Capítulo 21 - Caçando e caçados: Parte 1

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Ele a arrastou pelos corredores até a Torre de Astronomia, não sabia muito bem porque estavam indo para lá, mas não estava em condições de questionar.

Lily cogitou seriamente joga-lo lá de cima e sair correndo, mas, possivelmente, aquilo não daria nem um pouco certo.

Apelou pelas perguntas, então:

- Por que estamos indo lá pra cima? Eles não estão na floresta?

- É - Daniel concordou - Mas deixei minha vassoura lá em cima.

Lily assentiu, não acreditando nem um pouco no que ele dizia. Onde tinha se metido?

Os dois chegaram a Torre. A lua, como em todos os outros dias, escondia-se atrás de uma pesada massa de nuvens, mas o clima estava bem mais frio e o vento chicoteava os cabelos de Lily.

Ela abraçou-se, deixando que Daniel seguisse a frente e permanecendo parada perto da porta, se fosse precisar escapar rapidamente.

- Antes de irmos - Daniel virou-se para ela - Me responde uma coisa.

O olhar dele estava grudado em seu rosto, como se desviasse algo de ruim pudesse acontecer consigo.

Lily, discretamente, apanhou sua varinha no bolso de trás, mas tentou manter o olhar calmo, o que era meio impossível.

- O que? - Ela perguntou, xingando-se por sua voz ter tremido.

Daniel aproximou-se dela, perto o bastante para empurra-la escada abaixo, já que a porta estava aberta e Lily estava praticamente encostada nela.

Ela recuou, seu pé a um centímetro do degrau. Lily respirou fundo, tentando manter o controle.

O Daniel falso puxou uma mecha de seu cabelo, na escuridão, Lily não conseguia distinguir sua cor, mas pelo o olhar vitorioso dele, com certeza tinha voltado a ser somente Lily Potter.

- Por que mentiu pra mim, Lily? - Ele perguntou.

Lily gelou, recuaria mais um passo se não soubesse que se cambaleasse um pouco para trás, rolaria escada abaixo. Então, sendo assim, permaneceu parada, encarando-o.

Ela respirou fundo e o encarou com toda a raiva que podia:

- Por que mentiu pra mim, Daniel? Será que eu devo chama-lo assim?

Ele riu, afastando-se, dando, assim, espaço para Lily se afastar da escada e respirar um tanto aliviada.

- As máscaras caem, não é mesmo, Potter?

- Só o verdadeiro Daniel tem o direito de me chamar assim - Ela rebateu, empunhando, enfim, a varinha.

- Que seja - Ele empunhou a varinha tão rápido que Lily mal teve tempo de notar até escuta-lo pronunciar: - Estupefaça!

Lily gritou, jogando-se ao chão, enquanto as pedras da parede detonada rolavam para cima de si.

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Alvo correu pelos corredores. Não sabia se ainda estava sendo perseguido e odiava que a poção tenha durado tão pouco tempo.

O garoto virou outro corredor, parando finalmente para tomar fôlego. Alvo verificou se estava realmente sozinho para continuar. Dessa vez, optou prosseguir andando.

Precisava achar Lily, ele mal sabia onde a irmã poderia está e odiava-se por tê-la deixado sozinha. Esperava que ela tivesse conseguido escapar e já tivesse encontrado Lílian e Hugo.

Alvo olhou ao redor, dando-se conta que tinha voltado as masmorras, apesar do lugar está ainda mais frio e nebuloso.

- Lumus - Alvo ordenou a sua varinha.

A filha dos Potter: A Era das Trevas (III)Onde histórias criam vida. Descubra agora