025

101 10 0
                                    

20:00PM

Ainda um pouco cansada da viagem, chego ao hotel e vejo um funcionário se aproximando para pegar minhas malas.

— Senhora, as malas serão levadas até o seu quarto — o homem alto de cabelos negros fala. Ele está usando um terno e um chapéu, provavelmente uniforme do hotel. Este é um dos hotéis mais luxuosos da Alemanha, e acho que é por isso que todos devem se vestir de forma padronizada. Tudo aqui tem um toque de luxo, os lustres brilham no teto e acredito que eles sejam o destaque da beleza deste lugar.

— Ok, obrigada — respondo, e o rapaz confirma com a cabeça, colocando as bagagens em um carrinho e levando-as para longe.

— Vamos pegar as chaves do quarto — Carl diz, dirigindo-se ao balcão da recepcionista. Sigo seus passos e vejo uma mulher ruiva de olhos azuis. Nunca vi alguém ruivo na Alemanha, isso até me surpreende um pouco. Se eu tivesse energia, com certeza elogiaria ela, mas minha mente está muito cansada. Só preciso subir logo para o quarto e relaxar.

— Olá, boa noite. Como posso ajudar vocês? — a moça fala, arrumando alguns papéis que estavam em cima do balcão.

— Gostaríamos das chaves deste quarto — Carl retira um papel de seu bolso do casaco, e a moça analisa o papel. Ela vira-se de costas, vai até o painel atrás dela e pega a chave do quarto.

— Espero que tenham uma boa estadia. Agradecemos pela preferência — a moça sorri para mim e para Carl, mostrando seus dentes brancos. Eu retribuo o sorriso, incapaz de dizer algo devido ao cansaço.

— Hm, ok. O número do quarto é 018 — Carl fala, caminhando em direção ao elevador e olhando para a chave antes de desviar o olhar para frente.

— Anime-se, Hanna. Você está com cara de morta — ele aperta o botão do elevador três vezes.

— Estou cansada, me deixe — fecho meus olhos e faço um círculo com os ombros para aliviar o desconforto que sinto nas costas.

— Então, pode ir dormindo, pois amanhã será um dia longo, com entrevistas, filmagens de clipe e uma premiação — ele enumera nos dedos. Sinto minha cabeça latejar e arder pelo estresse. Carl anda pelo corredor procurando o número que estava na chave, até que finalmente ele encontra. Vejo Carl passar o cartão e a porta se abre. A tecnologia desse lugar me deixa surpresa.

Meus passos se aceleram e eu dou uma pequena corridinha pra a cama me jogando encima dela,meu corpo se choca com o colchão macio fazendo com que ele de pequenos saltos,começo a abrir e fechar meus braços no colchão como se estivesse brincando na neve porém a voz de carl atrapalha meu momento de prazer.

—E seu pai ?— Ele fala se sentando na cama ao lado,o corpo de carl da leve saltinhos por causa do colchão,viro minha cabeça pra carl com os olhos ainda fechados e respondo.

—Ele vai ficar em um quarto separado provavelmente—Não me importo de meu pai ficar em quartos separados afinal eu ja estou tão estressada e provavelmente se eu ficar perto do meu pai a pequena parte da minha paciência vai sumir,o colchão é tão fofo que me sinto em nuvens,minha mente está em um limbo,entretanto escuto o toque do interfone que sai abafado na minha mente,deixo um de meus olhos fechados e abro o outro,carl levanta da cama e vai até o interfone ele balança seu corpo  e sua postura parece totalmente cansanda,suas costas relaxadas e ele apoia o seu braço em cima do outro que esta abaixo do seu peitoral.

—uhum,Ok,precisa ser agora?—Ele fala ainda no interfone,me viro pra carl curiosa e encaro ele carl esta com seu olhar fixado no lustre que estava dentro do quarto,consigo ver olheiras em seus olhos se eu estava cansanda,carl estava muito mais,disso eu tinha certeza
—Ok estou a caminho—Carl coloca o interfone no lugar em que ele estava pendurado fazendo um barulho,escuto a língua de Carl estralar em seu céu da boca.

—Preciso descer,parece que aconteceu alguma coisa—Carl fala andando até a a porta onde estava seus sapatos,ele limpa a sola de seus pés com as palmas da mão e coloca suas meias logo depois ele põe o sapato e abre a porta,ainda continuo olhando pra o teto como uma estátua,meus olhos focam no lustre que brilha intensamente sobre mim,atrapalhando um pouco minha visão,as coisas ao meu redor ficam turvas e eu vou deixando as pálpebras dos meus olhos irem pesando e se fechando aos poucos.

Minha barriga ronca,eu ate penso em me levantar pra pedir algo pra comer porém o meu corpo pesa sobre a cama me impossibilitando de levantar,meus ombros tensos vão se relaxando e eu dou um sorriso ladino fazendo com que meu nariz emita o som de uma risada.

Quando estou quase caindo no sono escuto  novamente a voz de carl dessa vez mais forte e agressiva como se ele estivesse brigando com algumas pessoas eu não fazia a menor ideia de quem séria porem os passos e as vozes vão ficando mais altas à medida que eles se aproximam do quarto.

Meu corpo vai se alertando me fazendo levantar um pouco desnorteada o ambiente começa a girar ao meu redor sinto um choque percorrer minhas veias quando coloco os pés no chão frio,agora consigo entender oque está acontecendo as vozes ficaram mais claras porém ainda irreconhecíveis,so consigo lembrar da voz de carl e da recepcionista, a sombra das pessoas refletem pelo pequeno buraco que têm debaixo da porta,começo a caminhar até a porta pra ter uma ideia do que está acontecendo.

CALL OUT MY NAME-Tom Kaulitz.(PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora