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POV'S HANNA

Fico séria, encarando meu irmão com uma mistura de pavor e raiva. Já conheço o desfecho dessa situação, a violência que está prestes a desabar sobre mim. Mais um episódio doloroso se desenrola diante dos meus olhos. Sinto meu coração acelerar e uma sensação de apreensão toma conta de mim.

—Jack...—digo com a voz trêmula, tentando manter uma fachada de coragem diante da figura ameaçadora à minha frente. Mas por dentro, estou tomada pelo medo, pela exaustão de tantas vezes enfrentar sua violência desmedida.

Seus olhos vermelhos me encaram com uma intensidade assustadora, repletos de rancor e fúria acumulados ao longo dos anos. A tensão no ar é palpável, como se estivéssemos à beira de um confronto que pode deixar marcas indeléveis em minha mente e corpo.

Até que, inesperadamente, escuto uma voz atrás de mim, interrompendo o momento carregado de tensão.

-Cara,o que você está fazendo? — Tom irrompe na minha casa com um olhar de fúria estampado no rosto. Ele vai para a minha frente e empurra Jack com uma força bruta, revelando toda a sua raiva contida.

Meu corpo simplesmente paralisa diante dessa explosão de ira. O ódio emanando de Tom é palpável, preenchendo o ambiente e sufocando completamente Jack. Observo com horror enquanto Jack se levanta do chão, claramente assustado e  pela presença ameaçadora de Tom.

—O que você está fazendo aqui, Tom?—Jack tenta recuperar o controle, mas suas palavras saem trêmulas diante da raiva esmagadora de Tom.

—Agora tudo faz sentido, o motivo pelo qual sua irmã estava machucada. Cadê o senso—Tom rosna, sua voz carregada de indignação e rancor. Cada palavra é proferida com um tom de desdém e desaprovação.

Jack, visivelmente abalado, tenta se explicar, mas suas palavras se atropelam em meio à tensão e ao medo que pairam no ar. É evidente que a presença de Tom desperta um turbilhão de emoções intensas, deixando-nos perplexos e sem compreender completamente essa dinâmica complexa entre eles.

Tom tenta me pegar em seus braços, mas eu me afasto rapidamente, evitando o seu toque. Ele olha para mim com uma expressão perplexa, sem entender a minha reação.

—Está tudo bem, obrigada por me ajudar—digo, levantando-me do chão e limpando minhas calças com alguns tapinhas. Tento parecer calma, apesar da confusão e do medo que ainda se agitam dentro de mim.

Ele me puxa pela mão e me leva de volta ao carro, trancando a porta para me impedir de sair. Eu bato na porta com frustração, mas percebo que não há mais escapatória naquele momento.

—Pra onde você está me levando?—pergunto, tentando controlar a ansiedade em minha voz enquanto olho pela janela e vejo a paisagem passar rapidamente.

—Para a minha casa—responde Tom, ainda com um olhar sério e as mãos firmes no volante. A resposta dele não me tranquiliza em nada, pelo contrário, só aumenta a minha apreensão.

—Por que você está me ajudando?—pergunto, buscando desesperadamente por alguma explicação que faça sentido.

-Por que eu odeio ver injustiça eu odeio ver os mais forte se aproveitando dos mais fracos e por favor fica em silêncio.

-Não posso,não posso ficar aqui—um nó na minha garganta e uma pressão no peito se formam não posso mais segurar lágrimas escorrem do meu rosto e eu começo a soluçar.

CALL OUT MY NAME-Tom Kaulitz.(PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora