capítulo 02

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Pov:Hailey Brown

Finalmente consigo fechar a lanchonete olhando para o outro lado da rua e vejo o homem que pediu os donuts entrar no carro , sigo meu caminho para casa e vejo o carro do homem me seguindo , até posso estar loca mas vou conferir. Entro em uma rua e dou uma volta e o carro me segue devagar , percebo que por qualquer lugar eu vai ele me seguirá a não ser que ele não consiga me ver,sigo devagar até a avenida e quando o sinal contrário se abre, corro o mais rápido possível vejo que o carro tenta me seguir mas os carros o atrapalham, é um alívio! não preciso de mais um maluco me perseguindo.

...

Chego em casa exausta , meu pai está na cozinha preparando algo, eu até estranho já que ele nunca está sóbrio para fazer algo na cozinha mas relevo, coloca os meus sapatos na porta e vou até a cozinha ele está com os olhos caídos é um pouco desengonçado mas continua mexendo a panela, ele me observa devagar pelo canto do olho mas não diz nada, ele dá um respiro fundo como se estivesse irritado. Sento na mesa com uma maçã e uma faca para mim comer ele se vira para mim

-você chegou tarde não é? Uma pessoa de respeito não pode ficar na rua até tarde. o que os outros vão pensar? vão pensar que eu não cuido de você, e eu faço de tudo para cuidar de você!-
ele se enrola nas palavras mas todas elas sai de uma forma que se entende ele olha para mim no fundo dos olhos talvez esperando uma resposta mas eu não irei dar, apenas fico quieta e assinto com suas palavras, aparentemente isso deixa mais irritado e bati na mesa e disse
-onde você estava? Eu não quero que minha filha fica até tarde na rua - ele diz de forma agressiva sua mão está na mesa seus olhos fixamente em mim

-desculpa pai, por ter chegado mais tarde essa noite um cliente pediu o Donuts de última hora e eu não pude recusar mas isso não irá acontecer de novo - eu falo calma para não causar mais irritação

-eu espero mesmo que não ocorra novamente-ele me aponta a colher quente - ou se não você nunca mais vai sair dessa casa que eu não quero uma filha sendo taxada de puta, ouviu bem?

- sim pai - apenas concordo

- agora some da minha frente antes que eu perca a cabeça, vá se lavar você está fedendo suor

Levando eu vou em direção ao meu quarto tranco a porta e respira aliviado não foi tão ruim, vou até meu guarda-roupa e pega um pijama vou até o banheiro e liga o chuveiro enquanto eu tiro minha roupa logo entro no banho quente o corte na minha barriga ainda dói quando a água cai nele então apenas evito de ter contato... Saio do banho coloco o meu pijama e passo alguns cremes por causa das marcas vou até minha cama coloca o celular para carregar a cabeceira e arrumo minhas coisas para o dia seguinte.

Deito na minha cama praticamente descansada já que tive um dia praticamente normal eu não fugi do meu pai e ele não me bateu eu acho que isso é praticamente normal Claro muitas pessoas não imaginariam isso, só que a maioria delas não passam por isso! não passa por um pai alcoólatra!

Fecha as cortinas apago as luzes deito na cama finalmente fecha os meus olhos .

Baroom! Baruuum!

Algo algo muito alto me assusta vem do andar de baixo imagina que seja meu pai um pouco mais bêbado então ignoro

Baroom! Baruuum! -

Barulho persiste e já imagino que não seja mais meu pai pois não parece ser um só homem, decido sair da cama e ver o que é! abro a porta do meu quarto e devagar pouco a pouco sem fazer barulho na ponta do pé vou até o parapeito da escada olha para baixo está meu pai e mais um homem brigando corpo a corpo eles se batem e quebram as coisas é algo assustador já que não nunca vi meu pai batendo em alguém e muito menos alguém o nocauteado por um momento eu não sei o que eu faço talvez se eu vou voltar para o meu quarto e finge que nada aconteceu mas não consigo o instinto de filha que ainda tenho decidi descer e resolver isso mesmo que eu não consigo. Desso as escadas correndo e tento apartar a briga entro no meio de ambos tentando afastar-los eu empurro o meu pai para o sofá nisso leva um soco no meu rosto fico atordoada e caiu no chão consigo ver leves vultos o cara olha para mim assustado e meu pai aproveitando a situação bate nele bate nele muitas vezes então minha visão fica preta e já não tenho mais consciência de nada.

03:31

Acordo enxergando ainda vultos não enxergo o rosto de ninguém e sei que não estou mais na minha casa é um lugar grande e branco e com as pessoas estranhas algumas delas de branco e outras de azuis elas falam comigo mas não as entendo então fecho meu olho e tudo volto a ficar preto.

08:00

Eu deitado em uma cama de hospital e minha volta tem uma lona azul a minha direita uma janela estou com uma agulha no meu braço pelo qual eu recebo o soro uma enfermeira se aproxima de mim ela tem os olhos verdes os lábios pequenos mas com um lindo sorriso

-que bom que está acordada eu sou Fernanda eu vim te ajudar no que você precisar-ela disse calma segura do que estava falando

-eu só preciso saber onde eu estou e como vim para aqui- digo a ela e ela anota na sua prancheta

-bom você e mais um homem chegar aqui de madrugada parece que seus vizinhos denunciaram que outro homem estava agredindo vocês logo os policiais chegaram e a ambulância também você foi uma das primeiras que chegou, você está bem ferida na verdade teve uma lesão aqui - ela coloca o seu dedo em um corte na minha sobrancelha

-Ah sim, eu me lembro que eu escutei um barulho eu fui ver o que aconteceu eu vi o meu pai e um homem brigando na sala então fui tentar ajudar depois levei um algo na cabeça eu não lembro de mais nada-falo a ela

- querida, você não tem só esse machucado mas os outros que foram encontrado em você não são de agora se você quiser você pode me...

-bom é normal ter outras marcas mas isso não vem ao caso agora eu quero saber se o meu pai está bem?-interrompa a enfermeira antes que ela passa mais pergunta.

-claro eu vou verificar como é o nome do seu pai mesmo?

- Nety Brown

capaz de amarOnde histórias criam vida. Descubra agora