A filha dos Potter: A Era das Trevas (III)

Capítulo 22 - Caçando e caçados: Parte 2

"Se posso lhes contar alguma coisa hoje, é que nunca, em momento algum, devem acreditar em seus olhos. Aliás, nem na sua mente."

- Maze Runner - Prova de Fogo.

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- Lily! - Uma voz a chamou.

A garota, com dificuldade, abriu os olhos. Sua cabeça latejava miseravelmente e não sabia quando tempo passara inconsciente. Havia poeira e pedras ao seu redor, a perna de Lily estava presa por uma delas.

Tentou se sentar, mas a dor na perna tornou-se tão crucial que ela optou por permanecer deitada.

- Minha varinha... - Ela murmurou, a respiração pesada.

Alguém, fora do campo de visão dela, se aproximou e retirou a pedra de cima da sua perna. Lily afastou-se da destruição e, enfim, conseguiu se sentar.

Precisou de um tempo para dar-se conta onde estava, realmente ainda era a Torre de Astronomia.

A única diferença era: Lily estava sozinha.

A não ser, por ela.

- Gianne?!

A loura sorriu para ela, estava com alguns cortes no rosto, mas, definitivamente, era ela. Gianne Thomas, sua melhor amiga.

Lily não podia acreditar, fazia tanto tempo que não a via, que parecia ser a primeira vez na vida delas que encaravam-se.

- Oi, Lily - Foi tudo o que ela disse.

A ruiva, ignorando o fato de estarem correndo perigo, abraçou a amiga com toda a força que podia, como se quisesse impregnar-se com o cheiro de Gianne.

- Ai - Gianne murmurou.

Lily afastou-se, ainda mantendo as mãos sobre os ombros dela. Ambas trocaram sorriso, incapazes de falar qualquer coisa. Era a primeiro vez que sorria em dias e Lily não lembrava-se o quanto era bom senti-se daquele jeito, inteira e alegre.

- Como veio parar aqui? - Perguntou a Gianne.

- Não foi muito difícil - Gianne deu de ombros - Posso ser nascida trouxa, mas ainda sou uma bruxa.

Houve um breve momento de silêncio, cortado por um assobio, apavorante. Gianne virou-se, no momento em que o comensal na porta atirava uma faca nela.

Com um grito, Lily ergueu-se, ordenando:

- Estupefaça!

O feitiço acertou-o, fazendo rolar escada abaixo.

- Temos que sair daqui - Lily disse, respirando pesadamente.

Ela, enfim, virou-se para a amiga, que estava caída ao chão, sobre um poça do seu próprio sangue. A faca, jogada pelo o comensal, cravada em seu peito.

Lily jogou-se ao lado dela e retirou a faca, jogando-a longe, tudo transformando-se em um turbilhão de desespero ao redor.

- Ei, ei, ei - Chamou-a - Olhe pra mim. Gi, olha pra mim.