FLASHING LIGHTS - lewis hamilton

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"RESSURGINDO DAS CINZAS

Depois da temporada conflituosa no ano passado, a Mercedes parece finalmente ter achado sua luz no fim do túnel. O carro que vimos na Espanha se provou muito melhor do que esperávamos e Toto Wolff afirma que seguir as sugestões do piloto com sete títulos mundiais, Lewis Hamilton, foi o principal fator para tal avanço.

"Finalmente ele está respondendo ao simulador"

Foram as palavras usadas pelo diretor executivo da Mercedes sobre o W14. [...] Tudo indica que a equipe conquistará um possível pódio no Canadá."

— THE SUN
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Quando tomei a decisão de conversar com Lewis sobre nossa situação eu não estava brincando. Por isso tinha resolvido que falaria com ele assim que possível. Também não estava brincando quando disse que não poderia mais vê-lo. Assim que tudo fosse esclarecido eu voltaria a ignorar a sua existência e parar de frequentar os paddocks.

A não ser que nossa conversa tomasse um outro rumo.

Miles me mandou uma mensagem pela manhã, me pegando de surpresa ao avisar que iria ver a corrida com a gente. Eu e Samantha não fomos nos treinos e nem na qualificação, ela estava tentando a todo custo evitar o pai, que como um dos principais empresários patrocinadores do GP no Canadá, não deixaria de comparecer ao paddock.

A família Ricci tinha seus problemas e conflitos, minha amiga não costumava se abrir, mas eu sabia que não era muito fácil a comunicação. Seu pai queria que ela seguisse seus passos, ela queria seguir os próprios sonhos. No fim, a família toda gostava de chamá-la de ingrata e rebelde e isso a deixava chateada.

Quando chegamos, preferimos ficar na garagem. Bono e outros engenheiros conversavam sobre a traseira do carro, outro pessoal uniformizado corria para todos os lados, parecendo vultos. O desfile dos pilotos estava acontecendo e eu não conseguia achar meu pai em lugar nenhum.

— Amiga, o Miles está chegando, eu vou procurar o meu pai, você recepciona ele — Sassá me olhou suplicante e eu fui obrigada a rir — São só alguns minutinhos — Meus lábios formaram um bico.

— Volta logo! — Não foi um pedido, foi uma ordem.

Ainda me lançando aquele olhar mortal, eu a mandei um beijo no ar e corri para o motorhome ver se encontrava Toto Wolff lá dentro.

Comecei a procurar em todas as salas com portas abertas e tentei as trancadas, mas o homem parecia ter evaporado, chamei seu nome insistentemente por alguns minutos sem obter nenhuma resposta.

Já quase desistindo de achá-lo, meu corpo colidiu com outro, quando eu estava virando um dos corredores. Senti a gravidade me puxando para baixo e se não fossem por um par de mãos segurando meus braços eu teria caído no chão de maneira ridícula.

Tentando me sustentar nos próprios pés, ainda meio desnorteada olhei para os dedos nos meus braços, não demorando para notar que eram bem específicos, as tatuagens eram uma marca registrada. O tronco e os ombros largos na minha frente também eram inconfundíveis.

Só para me certificar, olhei para o rosto de Lewis e tive a confirmação. Foi como um balde de água fria caindo sobre minha cabeça, depois de toda a confusão que ele fez com os meus pensamentos, tê-lo ali tão próximo não melhorava em nada. O perfume masculino tomava meu ar, tornando mais difícil puxá-lo até os pulmões. Por que ele mexia tanto comigo?

Seus óculos de sol tampavam os olhos e seu rosto tinha um semblante preocupado.

— Te machuquei? — Perguntou e juro ter sentido uma leve carícia no lugar em que ele me tocava.