Capítulo 14 - Um simples pedido

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Annabeth

─ Tenha um bom trabalho Anne. - ele deposita um beijo em minha testa, antes que eu entre no escritório, enquanto a porta se abria Reyna já estava lá dentro.

─ Até o almoço Percy. - me despedi.

Adentrei ao cômodo de cabeça erguida e caminhei direto para minha mesa. O escritório não era tão grande, mas era longe de ser pequeno mantendo os mesmos tons de azul e verde. Moveis rústicos, com bastante detalhes em ouro, nas maçanetas, alguns ornamentos e detalhes do móvel. Liguei meu notebook e preparei para começar meu expediente.

─ Por onde devemos começar senhora? - questiona Piper.

─ Preciso informar que retornei ao trabalho e voltar a minha rotina. - informei, pegando o telefone e liguei para meus antigos clientes, gerentes, sócios e alguns fornecedores. Me atualizei sobre a situação da firma os altos e baixos. Assim que acabei as ligações e iniciei algumas analises de planilhas, mas logo fui interrompida por uma batida na mesa Reyna jogou uma pasta enorme.

─ Precisamos que você analise isso com urgência princesa. - pequeno tique no canto do olho direito, um olhar feroz, uma pressão nas mãos acima do necessário. Conclusão ela quer muito quebrar meu pescoço.

─ Claro estará pronto antes do jantar. - digo com confiança. ─ Piper cuide das planilhas por gentileza.

─ Sim alteza. - ela afasta meu notebook e eu abro a enorme pasta com contratos, propostas e comunicados.

─ Como o pássaro chegou até você? - questiono a fazendo erguer uma sobrancelha.

─ Como?

─ Percy estava me contando sobre como vocês se conheceram, mas ele disse que tem um vácuo na história dele.

Ela puxou a cadeira e se sentou em minha frente.

─ Eu estava na sacada observando o jardim, era apenas mais uma tarde cansativa. Corpos de assassinos ainda estavam atirados no chão do meu quarto, minha lança estava manchada de sangue eu estava ferida, mas não me importei meu cansaço era maior que a dor. - ela comenta com um olhar distante. ─ Imagino que a princesa saiba que como me tornei autoridade em meu país.

─ É claro, seus pais morreram durante a guerra sua irmã mais velha abdicou do trono aparentemente sem motivos e te tornaram a princesa herdeira, mas todas as suas decisões deveriam ser avaliadas e passadas pelo conselho de Nova Roma.

─ E meu titulo de rainha só viria quando me casasse. - ela soltou uma risada debochada. ─ Mas sabe de uma coisa interessante, Nova Roma ao contrario de outros reinos que adoram usar seus príncipes e princesas como moeda de troca e garantia de paz, nós preferimos que os nobres se cassem entre si.

─ Uma jovem princesa um cargo alto vazio que poderia ser preenchido por qualquer nobre do reino, uma ótima combinação para um desastre. - deduzo.

─ Precisamente, mesmo sendo tão jovem eu aceitei meu papel e fiz minha vida ser Nova Roma me forcei a amadurecer e a crescer pelo meu reino, mas em total sigilo por anos eu tive que fingir não ver aqueles abutres sugando e explorando meu povo, aprendi a ser odiada por eles por pensarem que eu era uma incompetente, aguentei insultos disfarçados de elogios com sorriso no rosto apenas esperando pelo momento certo. Quando completei dezesseis agi sobre durante o conselho mostrei as provas contra alguns dos nobres e decretei morte a eles. Não me levaram a sério e foi ai que eu mesmo os matei quando os guardas entraram mandei que retirassem os corpos, a principio eles se acalmaram, mas quando perceberam que eu tinha um celebro começaram a tentar se livrar de mim e me casar o mais rápido possível. Todo dia se tornou uma batalha e nesse dia eu estava exausta, quando um pássaro estranho pousou ao meu lado. Feito de cobre coberto por plumagem, curiosa abri a mensagem que ele transportava, o príncipe de Poseideia o reino que um dia já foi território de Olympus e foi ai que tive uma ideia imprudente autorizei sua passagem e assinei sua carta com carimbo real.

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