FLASHING LIGHTS - lewis hamilton

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"O NOVO BILIONÁRIO

Foi anunciada nessa tarde o falecimento de um dos homens mais bem sucedidos mundialmente na atividade de extração de petróleo no oriente médio. Garrastazu deixa a fortuna para o filho Miles, que agora se torna o mais novo bilionário da década. [...]"

— THE SUN

"SENHOR E SENHORA HAMILTON

Seria possível que Lewis Hamilton e Emília Wolff já estivessem tratando sobre o casamento? De acordo com fontes do paddock, há um boato no GP da Hungria de que a garota estivesse usando um novo anel no dedo anelar. Sejamos sinceros, quem viu as ruínas desde relacionamento em 2018 nunca imaginou que a história desses dois terminaria assim. [...] A questão que fica é: o senhor e a senhora Mercedes estariam prestes a se tornarem senhor e senhora Hamilton? Sem dúvidas, soa muito bem para os ouvidos."

— THE SUN
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Não esperava ver Miles tão cedo, ainda mais na porta do meu apartamento e com os olhos tomados por lágrimas. Mordi a bochecha no interior da boca, porque o primeiro sentimento que tomou meu peito foi raiva, porém não queria ser rude quando sabia que ele havia acabado de perder o pai.

Poderia chamar de misericórdia ou qualquer coisa desse tipo.

Fiquei surpresa ao parar para pensar que desde que li a matéria sobre sua vida dupla deixei um pouco de acreditar que a doença do seu pai era mesmo real. Tive vontade de enfrenta-lo e perguntar sobre, mas por outro lado não queria ver seu rosto por um bom tempo.

Naquele momento tudo que passava pela minha cabeça era o motivo pelo qual ele estava ali. Quando foi que ele achou que aquilo era justo comigo? Quando foi que ele acreditou que eu era uma alternativa? Ele poderia ter pego um voo para Nice e se debruçado no colo da garota com quem me traiu, ou será que ele realmente achava que eu era tão idiota naquele ponto?

Ele fungava numa tentativa falha de parecer mais forte, contendo o máximo que conseguia do próprio choro. Parecia sincero, mas para alguém que conseguiu encenar um relacionamento durante anos era totalmente válido não dar o benefício da dúvida.

Engoli em seco, desviando meus olhos e tentando não fincar minhas unhas em seu pescoço para descontar aquele incomodo amargo que ele me causava. Acho que nunca reparei na repulsa que meu corpo sentia contra o seu, me enojava olhar no seu rosto e me dar conta que confiei minha mão a ele, mesmo que não me amasse eu esperava ao menos que houvesse respeito entre nós.

— Não sei o que te fez pensar que era uma boa ideia vir aqui... — Murmurei, querendo chuta-lo escada abaixo.

Me sentia esgotada, havia acabado de chegar de um voo longo, ainda precisava checar e-mails do trabalho e embalar algumas coisas para levar para a cobertura. Só queria poder abrir a porta e me jogar no sofá da sala.

— Lia... você precisa me ouvir, por favor, eu só to pedindo uma chance pra me explicar — Gesticulou com as mãos angustiado.

— Não precisa se explicar, eu ja decorei suas desculpas — Neguei com a cabeça, dando um passo para frente — Viagens a trabalho, não é? — Ri sem humor, olhando-o nos olhos com todo o remorso que sentia.

Ele me encarou sob os cílios molhados.

— Meu pai morreu, Emília! — Não gostei do seu tom, não gostei do jeito que parecia estar me cobrando por uma reação melhor, como se fosse uma obrigação o acolher — Dá pra você tentar não fazer isso ser sobre você? — Aquilo só podia ser uma piada se mal gosto.