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—Ok, pelo que eu vi, a outra parte do clipe será gravada no hotel. Vejo a expressão de surpresa se formando no rosto de Carl.

—Como assim no hotel? Esse produtor é um lixo, meu Deus, Carl.

—Eu também não entendi isso, mas vamos esperar. — Carl se levanta da mesa e fica parado me esperando. Sinto uma pitada de nervosismo se instalar em mim. Agora eu teria que passar perto de Tom.

—Você pode me esconder? — Pareço meio vulnerável, mas realmente não quero olhar para o rosto de Tom, principalmente depois de ontem. Só de pensar na imagem de Tom e Kate, me sinto enojada.

—Hm, ok. — Carl fala soltando um sorriso ladino, e vejo um olhar de puro deboche em seu rosto. Me levanto e começo a andar atrás de Carl, me escondendo. Minhas pernas começam a cambalear quando passo perto da mesa dos Kaulitz, mas eles parecem me ignorar. Respiro aliviada.

—Sua equipe de produção já está na entrada do hotel. Mandaram me avisar, senhorita Hanna. — O funcionário fala, e eu balanço minha cabeça positivamente.

—Eles estão adiantando demais, não estou gostando disso.

—A partir daqui, eu fico calado. Você tem que se virar para aguentar esse produtor. — Carl fala entre risadas, debochando de mim, e eu reviro os olhos. Caminho para frente enquanto Carl fica para trás. O produtor bate palmas para avisar as pessoas que eu cheguei no ambiente. A estilista vem até mim com o figurino do clipe. Eu mal cheguei e já estou me lotando de coisas.

—Onde eu visto isso? — Pergunto, enquanto pego as roupas.

—Procure o lugar mais próximo. Precisamos agir o mais rápido possível. — Ela me dá as costas e vai diretamente ao produtor geral. Eu olho ao meu redor e vejo o banheiro principal. Corro em direção a ele e rapidamente fecho a porta para trocar de roupa. Ouço batidas na porta.

—Rápido, Hanna.

—Calma eu to vestindo—analiso a roupa,quase não tem tecidos,eu reviro os olhos e visto ela rapidamente.

A roupa:

Abro a porta do banheiro e vou fazer a maquiagem

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Abro a porta do banheiro e vou fazer a maquiagem. Me sento na cadeira e três maquiadores vêm fazer o trabalho rapidamente. Suas mãos se movem com agilidade e eu não entendo o motivo da pressa.

—Por que vocês estão tão apressados? — Pergunto, e eles se olham como se estivessem escondendo algo.

—Na verdade, seu pai mandou nos apressarmos o mais rápido possível. É por isso que estamos aqui tão cedo — responde a moça, enquanto as outras duas permanecem em silêncio. Agora entendo por que tudo está indo tão rápido. A forma do meu pai me punir é me colocando sob pressão. Odeio quando ele faz isso, especialmente no meu trabalho.

—Está pronto — ela diz, e eu me levanto com dificuldade por causa do salto.

—Ok, ok. Arrumem as câmeras — diz o produtor.

—Você vai para lá — ele aponta para as escadas, e eu sigo suas instruções. Me posiciono, e a câmera também se posiciona logo à minha frente. Neste momento, várias pessoas param para observar o que estamos fazendo. A vergonha começa a tomar conta de mim. Agora eu realmente não posso fracassar. A música começa e a câmera recua enquanto eu caminho em direção aos dançarinos. Começo a fazer os passos de dança, sentindo a vergonha queimar dentro de mim, tanto por causa da roupa quanto por algumas pessoas que me julgam. Quem teve a ideia de fazer um clipe dentro de um hotel? Sinto as mãos do meu dançarino percorrerem minha cintura. Essa é a parte mais difícil, nos treinos não conseguimos acertar esse passo. Ele me joga para cima, e sinto meu corpo no ar. Eu realmente esperava que ele me pegasse, mas escapo de suas mãos e caio diretamente no chão. Tento amortecer a queda com meus braços.

—Hanna, você está bem? — Ele fala enquanto as pessoas ao meu redor me encaram. Estava difícil respirar. Aperto meu braço para aliviar a dor, e alguém me ajuda a ficar de pé.

—Está tudo bem. Vamos de novo — as câmeras se posicionam novamente, e começamos. Dessa vez, tento deixar meu corpo mais flexível para ver se o dançarino consegue me pegar. Quando chega na parte em que ele me joga para cima, sem sucesso. A parte interna da minha coxa se choca com seu braço, fazendo-me soltar um gemido de dor.

A maquiadora vem até mim para retocar a maquiagem, e eu tento recuperar o fôlego. Quando olho para a porta, já há vários paparazzis ali. Me sinto totalmente pressionada. Esse é o preço de desobedecer meu pai. Desvio meu olhar para a entrada do refeitório, onde Kate e Bill estão me observando. Tom está de cabeça baixa enquanto Kate e Bill cochicham entre si. É tudo demais para o meu psicológico. Quero chorar como uma criança, mas me recuso. Engulo as lágrimas.

—Hanna, vai dar tudo certo, ok? — Carl diz enquanto desliza sua mão pelo meu braço.

—Não, eu não posso mais fazer isso. Por favor, Carl, fale para gravarmos em outro lugar — falo com voz chorosa. Carl abaixa a cabeça e responde.

—Hanna, seu pai não permite. Sinto muito — ele cospe as palavras em mim. Carl sabe muito bem das estratégias do meu pai.

—Ok, vamos de novo — o diretor fala entre gritos. Rapidamente, Carl e a maquiadora saem da vista das câmeras.

E dessa vez, algo dentro de mim me impulsiona. Eu não posso errar. Tudo se repete, começo a executar os passos de dança. As mãos do meu dançarino percorrem novamente minha cintura, e ele me joga para cima. O medo surge, mas não permito que ele me domine. Até que enfim dá certo, o dançarino me pega em seus braços.

Um sorriso se forma em meus lábios, e comemoro dando um abraço no dançarino. Corro até as câmeras para ver o take gravado, tiro meus saltos e vejo sangue entre meus dedos, mas ignoro aquilo. O que importa é que consegui terminar.

—Ficou bom? — pergunto com entusiasmo.

—Hanna, a câmera não estava gravando essa parte. Houve um problema e ela desligou. Sinto muito, você precisa regravar — as palavras do cameraman cortam meus ouvidos. Sinto o peso do cansaço em mim, as lágrimas que antes eu tinha engolido agora escorrem pelo meu rosto. Rapidamente, Carl entra no meio dos paparazzi que estavam atrás da produção, tirando fotos da minha derrota. Enfio minha cabeça no peito de Carl, engasgando com as lágrimas de raiva e vergonha.

—Cancelem a gravação — Carl diz.

—Hanna, vamos — ele fala, colocando meu braço em seu pescoço para me ajudar a andar por causa dos machucados em meu pé. Sinto-me tão fracassada que apenas deixo minha cabeça baixa para não encarar as pessoas ao meu redor.

CALL OUT MY NAME-Tom Kaulitz.(PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora