Capítulo 23 - Toda realeza enfrenta seu dilema

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Annabeth

Um ultimato, nunca imaginei que ele poderia jogar uma cartada tão precipitada como essa, não que eu tenha duvidado de suas capacidades de persuasão, mas os riscos são igualmente altos mesmo se Olympus quisesse pressionar cortando a exportação para Poseideia eles ainda tem fortes aliados o Egito desde que se consolidou novamente como um império é poderoso, rico e prospero poderia facilmente ajudar com qualquer despesa que Poseideia vier enfrentar, Percy também pode muito bem me usar como uma espécie de refém não que minha mãe vá verdadeiramente se preocupar, mas ter uma princesa como eu presa irá feri consideravelmente nossa imagem e desestabilizar o povo sem contar Nova Roma, tenho certeza que Reyna não medira esforços para agradar Percy, ou melhor, o rei Perseus.

Incrível mamãe me mandou para analisá-lo e impedir que ele comece com um golpe de estado, mas ele já havia orquestrado tanta coisa realmente ele é um homem digno de minha atenção, mas ainda não estou certa que poderia governar meu povo Olympus e Poseideia são reinos irmãos e possuem uma história interligada, mas já faz tanto tempo que estamos separados que até mesmo eu que estudei sobre esse reino ainda me choco com pequenas modificações e mudanças que faz parte da cultura deles.

Girei minha cadeira em direção a janela e observei o lindo céu daquele dia, tudo estava calmo e suave não combinando nada com a tensão deste momento. Mamãe sempre me disse que não devo esquecer-me de minha linhagem muito do que sou e agora sou princesa de Olympus e de Poseideia e não desejo ver nenhum desses reinos submissos ao outro muito menos em guerra. Coloquei a mão em minha cabeça pensativa, uma única carta irá ditar o rumo de dois países à vida de milhares está sob minhas mãos fechei meus olhos tentando ser a mais racional e fria que consigo.

"─ Não seja tão infantil, é seu dever como príncipe herdeiro então apenas faça." Minha voz sempre foi tão fria e apática assim?!

"─ Pff..." ele deu uma pequena risadinha e acendeu outro cigarro. "─ Você realmente acha que é tão fácil assim?"

"─ São projetos de terroristas e atentaram contra nossas vidas e como príncipe você deve interrogá-los e julgá-los depois ir a público e garanti a segurança de todos."

Ele se volta para mim com um olhar sombrio e irritado, ergue meu rosto com a mão e diz: "─ Obrigado novamente por dizer o que eu tenho que fazer Chase, mas agora irei lembrá-la do seu lugar não é porque somos primos de segundo, ou seja, lá que grau e somos noivos que isso te dê o direito de mandar em mim."

"─ Eu não estava..." ele me cortou com um beijo frio e sem qualquer tipo de sentimento apenas para que eu me calasse.

"─ Eu sou o príncipe herdeiro e você minha noiva, ou seja, tudo que você é e sempre será para mim e para esse reino é um troféu bonito que só serve para se amostrar, mas quem realmente trabalha, quem realmente toma as decisões e quem realmente vai para as batalhas sou eu! Então faz o favor a partir de agora só abre a boca quando eu pedir, não, quando eu mandar afinal como príncipe herdeiro eu não peço eu mando e segundo não tente mais bancar a sabichona você não faz ideia das minhas obrigações não faz ideia pelo o que eu passo então não finja entender como é isso e agradeça todos os dias da sua vida por estar em Olympus e eu ser o príncipe herdeiro assim você nunca vai precisar me entender."

Ele passou por mim e deixou seu escritório me deixando enfurecida, acho que agora eu entendo parte da sua raiva e frustração assim como Percy ele também tinha expectativas sobre si, compromissos e pessoas querendo intervir o tempo inteiro em como ele deve agir, mas diferente de Percy Jason nunca conseguiu provar seu valor e sempre precisou viver concordando e aceitando as ideias dos outros sobre seu reino naquele dia ele com certeza já tinha ouvido sermão de Hera, já havia sido incomodado por minha mãe, azucrinado por Ares ele não precisava de mais uma falando o que ele devia fazer e como ele deveria agir. Depois daquele dia fui imatura e deixei transparecer que nossa relação estava abalada e deixei ela se encerrar muito facilmente, é impressionante como até este momento eu não havia percebido minha tolice, mesmo sendo bruto ele estava certo em cada palavra eu realmente deveria ter agradecido por não precisar sentir o que ele sente é terrível saber que vidas estão em suas mãos, me pergunto como grandes lideres tiveram a coragem de iniciar grandes guerras sabendo que seu povo está sujeito a sofrer, ao menos o motivo do Percy é minimamente plausível, mas ainda sim vidas milhares, centenas ou até dezenas ainda são vidas que não deveriam estar em jogo apenas porque seus lideres decidiram que vale a pena ariscar.

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