Capítulo 19 - Poção Polissuco

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- Isso, definitivamente, não vai dar certo.

Já era a bilesima vez que Alvo dissera aquilo. Lily encarava o potinho que continha fios de cabelos dourados, ela presumia que fossem de Leslie, de uma roupa que Lily havia lhe emprestado, se não fosse... Bem, as coisas ficariam feias.

- Onde está Hugo? - Lily perguntou, ignorando o irmão rabugento.

- Foi até a... - Rose franziu o cenho.

- Toca? - Alvo arriscou.

A garota não estava gostando de ser completada, queria lembrar por si só, mas assentiu.

- Com a Lílian, para apanhar nossas coisas - Rose disse.

Alvo jogou-se na cama. A casa estava silenciosa, Hermione trancara-se na biblioteca e não saía de lá fazia horas. Os três restantes estavam no quarto de hóspedes, repassando o plano, que na minha opinião de Alvo, era uma péssima ideia.

- Será que eles vão perguntar muito? - Lily questionou pra quebrar o silêncio.

- É claro que sim, Lily - Alvo meteu-se entre os travesseiros - Não são idiotas. Me acorde quando Hugo e Lílian voltarem.

Depois de um tempo, já podia se ouvir a respiração sonolenta de Alvo escondido em meio os travesseiros. Rose o observava, como se não quisesse esquecer como era o seu rosto. Lily sentou-se na poltrona e ficou em silêncio junto à eles.

- Rose? - Chamou, após certo tempo.

Rose, que mantinha o olhar vidrado em Alvo, voltou-se para a prima.

- Tem certeza que não está chatiada por não poder ir?

- Se disser que não, estarei mentindo - Rose disse, o semblante sério - Mas sei que se eu for... Poderá ocorrer imprevistos. Só me sinto meio inútil.

Lily assentiu, dizendo:

- Vamos concertar isso e você voltará a ser a mesma Rose irritante e útil de sempre.

A Weasley abriu a boca para falar mais alguma coisa, porém Hugo adentrou o quarto, vermelho e ofegante.

- O que houve?

- Nada, por quê? - Ele parecia meio suspeito.

- Você não é bom mentiroso, Hugo - Rose rebateu - Diga logo.

O ruivo suspirou.

- Não havia ninguém na Toca. Lílian acha que eles podem ter saido para uma missão, ou sei lá.

O coração de Lily apertou. Daniel estava com eles, não podia estar em perigo, podia?

Por que as coisas não podiam ficar bem por pelo ou menos um dia?

- Mas... - Rose começou.

- Nós temos uma coisa na qual centrar - Hugo interrompeu - Eles estão bem, são muitos. Não se preocupem.

Já era tarde, Lily já estava preocupada, mas resolveu ignorar e passar a focar no plano principal. Precisam entrar em Hogwarts sem ser percebidos, sem causar confusões e sair ilesos.

- Tudo bem - A ruiva, contragosto, desconversou - O que conseguiu?

- O suficiente para nos ajudar.

Ele despejou objetos sobre a cama, acordando, assim, Alvo.

- Qual a parte do "me acordem quando eles voltarem" vocês não entenderam?

- Cale a boca - Rose pediu.

Hugo reprimiu uma risada e apanhou um sobretudo em meio as coisas, jogando-o em Alvo.

- Isso é de Scorpius - Disse - Ele deve está com o pessoal da Ordem, ou seja, longe de Hogwarts.

A filha dos Potter: A Era das Trevas (III)Onde histórias criam vida. Descubra agora