Love Shot | Yin War 🧡💜

Cap 16 - 🧡💜

POV WAR

Acordo de madruga com o corpo quente demais, então sinto que o calor vem do corpo de Yin e não de mim. Ele está ardendo em febre e todo suado, sua expressão fechada e testa franzida me mostram que talvez ele talvez esteja tendo pesadelos.

Me levanto rapidamente e molho uma das toalhas de rosto na pia do banheiro, me ajoelho do seu lado e vou passando a toalha molhada na tentativa de abaixar sua febre. Yin então se levanta em meios aos gritos e me agarra, eu fico apenas calado com ele em meus braços.

Sua respiração está irregular e seu corpo todo trêmulo, me afasto um pouquinho e tiro os fios molhados da sua testa e o sopro na tentativa de o deixar fresco. Yin fecha os olhos enquanto aproveita e logo faz menção de se deitar novamente.

- Não senhor, levanta já dessa cama e vai tomar um banho frio. - Yin faz biquinho e balança a cabeça em negação, onde ele fica a coisa mais fofa fazendo manha. - Anda Yin, você está todo suado e eu vou ter que trocar as roupas de cama... - Yin se enrola nos lençóis e vira de costas para mim. - Meu Deus, quantos anos você tem mesmo?! - Ele continua a me ignorar. - Yin qual é, levanta ou eu mesmo te jogo na banheira.

Yin então se senta na cama, esfrega os olhos e passa a mão jogando seu cabelo úmidos para trás. Ele não diz uma palavra sobre o que acabou de acontecer, está fingido ou realmente não quer tocar no assunto. Sei muito bem como são esses tipos de ataques, que começam com pesadelos, depois ataques de raivas e por último uma explosão.

- Pode ficar comigo enquanto tomo banho? - Me pergunta tão baixo que quase não o escuto direito.

- Isso é uma desculpa ou um convite pra te ver nu?! - Pergunto arqueando as sobrancelhas e Yin solta uma gargalhada, mas logo depois sua expressão fica séria.

- Eu estou falando sério War, não quero ficar sozinho...

- Tá bem, mas então pelo menos fica vestido com suas cuecas... - Yin não tem reação nenhuma, apenas entra no banheira e eu fico sentado no chão ao seu lado. - Quer conversar? - Pergunto enquanto toco sua mão.

- Não é nada demais, só estou com medo do que possa acontecer daqui pra frente e isso faz com que minha ansiedade fique atacada. - Ele então suspira fundo e me olha nos olhos. - Não precisa ficar preocupado, eu estou bem...

- É normal se sentir inseguro Yin, você viveu a vida toda em função daquilo que o teu pai queria para você. - Ele apenas abaixa a cabeça, por alguns segundos o silêncio reina dentro do banheiro então decidi quebrar o gelo. - E se fôssemos beber alguma coisa? Podemos procurar algum lugar aqui perto.

- Não acho que seja uma boa ideia, sem contar que temos planos melhores em mente... - Eu quero ao máximo aproveitar os momentos de paz, pois assim que chegarmos em nosso destino final não sei como as coisas ficaram.

(...)

Yin acabou me convencendo de que sair era uma péssima ideia, pelo menos por enquanto. Então vamos até a loja de conveniência mais próximo, onde trago bastante cerveja e vejo que na sacola de Yin tem algumas coisas para comer.

Assim que chegamos Yin vai preparar nosso jantar, enquanto eu vou tomar um banho. Assim que saio, vejo que a mesinha de centro está todo arrumada. Vou para a mesa ainda enxugando os cabelos na toalha pequena, me sento em sua frente e começamos a conversar sobre coisas aleatórias. De repente, vou sentindo um formigamento na garganta e uma queimação esquisita no estômago.

- Y-yin... - Digo sentindo minha garganta se apertando. - De que era feito o patê?!

- Porque, está tão bom assim que você até engasgou e parece que vai morrer de tanto prazer por apenas comer um simples patê feito por mim?! - Ele da de ombros, mas acho que ainda não se deu conta do que está acontecendo.