Capítulo 48

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• pov. Gizelly •

A terça e a quarta se passaram e graças a Deus Maria Sofia não teve mais febre, ela ainda reclamava um pouco pela garganta e estava tossindo, mas ela estava tomando o xarope apenas dois dias, e Rafaella e eu concordamos em esperar até que acabasse para ver se ela tinha uma melhora ou não. No entanto, apesar da gripe, Maria Sofia estava mais animada e comendo melhor.

E a melhora veio... minha filha dormiu lá em casa de sexta para sábado e era nítido a sua melhora. Já havia voltado com sua agitação de sempre.

- Mamãe podemos ir comer batata frita? perguntou enquanto eu dirigia até sua casa.

Eu fui almoçar na casa dos meus pais e a levei comigo, e ficamos até o finalzinho de tarde lá.

- De noite?

- Sim ué.

- Não está cansada?

- Não, tenho muita energia ainda.

Cai na risada, Maria Sofia era esperta demais para seus três anos e dez meses, falava pelos cotovelos, não perdia nada.

- Vamos pedir sua mãe Rafa, porque você já dormiu lá em casa noite passada.

- Chama ela também.

- Ela não vai querer ir filha.

- Você nem chamou, como sabe? questionou.

Através do espelho do carro pude ver sua carinha me fazendo rir. Ela era terrível.

- Então chama você.

- Tá com medo da mamãe Rafa?

- Claro que não, apenas sei que ela vai responder que não vai.

- Tá com medo sim. falou rindo. - Eu também tenho, a mamãe Rafa é mais brava que você. disse baixinho e eu soltei uma risada nasal.

Neguei com a cabeça.

Realmente quando ainda éramos um casal e morávamos sob o mesmo teto, a última palavra sempre era dela.

Parei o carro ao chegarmos e desci, abri a porta de trás e destravei sua cadeirinha e ela desceu. Toquei o interfone e segundos depois que respondi para Rafaella que era eu, o portão foi aberto e Maria Sofia saiu correndo toda serelepe.

- Mamãe, mamãe vamos comer batata frita?

- Já chega assim? Nem ganho beijo? Rafaella falou e nossa filha abriu os bracinhos em sua direção e Rafa a pegou no colo recebendo vários beijos seus.

Sorri com a cena.

- Agora podemos ir?

- Ops, primeiro você tem que tomar um banho sua porquinha. brinquei e ela riu.

- Concordo.

- Então vamos mamãe Gi, e você vai se arrumar também mamãe Rafa.

- Onde vocês vão? Rafa perguntou.

- Não sei ainda, ela pediu no meio do caminho.

- Vamos mamãe. pediu se direcionando a Rafa.

- Eu não vou não filha.

- Eu disse. falei olhando Maria.

- Mas mamãe, eu quero que vai nós três, por favor. ela insistiu.

- Podemos ir naquele aqui pertinho mesmo. falei e ela desviou o olhar para mim.

- Tudo bem, eu vou. falou cedendo e nossa filha comemorou.

- Eu vou em casa tomar banho e depois passo aqui para pegar vocês. falei e ela assentiu.

Sentimentos InesperadosOnde histórias criam vida. Descubra agora