Julietta Paez Gavira sempre foi vista como uma garota impulsiva e problemática. Depois de atentar contra a própria vida em um país estrangeiro e falhar, ela é trazida de volta para o país de origem para ficar junto a sua família. Mas nem mesmo a pro...
"Ouvi dizer que quando arrepia ja era coisas que eu só entendi quando eu te conheci."
- Melim
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As luzes da boate brilhavam em certos tons de violeta e azul, as vezes um vermelho leve aparecia causando uma explosão de cores na pista de dança.
Minha visão estava turva e eu já não sabia mais dizer o quanto de bebida eu havia ingerido, mas com certeza já havia passado do meu limite.
Eu olhava pra todos os lados, tentando encontrar meus amigos, mas todos os rostos que eu via eram desconhecidos.
Aceitando que eu havia sido abandonada, comecei a caminhar por entre aquele mar de pessoas, conseguindo subir as escadas e chegar até o banheiro.
Ao entrar, coloquei o copo que segurava sobre o balcão e encarei meu reflexo no espelho.
Minha roupa estava toda amassada, com a saia um pouco mais curta que o normal e o cropped todo torto. Meu cabelo estava todo armado e com vários fios fora do lugar.
É sério mesmo que você está andando por aí desse jeito, Julietta? Que vergonha.
Coloquei minha bolsa sobre o balcão e peguei meu "Kit de primeiros socorros" de lá.
Penteie meu cabelo, o fazendo voltar como estava antes, passei um gloss de cereja nos lábios e por fim arrumei minha roupa, sorrindo orgulhosa no final.
Peguei meu celular e o copo sobre o balcão, e com uma certa dificuldade em enxergar as letrinhas miúdas fui digitando até a saída e assim que abri a porta trombei com alguém, fazendo com que a bebida no copo fosse toda em cima da pessoa.
- Aí, meu deus, me desculpa!
- Ei, olha por onde anda, garota. - A voz masculina me pegou de surpresa, por que até onde eu sabia, aquele era o banheiro feminino. - O que você está fazendo aqui?
Cruzei os braços encarando ele com desconfiança.
- Eu que deveria te perguntar isso, esse é o banheiro feminino. - Afirmei com segurança.
Ele olhou brevemente para trás, para a porta atrás de si, e depois voltou a me encarar começando a rir do nada.
