel.

Notando isso, assim como ela, o garoto disse, em direção aos Corvos:

— Vamos lá, Oliac, não se esconda. Venha aqui você também.

Não havia muita bagunça ao redor, apenas calouros sussurrando preocupados, mas o silêncio aumentou quando a atenção da maioria se voltou para a caminhonete. Para os Corvos, pacíficos demais para uma casa que, horas antes, planejava uma revolução.

Então um sorriso familiar foi lançado, e um passo firme alcançou o chão empoeirado, deixando Salene completamente espantada. Porra, sem chances.

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