capítulo 22

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Pov: Hailey Brown

Avia passando dois dias e eu continuava no quarto jogada no chão. Por um pico de energia consegui colocar minha cômoda na porta, e assim que ela estava bem protegida eu fiquei ali mesmo. Não mexi um músculo só os do punho que uma hora ou outra me traziam a condenação do meu corpo e o alívio da minha mente.

As pessoas que estavam em festa na minha casa faziam muito barulho o que me deixava em alerta e eu não conseguia dormir. Depois que a festa acabou escutei as vozes do meu pai e de Mary falando algo embaralhado provavelmente bêbado .

15:08

Estava de tarde o sol batia na minha janela, eu escutei a campainha tocar várias vezes, e depois uma voz que eu conheci falar com meu pai mas não consegui lembrar de quem era voz. Por fim meu pai bate a porta agressivamente e o silêncio se instala. Meu corpo vacilava meu olhos estavam pesados mas eu não conseguia dormir com medo de que algo acontecesse, porém meu corpo não aguentava mais e tudo ficou escuro...

23:31

Acordo zonza com a cabeça girando e o estômago péssimo ele roncava e doía, sinto uma saliva invadir a boca e vou engatinhando para o banheiro, levanto a tampa do vazo e vomito o pouco que avia no meu corpo e isso se repete mais duas vezes quando meu corpo não resistia mais caio no chão novamente.

- Hailey, Hailey... - alguém me chamava eu só vi um pouco do rosto,.mas era indecifrável já estava tudo confuso, perco novamente o sentido .


Sonho:
[Ele pegou o homem em cima de mim e o socou várias vezes, e por fim escutei um estalo de algo se quebrando e finalmente os socos pararam, vem até mim e pega em meu rosto devagar levanta para que eu o olhasse

- você está segura pêssego]

Acordo com o coração a mil, olho que já não estava na minha casa nem no meu quarto. Era um quarto de hospital e eu estava com uma agulha no braço no qual passava o soro olho para o quarto que estava vazio, então não tinha a mínima ideia de quem me trouxe . Eu olho as roupas que eu estava e choro começo a chorar sem para, e fico sem ar e o choro descontrolado só piorava meu estado.

- aí meu deus- Uma voz feminina fala ao meu lado - doutor!
Mas alguém entra no quarto era um médico de jaleco branco e um cavanhaque

- vá e pegue um sedativo benzodiazepínicos - ele diz firme- por favor tente se acalmar

A enfermeira volta e aplica o benzodiazepínicos no soro logo meu choro para, meu coração desacelera e volto a dormir.

-pelo que pudemos ver ela foi abusada e agredida, em tempos diferentes pra nós sabermos exatamente teríamos que fazer um exame mais profundo mas precisaríamos da autorização dela e...- o médico me olha e para de falar logo Caio se vira para mim e seu semblante era de preocupação, ele força um sorriso confortando meu coração.

Caio se aproxima e pega minha mão e a da um beijo, ele acaricia mas mantém a distância do meu corpo. Sua face forçava de toda maneira manter confortante para mim o que era difícil para ambos.

06:45

O médico avia me dado alta, Caio ficou comigo a noite inteira ele estava em uma poltrona que parecia confortável, mas sei que seu sono foi difícil pois se mexia muito, eu por outro lado não preguei os olhos nem por um momento.

-Hailey nós vamos embora daqui a pouco -Caio fala entrando no quarto

- tá bom - digo enquanto olho para janela .

Alguém chega na porta, eu sei por que escuto os passos. Caio vai até a pessoa

-ela está melhor, sua glicose aumentou e a pressão se estabilizou. Mas ela vai precisar fazer aqueles exames ainda, para termos certeza de tudo o que aconteceu. - o medico para por um momento - Caio vou lhe pedir para cuidar dela verificar se ela comeu e tomou os calmantes, não deixe ela sozinha. Muitas pessoas que passaram por abuso tentam...

O médico se cala novamente

- eu vou cuidar dela. - Caio fala

Eu e Caio fomos para a recepção ele assinou uma ficha e logo descemos para o estacionamento entramos no carro de Caio e ele me leva para casa dele.

Assim que chegarmos na frente da casa a de Caio dou um logo suspiro, eu olho a casa e sinto um aperto no coração eu me sentia um peso para Caio essa não era a obrigação dele

- Caio me leva para casa - digo

-por que? Hailey eu lhe tirei de lá quase morta, você não vai volta para lá!

- cuidar de mim não é sua obrigação, eu não quero te atrapalha.- digo em tom alto Caio por sua vez coloca a mão na minha mão o que faz eu olhar para ele

- minha pequena, você não me atrapalha, realmente não é a minha obrigação mas eu quero! Você é importante pra mim e eu vou cuidar de você. - ele diz e meus olhos se enchem de lágrimas - agora você vai entrar e descansar

- obrigada -as lágrimas escorrem pelas minhas bochechas.

Nós entramos na casa e subimos para o segundo andar onde ficava os quartos, nós vamos até o quarto de hóspedes que fica na frente do quarto de Caio

- você vai ficar aqui, eu arrumei tudo pra vc tem um moletom uma toalha coberta. - ele olha para mim que olho para o quarto  - minha porta vai estar aberta pra qualquer coisa. Eu vou fazer um lanche pra nós e já trago .

- tá bom Caio, obrigado mais uma vez ! - digo  o garoto sorri para mim

Fecho a porta e corro para o banheiro. Queria tirar aquela maldita roupa, tomo um banho demorado esfrego meu corpo até ficar ardendo e parece que não era o suficiente para que eu me sinta limpa mas termino o banho me seco e coloco o moletom termino me jogo na cama me afundo nas cobertas. O cheiro de lavanda nas cobertas me tranquilizam, depois de um tempo escuto batidas na porta

- Hailey, abre é o Caio- diz o garoto, vou até a porta destrancado-a ele entra com um prato com dois  lanches enormes e dois sucos

- eu não tô com fome - digo e o garoto me olha com cara feia

- você vai comer, e tomar os remédios. Ou eu vou ter que levar para o hospital - ele ameaça

- não ! - digo

- então come - Ele diz mordendo o lanche.

Terminamos de comer e Caio garantiu que eu tomasse remédio.

- você quer conversar? - ele pergunta meio receosos

-eu não sei...-respiro fundo - eu não posso volta para casa. Primeiro teve a festa ( digo e um flash vem a minha cabeça) aquela vadia da Mary me tratou como um animal, ela me humilhou, e meu pai que era a pessoa que deveria me proteger na verdade me tratou bem pior. Eu tinha espectativa que ele iria me ajudar pelo menos uma vez. - as lágrimas já apareciam - me enganei novamente, ele falou encarando meus olhos que eu sempre estrago as coisas! Talvez eu seja um monstro, talvez eu tenha entrado na vida do meu pai como um peso. Mas eu queria, queria que ele tivesse me escolhido, pelo menos um vez!

Minha boca fluia os meus pensamentos do subconsciente.

capaz de amarOnde histórias criam vida. Descubra agora