Kerkkrai estava sentado calmamente em sua poltrona tomando um café e encarava as paredes brancas da sala em seu rádio tocava uma melodia antiga e ele suspirou cansado... Aquela melodia lhe trazia tantas lembranças de uma época distante, mas não teve tempo para pensar na vida,pois sua porta foi bruscamente arrombada e alguns policiais entraram sob ela. Ele fez cara de desaprovação e terminou de sorver o liquido que escorreu queimando pela garganta:
- Então essa foi a decisão deles?
- K'Kerkkrai o senhor está preso por crime de lesão corporal grave. _ Korn falou impaciente com a cena a sua frente. Como o homem podia estar tão calmo mediante a situação _ para sua sorte Kongpob não quis dar parte então você não vai apodrecer na cadeia.
- Sabia. Kongpob continua sendo filial afinal, não foi uma completa perda de tempo.
Um dos policiais que estava acompanhando Korn ao ouvir aquilo ficou simplesmente enojado e sendo impulsivo socou o rosto de Kerkkrai enquanto vociferava nervoso:
- Seu verme maldito! Ele perdeu a porra da memória por sua causa! Ele vai ter cicatrizes eternas da sua desaprovação! Fisioterapia vai ser pouco pra curar aquela alma quebrada e no final você diz que ele não foi uma completa perda de tempo?!
- Acalme-se... _ Outro homem pediu inspirando fundo. Era óbvio que ele queria fazer o mesmo.
- Mas ele... Ele...
- Nós te entendemos... _ Korn disse rangendo entre dentes _ Ele vai ter o que merece. Podem levá-lo.
Dois policiais se aproximaram do velho que os impediu de tocá-lo e caminhou de cabeça erguida até o camburão. Ele podia ver os flashes e os repórteres e já imaginava as manchetes do dia seguinte. Que pena... Ele pensou todo o seu esforço por água abaixo... Eles não entendiam o motivo por trás de suas ações e se dependesse dele jamais saberiam. Ele tinha perdido tudo agora, pelo menos sabia disso.
***
May estava largada em seu sofá de couro preto caro vendo as notícias sobre Kerkkrai e Kongpob pelo noticiário e sorriu com escárnio:
- Aquele velho pode ser burro, mas fez um ótimo serviço! Kongpob sem memórias? Eu posso tê-lo pra mim finalmente!
Sua gargalhada vitoriosa foi interrompida pela companhia. Ela não moveu um músculo, mas ergueu a sombrancelha ao perceber a comoção da porta onde sua empregada tentava explicar balbuciando algo para alguém. Ela se levantou e de frente para a porta vindo em sua direção estava Arthit e ele parecia furioso bem diferente do ratinho acuado de algum tempo atrás. Ela engoliu em seco. Isso significava problemas:
- Você... _ ela ouviu o homem dizer _ Seu ser humano desprezível! Asqueroso! Pior tipo de lixo do mundo!
- E quem o ratinho pensa que é pra invadir a minha casa e querer bancar o macho alfa? Se bem que olhando bem pra você seria um imundo ômega...
- Sra. May? _ Korn colocou a mão no ombro de Arthit para evitar qualquer possível movimento do homem _ a senhora está presa por invasão de privacidade e espionagem e fornecer informações sem permissão. Tudo que disser deve e será usado contra você em um tribunal se não puder ter um advogado o estado lhe indicará um.
- O que? Isso é ridículo! Eu não posso ser presa!!
- Ficará detida até o julgamento que vai decidir se fica livre ou não. _ o mesmo continuou.
- Isso tudo é culpa sua! _ ela avançou em Arthit prendendo-o pelo pescoço. As mãos pálidas de unhas grandes avermelhadas firmaram o aperto _ seu maldito gay de merda!!! Ele é meu entendeu? Kongpob é meu!!!
Ela foi puxada para trás e segurada por dois policiais, Arthit estalou o pescoço para ambos os lados e deu uma última olhada para Korn que apenas levantou os braços à sua frente em sinal de paz. Ele sorriu de canto para May e disse baixo:
- Eu sou um professor bem paciente e é por isso que eu vou te ensinar da maneira correta agora._ um tapa forte na bochecha esquerda ecoou na sala_ Kongpob _ outro tapa voltado para a direita _ Suthilluck _ mais um tapa _ é _ outro tapa _ MEU.
Ele puxou seus cabelos para que seu rosto ficasse visível mostrando os lábios machucados e continuou:
- Ficou claro agora? E isso não é nem metade do que você merece por ter ferido o meu Kongpob. Não me teste. Na próxima vez eu não vou me conter.
Com uma força bruta ele a empurrou ao chão e virou-se para sair, mas parou e a encarou por cima do ombro com um olhar de desdém:
- E eu seria melhor que qualquer ômega que você poderia algum dia pensar em ser.
***
KaoFhang, e seus amigos que foram os seguranças na empresa combinaram de se encontrar em um bar e estavam os três sentados conversando e bebendo seus drinks:
- Não acredito que ele me intimou realmente! _ KaoFhang reclamou dramaticamente _ nem pra ter perdido a memória antes disso?
- Bem feito _ um dos homens riu _ ele se achava o deus na terra! Agora está privado de tudo e rebaixado como a plebe!!
- Agora é apenas um de nós!! _ o outro concordou _ ninguém mandou se envolver com aquele cão de rua! Aposto que agora ele está lá sozinho e o outro já foi procurar outro saco de dinheiro pra sustentá-lo.
Os três riram de gargalhar e continuaram curtindo sua noite. Apesar dos problemas que Kongpob fez questão que encontrassem em suas buscas por emprego, eles não estavam ligando. Afinal era por isso que estavam ali pra comemorar a queda do grande Kongpob Suthilluck.
*****************
VOCÊ ESTÁ LENDO
Caminhando até você
FanfictionArthit é um pai solteiro que se encontra nas ruas da grande São Francisco com sua filha pequena tentando sobreviver. Kongpob é o CEO de uma das empresas do seu pai, aclamado pela mídia e cobiçado por ser o solteiro milionário bonitão. Ambos procuran...