CAPÍTULO 11- HALLOWEEN

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No sábado o Eric me mandou uma mensagem no meio da madrugada e eu acordei porque o Gus latiu quando o celular apitou.

"Estou louco pra te ver de novo."

O que eu tinha feito com ele no carro tinha deixado ele louco mesmo. Eu ri e bufei de raiva por ele ter me acordado.

No outro dia estava um pouco frio então me agasalhei mais, chegando um pouco mais tarde do que o normal da gente porque eu tinha perdido a hora. Ele estava impaciente olhando para a entrada e quando ele me viu abriu um sorriso que não pude deixar de retribuir.

- Que demora, Nina.

- Culpa sua. Perdi a hora porque você atrapalhou meu sono.

- Desculpa. - Ele se sentiu culpado. - Eu estava de madrugada trabalhando, quer dizer, matando o tempo no escritório e lembrei que eu podia mandar uma mensagem pra você.

- Você devia comprar um novo celular pra gente se falar.

- Acho que a Anna perceberia, mas você pode ligar para o meu do trabalho. Eu tenho um por conta do trabalho também. Já coloquei seu número lá como John. - Ele riu.

- Boa ideia. E ai, como foi seu sábado?

- Foi melhor do que na sexta. Você estava certa, não posso me sentir culpado.

- Que bom que no fim das contas eu falei algo válido.

- Você diz várias coisas válidas. Mas me diz, animada para o Halloween?

- Não muito. Mas tenho algumas festas pra ir, de qualquer forma quero só aproveitar pra dormir. E você?

- Não muito também. Vou ser obrigado a sair de casa mas quem está mesmo animado é meu filho. A Alex já não liga muito para os doces.

- Ele deve estar. A melhor coisa do Halloween são os doces. Queria poder ser criança. - Eu ri.

- Você é quase uma. - Eu fiz uma careta pra ele. - Uma garotinha muito má por sinal. - Ele riu. - Ah, dona Nina. Não sei você se lembra mas você me disse pra pensar no que eu faria com você da próxima vez que a gente se encontrasse. - Engoli seco.

- Você pensou?

- Em muitas coisas que eu quero fazer com você. - Ele encostou sua perna na minha.

- Você pode me dizer alguma delas?

- Não, eu vou acumular pra quando a gente tiver a oportunidade. - Ele piscou.

- Você acha que eu também não pensei em algumas coisas? - Dessa vez ele engoliu seco.

- Você não vai me dizer nada, não é?!

- Eu já te disse algumas coisas no carro, lembra?

- Lembro muito bem.

- Ótimo.

A gente acabou mudando de assunto e começamos a conversar coisas aleatórias. Ele me falou um pouco da família dele, mas não muito. Falou da mãe dele, que ele sentia falta porque ela ainda morava na Filadélfia, que ele visitava ela de vez em quando. E nós falamos sobre países que gostaríamos de visitar e lugares que gostaríamos de morar.

Ele apertou minha mão por debaixo da mesa e foi embora.

X

Todas as ruas e casas estavam enfeitadas para o Halloween e as folhas em tons de laranjas caíam no chão e realmente era um boa época. Todo mundo parecia animado e as crianças principalmente. Como na minha rua tinha muita família com criança as casas estavam mais bonitas e assustadoras ainda.

NOS BRAÇOS DELAOnde histórias criam vida. Descubra agora