Não posso viver?

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Para muitos talvez pareça que Arthit apenas se aproveitou da oportunidade de sair das ruas e viver no "bem-bom" tendo sua vida garantida pelo resto de seus dias, mas para o próprio homem em questão significava muito mais que isso... Ele nunca se sentiu tão especial... Tão amado... Seu novo grupo de amigos foi mais que prestativo ao lhe ajudar com a organização da casa e dos móveis o que rendeu uma seção de filmes com direito a pizza e bebidas.

Na segunda-feira Arthit estava pronto para sua nova vida começando com deixar Coração em sua nova escola e aqueceu seu interior quando Kongpob deu um jeitinho de estar consigo naquele momento. Enquanto a menina se aproximava do portão acenando um "tchauzinho" com a mão, Arthit jurou que viu o moreno enxugar uma lágrima solitária e dar uma desculpa esfarrapada sobre estar gripado.

Tal cena deixou o mais velho surpreso. O grande CEO era extremamente cuidadoso, carinhoso e gentil. Nem de longe como os rumores diziam ou talvez fosse o fato de que ele e sua filha eram importantes para o moreno. Por um segundo pensou que não se acostumaria ao fato de ser tão bem cuidado já que sempre foi o contrário.

Após deixarem a pequena na escola Kongpob o deixou em seu serviço e depois seguiu para sua própria empresa. No caffe Arthit ficou encarregado do balcão para receber os pagamentos já que segundo Knott ele era bem receptivo. Algo que ele tinha sérias dúvidas, mas quem seria ele para negar a ordem de um chefe? Tudo estava se encaixando graças a Kongpob, se ele não o tivesse interceptado naquela noite só os deuses saberiam como eles estariam agora.

Arthit foi uma das várias pessoas que acompanhou a história do jovem pela mídia, mas se ele fosse franco consigo mesmo acreditava que sempre sentiu atração pelo outro e isso aumentou quando se encontraram naquela reunião. Uma coisa que Kongpob parecia não se lembrar e ele não sabia se sentia triste ou feliz por isso... Talvez seja esse o motivo para Namtarn ter ficado tão rancorosa. Ele havia começado a trabalhar feito um louco apenas para dividir o mesmo espaço com o homem mais novo e agora... Ele namorava Kongpob! Que reviravolta do destino, não?

- Hei! _ uma voz feminina lhe tirou dos devaneios _ os trocos não vão se voltar sozinhos. Francamente não se fazem mais empregados decentes!

- Me desculpe Khun... _ Arthit pediu levemente constrangido, pois a mulher havia falado alto o suficiente para chamar atenção das mesas mais próximas.

- Ah, eu me lembro de você... _ a moça começou novamente com um sorriso arrogante _ o pequeno rato da recepção...

- E você é? _ ele a encarou de volta claramente incomodado com a insinuação.

- Claro que você não se lembraria de mim já que estava se esfregando no meu chefe em uma tentativa nojenta de ter sua atenção. _ ela respondeu com um rosnado _ eu sou May secretária pessoal do K'Kongpob.

- Assim agora eu lembro a mulher que sempre me encara como se eu fosse algum tipo de vagabunda.

- E você não é? _ ela ironizou.

- Não como você eu suponho.

- Seu desgraçado! Como ousa responder pra mim!

- Eu sei o que está tentando fazer aqui. O que foi K'May, todas aquelas noites de hora extra não estão tendo resultados? _ Arthit riu pela primeira vez se divertindo um pouco com a situação _ Devo pedir que se retire. Há outros clientes na fila.

May se inclinou no balcão e ambos se encaram travando uma pequena batalha e ele a ouviu sussurrar:

- Isso não vai ficar assim. Você é uma abominação e vou me certificar de que fique fora do meu caminho.

Caminhando até você Onde histórias criam vida. Descubra agora