Sempre fui criada para uma família amorosa, meu irmão fez de tudo para que eu pudesse estudar e ser alguém na vida mas como qualquer adolescente acabei caindo no papo do vigário e me apaixonei por quem não devia, um garoto que parecia ser bom em tud...
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Pov- Rebeca.
Rebeca- Não entendo , como saí de uma família amorosa e gentil para um relacionamento completamente abusivo onde aquele que deveria me amar e me proteger me tratava como se eu fosse um objeto ou como se fosse um troféu para falar a verdade, Eric sempre tinha essa mania, depois que saí de casa para morar com ele, começou a me tratar dessa maneira, era quase como se eu fosse feita de cristal mas o problema era que eu não podia ter deixado, me ameaçava o tempo todo sobre tirar a própria vida e coisas do tipo, não podia sair de casa para ter amizades porque acreditava que estava traindo, não podia simplesmente sorrir para ninguém na rua que também poderia se tratar de uma traição.
Para tentar justificar aquilo que fazia, dizia aos quatro ventos que sofria de síndrome de Otelo , não acredito em nada do que diz e para piorar a situação, quebrou meu celular e não posso ligar para o meu irmão, eu sinto tanta falta do meu irmão.
Richard poderia fazer alguma coisa para me tirar dos braços de Eric mas eu tenho medo das ameaças, tenho medo do que pode fazer até porque um homem como ele com síndrome de Otelo pode acabar me machucando no processo, precisa encontrar uma maneira de fugir desse lugar e para isso eu preciso fazer as coisas com calma.
Eric - seu café da manhã - ele colocou um prato de salada de frutas na minha frente, Na verdade era um prato com maçãs picadas, qualquer tipo de fruta que eu pudesse comer que não poderia engordar ele tinha muito despeito do meu corpo , dizer que eu deveria ser mais como as garotas que ele via pela internet, ficava comparando o meu corpo com as modelos o tempo todo e depois disse que fazia isso porque me amava. - bom café da manhã.
Minhas mãos tremeram quando ele me deu um beijo no topo da cabeça e logo em seguida fui parar perto da cozinha novamente, respirei fundo tomando um pouco de suco de laranja sem açúcar, tudo com Ele deveria ser regrado e o pior é que dizia que gostava de mim, mas tudo que eu quero é ter um relacionamento comum, com uma pessoa que é normal e que não vai ficar me prendendo me trancando dentro de casa o tempo todo, eu só queria sair para o lado de fora e olhar para as pessoas , poder ir ao cinema e fazer compras como uma mulher normal.
Eu coloquei um pedaço de maçã na boca eu olhei pela janela, ao se aproximar Ele simplesmente fechou as persianas para que eu não pudesse olhar para fora , respirei fundo tentando manter a calma.
Eric- as pessoas lá fora são os nossos inimigos, você precisa ver isso e tudo que estou fazendo é por nós dois - eu olhei nos seus olhos vendo como ele poderia ser manipulador e fiquei em silêncio enquanto tomava um pouco mais de suco , nesse momento ele acertou um soco em cima da mesa fazendo com que eu pudesse parar o que eu estava fazendo de olhar para o seu rosto - eu não entendo porque você está me olhando como se eu fosse seu inimigo, estou tentando cuidar de você o tempo todo e estou tentando fazer o que é melhor para você e para mim também.
Rebeca - eu entendo isso, mas estou com fome e só quero comer alguma coisa, será que posso fazer isso pelo menos?- Ele pareceu ficar um pouco nervoso mas afirmou com a cabeça então o restante do café da manhã foi tranquilo, ele não falou nada quando retirou os pratos da mesa e colocou na lava louças, levantei de onde estava e fui para sala de estar onde me sentei pegando um livro para ler, na televisão há muito tempo estava fora da tomada e eu também não podia ver nenhum jornal local ele não queria que eu pudesse pensar em coisas ruins ou pelo menos era isso que dizia mas tenho certeza que também é uma forma de me manipular, me manter fora do ar.
