Capítulo 44

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• pov. Rafaella •

Esse primeiro mês havia havia sido repleto de descobertas e desafios com um recém-nascido em casa. As mudanças foram constantes, a rotina, o sono, não tinha um horário certo para nada, mas cada momento com minha filha não deixava de ser especial e único.

Com cinco dias, Gizelly e minha sogra levaram Maria Sofia a pediatra para fazer um exame físico completo e o teste do pezinho. Eu passei o meu resguardo apenas me dedicando a minha filha com a amamentação e o seu bem-estar, e com vinte dias eu comecei a dar o seu banho. Minha mãe e Teresa ficaram por conta da organização dos afazeres da casa e a comida. As meninas vieram nos visitar uma vez, deixando claro que, mais pra frente elas voltariam com mais tempo, estavam respeitando meu processo de pós-parto. Com vinte e cinco dias, levei Maria Sofia novamente a pediatra, seu desenvolvimento estava adequado. E mais cinco dias depois, meu resguardo acabou e fui à uma consulta com Beatriz para retirar os pontos, ela me indicou uma pomada para acelerar o processo de cicatrização e também o uso de um anticoncepcional que podia tomar na amamentação. Sempre que podia, Márcia vinha aqui em casa me ajudar com Maria Sofia. Gizelly, como tinha continuado a trabalhar depois que nossa filha nasceu, tirou dez dias para ficar comigo depois que minha mãe retornou à Goiânia.

Por falar em Gizelly, preciso dizer o quanto ela é uma namorada maravilhosa e uma mãe exemplar. Seu amor, atenção e cuidado que tem demonstrado todos os dias comigo e nossa filha, sua paciência, sua compreensão. Gizelly me surpreendeu e a cada dia me surpreendia mais.

{...}

Estava na sala com Maria Sofia, ela deitada no sofá de barriga pra cima no sofá soltando algumas risadinhas, eu fazia questão de tirar fotos para guardar cada momentinho com ela.

rafaellafk

A coisinha mais linda e preciosa que Deus me deu. Eu te amo minha pequena. 🙏❤️

°°°

Já se passava das cinco e meia da tarde quando Gizelly abriu a porta e entrou.

- Oi meus amores. ela disse vindo até nós com um sorriso no rosto.

- Oi amor. ela deixou um selinho em meus lábios e depois deu um beijo em nossa filha.

- Ela melhorou a cólica? perguntou.

- Sim, tava quase gritando socorro Deus, mas passou. falei e ela soltou uma risada nasal.

- Vou tomar um banho e já venho ficar com ela tá bem?

- Toma café primeiro, não tá com fome?

- Depois eu como algo.

Ela saiu e eu fiquei ali com minha pequena, que logo começou a resmungar e eu a peguei já sabendo que estava na hora dela mamar. Abaixei a alça do meu vestido e ela abocanhou meu seio com vontade começando a sugar.

Minutos mais tarde, Gizelly retornou vestida com uma roupa mais leve, foi até a cozinha e tomou seu café, enquanto isso conversávamos sobre o seu dia no escritório.

- Ei meu amorzinho. ela disse se sentando ao meu lado no sofá e começou a conversar com Maria Sofia que tinha os olhinhos em sua direção mas sem perder o foco sugando meu seio.

- Eu amo tanto vocês. sorri levantando meu rosto para encará-la.

- A gente também ama você coisa linda. falei sorrindo.

- Tá muito cansada? ela perguntou.

- Um pouco, por que?

- Queria ver um filme, podemos pedir algo, ficar abraçadinha com você, quem sabe nomorarmos um pouquinho, só se você quiser claro, mas saiba que tô morrendo de saudade já. sua voz saiu manhosa no final me fazendo rir. - Você ri né? Nem tem dó do pobi aqui, não sei como não foi com Deus ainda. falou toda dramática.

Levei a mão a boca para abafar minha gargalhada. Realmente tinha quase dez meses que não tínhamos relação, durante a gravidez, eu não podia, e mesmo tomando anticoncepcional quando meu resguardo terminou, Beatriz deixou claro que era para esperar os quarenta dias e hoje estava fazendo quarenta e cinco. Gizelly e eu até tentamos três dias atrás, mas eu já estava tensa e depois Maria Sofia acordou chorando e o clima acabou rapidamente.

- Eu tô com saudade também, e podemos sim namorar, mas você já sabe...

- Sei bebê, prometo te deixar o mais relaxada possível. ela disse carinhosa e eu assenti sorrindo.

Maria Sofia se sentiu satisfeita e largou meu seio.

- Me dá ela aqui, deixar eu curtir ela pouquinho antes que caia no sono.

Lhe entreguei nossa filha que a pegou com o cuidado de sempre e a colocou para arrotar, o que não demorou muito.

Fiquei ali olhando as duas com um sorriso bobo no rosto, era fofo demais vê-la com Maria Sofia no colo, a ninando, conversando ou até cantarolando algumas músicas para ela.

- O que foi? Gi perguntou ao me ver com os olhos fixos nelas duas.

- Nada, gosto de te ver assim com ela. respondi e ela sorriu. - Você me surpreendeu demais quando estava esperando ela e mais ainda depois que ela nasceu.

- Acho que até eu mesma me surpreendi comigo, esse serzinho aqui é tudo na minha vida.

- Na minha também.

Me levantei disposta a ir tomar um banho pra relaxar, fui até a cozinha e tomei um copo de água antes.

- Vou tomar banho. avisei.

- Tá bom, vou fazer esse neném dormir.

Subi até o andar de cima e fui para o nosso quarto, pois já tínhamos voltado para lá. Peguei minha toalha e entrei no no banheiro, me despi e entrei no box ligando o chuveiro e deixei a água morna cair sobre meu corpo. Ao terminar meu banho, sai do banheiro enrolada na toalha, peguei meu creme e passei por todo o meu corpo, meu corte estava completamente seco, apenas a cicatriz, que me incomodava, mas sabia que era uma marca que teria para sempre. Após me vestir, fui até o quarto de Maria Sofia já imaginando que as duas já estariam ali. Gizelly estava debruçada no berço olhando nossa filha que dormia tranquilamente.

- Voltei. falei a abraçando por trás e deixando um beijo em seu ombro. Gizelly se virou ficando de frente pra e passou os braços pela minha cintura.

- Tá cheirosa. murmurou contra meu pescoço.

Em passos lentos saímos do quarto de nossa filha, ainda abraçadas.

- O que você vai pedir pra gente? perguntei.

- O que você quer?

- Bife com bata frita e uma coquinha, tem tempo que não bebo.

- Desejo? questionou com um riso.

- Sim, da criança que eu sou. respondi rindo.

- Tenho dois bebês da nessa casa. falou e juntou nossos lábios e iniciamos um beijo terno e apaixonado.

Aos poucos o beijo foi se intensificando e Gizelly me deixou contra a parede, segurei seu rosto e puxei seu lábio inferior.

- Não faz isso que eu já tô atiçada. ela disse contra minha boca e eu ri, deixando dois selinhos na mesma antes de me afastar.

- Liga lá, que eu vou arrumar nosso cantinho e escolher um filme pra gente.

- Tá bom.

Ela foi atrás de seu celular e segui para nosso quarto à procura de um filme.

•••

A pobi da Gizelly morrendo já kkkkk

Tão gostando do grude? Aproveitem pq vem aí. 🙃

Sentimentos InesperadosOnde histórias criam vida. Descubra agora