CAPÍTULO 7 - O DETETIVE

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Eu tive que limpar a bagunça que o Theo fez na minha cozinha, mas limpei rindo pela fofura de como ele me tratava.  Era começo de tarde e aproveitei pra tomar um banho e arrumar minha cama que estava uma bagunça.

Mandei uma mensagem para a Ellie avisando que tinha sido ótimo e que eu contaria os detalhes no domingo. Limpei a garagem e fiquei brincando o Gus no quintal de trás da casa. Dei banho nele com a mangueira e ele adorou por conta do calor.

Fiquei pensando em tudo que tinha acontecido nas últimas horas. No cara da tatuagem, na aliança dele, na esposa dele, e nos nossos olhares bizarros, no toque, e nossa conexão estranha, e como o Theo era realmente ótimo pra mim e comigo.

Que o sexo tinha sido legal, que ele era atencioso e por que eu não conseguia tirar um cara que nunca tinha feito nada pra mim da cabeça? Eu tinha mesmo um desejo por destruição. Tudo bem que ele me olhava de um modo completamente diferente e único, mas ele nunca tinha feito nada, nada, já o Theo já tinha feito o dobro.

De tarde Theo me ligou mas nos falamos pouco, já de noite foi a vez da minha mãe me ligou enquanto eu assistia algum programa na tv.

- E então, como foi?

- Foi ótimo, mãe. Você e a Ellie tinham razão, ele realmente é incrível.

- Quero detalhes, Nina. – Ela exigiu.

- Ele me levou naquele restaurante chique um pouco afastado do centro que tem um nome estranho.

- Ah, eu sei qual é. Eu só fui nele uma vez com seu pai, ele abriu há pouco tempo.

- Sim, sim. Ele me levou lá, nós conversamos, rimos, ele me deu um presente...

- Que presente? – Ela não deixou nem eu terminar.

- Uma joia. Um colar com uma pena, que ele deduziu que eu gostava por conta da minha tatuagem.

- Ele te deu uma joia?!! – Ela praticamente gritou.

- Pois é, mãe.

- Você não parece tão impressionada quanto eu.

- Claro que eu estou impressionada. Ele é ótimo, mas não sei se acredito muito em perfeição.

- Ah, não, Nina. Pensei que você tinha passado dessa fase de sempre esperar o pior quando as coisas estão boas.

- Preciso manter minhas expectativas baixas.

- Nina, eu não vou mais falar pra você que as coisas não são assim. Você precisa procurar um terapeuta, você está adiando...

- Mãe... Você quer escutar o resto? – Tentei mudar de assunto.

- Sim.

- Então, depois a gente veio aqui pra casa e hoje de manhã ele me fez café da manhã.

- Hm... E o sexo foi bom?

- Mãe! Essa parte eu não vou falar, mas hoje de manhã ele foi um amor, trouxe até um presente para o Gus.

- Caramba, filha. Esse aí você não pode deixar escapar. É o universo te recompensando por tudo.

- Deve ser. – Olhei para o Gus com meu sapato na boca. – Mãe, eu vou indo.

- Okay, filha. Beijos.

X

No outro dia que estava um pouco nublado então coloquei uma roupa mais composta e arrumei a cestinha da minha bicicleta, fazendo o mesmo percurso de sempre que agora estava mais incomodo por conta do vento frio.

NOS BRAÇOS DELAOnde histórias criam vida. Descubra agora