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POV'S TOM

Hanna se aproxima do meu carro e vejo sua mãe e seu pai na porta, enquanto o irmão idiota dela encara da janela. Parece até uma espécie de cerimônia, e a preocupação deles com ela me faz achar a situação engraçada.

Ela bate na porta do carro e eu a destravo para que possa entrar. Ao sentar-se, ela puxa a saia para baixo, tentando cobrir as coxas, mas é quase impossível, já que a saia é curta demais.

—Uau, eu não sabia que você usava esse tipo de roupa—comento, olhando seus seios quase à mostra com aquele decote. Preciso me controlar, afinal, tenho um show para fazer.

—Porra,você acha que está feio?—ela fala, com uma expressão preocupada.

—O quê? De jeito nenhum, na verdade você está incrivelmente sexy"—respondo, desviando o olhar para suas coxas. No entanto, percebo que ela está desconfortável com aquela roupa, e isso me dá até pena. Rapidamente, pego meu moletom que está no banco de trás e o jogo sobre suas coxas.

—Assim está melhor?—pergunto, tentando ajudá-la a se sentir mais confortável.

-Está bem melhor—ela sorri para mim, e acho aquilo fofo. Ela parece tão nervosa, e isso me sufoca internamente. Odeio conversar com pessoas nervosas, embora eu também esteja um pouco nervoso, mas não tanto quanto Hanna.

—Por que você está tão nervosa?—pergunto, olhando de soslaio para ela.

—Bill, eu não sei como falar com ele de novo—ela responde, mexendo-se na cadeira e esfregando as mãos nas pernas.

—O Bill tá bem puto, mas vocês vão resolver isso—digo, soltando uma gargalhada. Ela me olha como se estivesse totalmente despreparada para a minha reação.

—E como está o seu bracinho frágil?—ela pergunta, dando um leve soco no meu braço machucado.

—Ah, vai tomar no cu, meu braço tá normal—reviro os olhos e volto meu olhar para a pista. Começam a cair pequenas gotas de chuva do céu, e Hanna olha para o céu com seus olhos azuis intensos. Algumas gotas caem em seu rosto, e ela sorri. Meu coração palpita dentro do peito.

Tudo o que passa pela minha mente é a imagem de Hanna e as gotas de água caindo em seu rosto angelical.

—Você é linda, uma das mulheres mais bonitas que já vi—digo, olhando para ela. Seus olhos encontram os meus, e ela me dá um sorriso de canto, olhando para mim por baixo dos cílios. Sinto uma forte vontade de beijá-la, mas sei que não posso, pelo menos não naquele momento.

—Com certeza não sou tudo isso que você está falando, exagerado—ela responde.

—Então eu diria que você é bonitinha—brinco.

—Vai se fuder—ela ri e estaciono o carro. Logo à frente está a área VIP onde Hanna ficaria. Levo-a até lá antes que o show fique lotado, e Bill se aproxima de Hanna.

—Escuta aqui, vagabunda, na próxima vez que você sumir assim, vou da na sua cara—ele aponta o dedo em seu rosto. Hanna sorri e corre para abraçar Bill. Ele a levanta em seus braços e a gira, e acho aquilo estranhamente fofo. Vejo as bochechas de Hanna corarem e seus olhos se encherem de lágrimas, mas logo ela as seca.

—Não posso chorar, senão vai borrar a maquiagem—ela diz, dando leves batidinhas nos olhos.

—Eita, você está bem ousada—comenta Bill, olhando Hanna dos pés à cabeça.

—É, ela está bonitinha, mas eu diria que ela precisa se apressar, senão não vai ter mais espaço na área VIP—falo, apontando para a área que está lotando. Hanna vai em direção a Bill novamente, dá um abraço nele e corre para o lugar que apontei.

—Estou torcendo por vocês—diz a garota,ela da as costa e se distancia indo pra área vip.

—E aí, como foi?—Bill me pergunta.

—Normal, ué. Você queria que eu avançasse em cima da menina?—respondo enquanto caminhamos em direção ao camarim, com Bill me seguindo.

—Geralmente é o que você faz. Parece que ela mexe com você, não é? Até sua personalidade está mudando.—ele fala em um tom brincalhão.

—Cala a boca, Bill—reviro os olhos e abro a porta do meu camarim. Rapidamente, pego a guitarra e vou para trás do palco, onde Georg e Gustav me esperam para começar o show.

—Como foi, cara?—pergunta Georg.

—Porra, o Bill já contou a vocês?—respondo, um tanto irritado.

—Ele tem que falar, né? É um milagre você se apaixonar de novo depois de tantos anos—responde Gustav, desviando seu olhar para Georg. Os dois riem, zombando da minha situação. Eu seguro firmemente minha guitarra para não acertar a cabeça de um deles.

—Ok, ok. Vocês estão prontos?—Bill chega atrás de mim e coloca suas mãos nos meus ombros.

—Sim, estamos.—respondo.

BEM-VINDOS AO SHOW DO TOKIO HOTEL!.

CALL OUT MY NAME-Tom Kaulitz.(PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora