Só depois de muito rolar na cama eu finalmente consegui dormir naquele sábado fodido. Não consegui tirar toda aquela merda que tinha acontecido da minha cabeça. Eu já tinha esquecido do cara tentando invadir a minha casa, mas confesso que o medo batia em pensar que eu nos outros dias teria que ficar sozinha em casa, mas eu conseguiria lidar.
Caramba, eu morei em Nova York. O que eu não conseguia tirar da cabeça era o cara das tatuagens que agora tinha nome e sobrenome e era Eric Wright, detetive da polícia de Healdsburg, casado, casadíssimo e que ainda me afetava ridiculamente.
Confesso que não tive um sono tranquilo, e acordar e pensar euo veria em poucas horas fez as malditas borboletas se agitarem.
Levantei indo tomar um pouco de leite e torrada, colocando comida e brincando com o Gus. Olhei pela janela da sala e os policiais já tinha ido embora. Subi indo tomar um banho e depois secar meus cabelos e o domingo estava frio, mas era um frio bom, frio de outono. Coloquei um jeans, meu All Star branco e um suéter de lã grande branco que ia até as coxas.
Não queria que ele pensasse que eu estava tentando impressionar ele.
Não coloquei o livro na cestinha, peguei apenas meu iPod e celular colocando na minha bolsa.
Pedalei mas eu não estava nada tranquila, eu estava tensa pra caralho. Eu estava nervosa, minhas mãos suavam e me perguntava se ele realmente iria, se ele falaria comigo. Quando cheguei coloquei minha bicicleta com as outras, e o lugar estava quase vazio.
Entrei e olhei ao redor, suspirando e vendo que ele não estava ali. Por que eu realmente achei que hoje seria diferente? Fiquei na fila e olhei para o lugar vazio onde ele gostava de sentar.
- Procurando por mim? – Ele sussurrou no meu ouvido, encostando seu corpo no meu.
- Caralho. – Eu me virei pra ele assustada e totalmente arrepiada. Senti meu coração acelerar e meu rosto queimar. Meu Deus, eu não podia agir como uma pessoa normal.
- Que linguagem! – Ele disse rindo e percebi o quanto ele tinha um sorriso de criança, tão adorável. – Você veio. – Ele disse satisfeito sorrindo.
- Como todo domingo. – Eu disse virando e fazendo o pedido e depois esperando no balcão enquanto ele fazia o pedido dele.
Ele vestia jeans, um tênis preto e um moletom preto por cima. Sua barba estava por fazer e ele realmente era muito bonito, fodidamente bonito. Ele não parecia um modelo como o Theo, ele parecia realmente com um policial, e tinha lábios incríveis, mas era o sorriso dele mesmo que me matava. Respirei fundo.
- Nina! Eric! – Nós pegamos nosso café e eu não sabia pra onde ir agora.
- Vem. – Ele disse indo para uma mesa em uma parte mais escondida e afastada do coffee shop.
- Você tem medo que as pessoas te vejam comigo? – Perguntei indiferente me sentando na sua frente colocando minha bolsa na outra cadeira.
- Um pouco... Mas eu não estou fazendo nada de mais. – Ele disse colocando açúcar no seu café preto e tomando um gole. – O seu estava melhor. – Ele disse apontando para o café.
- Valeu. – Eu disse rindo e percebi que ele me olhou de um modo diferente dessa vez.
- Você está melhor? Dormiu bem?
- Estou sim, tive um sono agitado, mas acho que foi em consequência da noite. E você?
- Eu ainda não dormi. –Ele riu divertido. – Todo sábado para o domingo eu faço um plantão de 24h que entre nós, é totalmente desnecessário. – Consegui notar suas olheiras, mas ele não parecia com sono.
VOCÊ ESTÁ LENDO
NOS BRAÇOS DELA
ChickLit● ♦ PROIBIDO PARA MENORES DE 18 ANOS. CONTEÚDO MADURO. ♦ ● SINOPSE: Nina é uma garota de 21 anos que depois de um tempo morando em New York volta para sua cidade pequena na Califórnia para tentar recomeçar e estabelecer um equilíbrio na sua vida. Tu...