Meu erro

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O som de um soco foi ouvido com clareza na sala da casa de Kongpob onde o mesmo se encontrava no chão cuspindo o sangue de sua boca. Seu rosto estava desfigurado devido aos golpes e ele sentia dificuldade pra respirar alguns chutes e pontapés... Ele não podia revidar porque em sua frente de pé com o punho cerrado estava Kerkkrai. Seu pai. O homem que estava acabando com sua raça por ser "defeituoso"...

Na tela do celular do homem velho ainda podia ser visto o vídeo sendo reproduzido e o moreno só conseguia se concentrar na respiração ofegante de Arthit enquanto ele batia em seu corpo... Deus! Ele estava no meio de uma situação difícil e não sabia se ainda ia aguentar ficar consciente... Como ainda conseguia sentir algum tipo de excitação com isso?

Um segundo soco veio novamente e a voz áspera de seu pai junto com outro golpe:

- Não Kongpob! Você não vai apagar agora! Você ainda tem que sofrer muito depois dessa humilhação que me fez passar! Foi tão bom assim ser a cadelinha de outro homem?

- Eu... Eu adorei cada segundo... _ o mais novo respondeu com a tentativa de um sorriso arrogante. _ Cada um deles enquando P'Arthit me fodeu!

- Não se atreva a responder! _ mais um soco. Ele achava que seu maxilar não estava mais no lugar. Não sabia dizer já estava entorpecido pela dor _ Onde foi que eu errei com vocês?

- Talvez o senhor devesse ter parado de desejar meninas quando teve homens...

A fala pegou Kerkkrai desprevenido. Ele se lembrou da esposa e de como era ela quem queria uma menina para ser par com o filho de sua melhor amiga... Isso desarmou o homem mais velho que continuou a encarar o filho de joelhos no chão. O vídeo havia chegado ao fim e ambos os homens se encaravam com um misto de emoções. O senhor respirou fundo ainda abalado e falou novamente:

- Kongpob... Podemos esquecer isso... Você ainda pode ser o grande CEO que está destinado a ser! Você trabalhou tão duro por isso... E vai jogar isso fora por um Zé ninguém? Não vê que ele é um aproveitador? Só querendo o seu dinheiro!

- Não pai... Você trabalhou duro por isso... Eu nunca quis ser igual você. E P'Arthit não é assim!

- Você é uma decepção. Como pode ser meu filho?

Kongpob não teve tempo para responder por que a porta foi aberta e Arthit passou por ela rapidamente. Ambos haviam combinado de se encontrar e o moreno não apareceu nem respondeu as suas mensagens ou ligações, ele não costumava ser paranoico, mas sentiu que precisava ir ver se o namorado estava bem apenas para chegar lá e se deparar com a visão horrivel a sua frente.

O mais velho estagnou o passo com a respiração presa na garganta. O que havia acontecido ali? Ele viu o moreno rastejar até si e ainda de joelhos o abraçar pela cintura e com um sibilo de dor apertar o rosto em sua barriga manchando sua blusa com sangue:

- Kong... O que está havendo? _ conseguiu perguntar quando viu que sua voz não falharia.

- Sinto muito... _ o moreno respondeu negando com a cabeça _ não queria te deixar esperando.

- Kongpob. Quem fez isso com você?

Ainda sem responder ele viu o jovem de joelhos encarar o pai que estava há alguns passos de distância com um olhar indecifrável no rosto. Arthit não precisou de muito pra entender o que aconteceu ali e sentiu seu sangue ferver. Por que seu amor tinha que sofrer aquilo simplesmente por querer ser feliz? O que havia de errado em seguir seu coração? Ele ajugou Kongpob a se levantar e deu alguns passos em direção a Kerkkrai. Palavras nunca adiantariam, mas um soco bem dado aliviaria um pouco do peso em seu coração... Era o que ele queria fazer, mas o moreno o impediu abrançando-o por trás:

- P'Arthit não!

- Não? _ o outro rosnou.

- Não... Ele... É meu pai...

- Kong olha o que ele fez com você! Ele não é seu pai!

- Pai! Pai! _ um grito feminino foi ouvido da porta enquanto a criança corria em sua direção _ onde está o Kong por que esta demorando?

Coração parou abruptamente quando viu seu pai sendo segurado pelo moreno que estava machucado e todo aquele sangue a deixou assutada ela alternava olhares entre os três homens e deu alguns passos pra trás:

- Papai?

Arthit respirou fundo algumas vezes para se recompor e foi até a filha com o moreno ainda agarrado as suas costas:

- Está tudo bem querida... Estamos indo agora. _ ele olhou de relance para trás _ Kong?

- P'Arthit... Dói...

Arthit abaixou o corpo para que Kongpob subisse em suas costas em seguida pegou a mão da filha e antes que saissem ouviram a voz de Kerkkrai:

- Se sair por aquela porta eu o deserdarei. Você não vai ter um centavo dele!

- Não precisamos do seu maldito dinheiro! Você e toda sua riqueza podem arder no inferno. _ Arthit respondeu entre os dentes.

- Você acha que estou sendo duro? Acha que abominações como vocês serão felizes? Vocês nunca vão chegar em lugar algum! A vida dele está arruinada e a culpa é sua!

- Você é um velho sozinho e acabado. Um covarde digno de pena. Eu acho bom nos deixar em paz da próxima vez que encostar no meu Kong eu não vou perdoar.

Arthit não esperou uma resposta e apenas seguiu para o taxi que esperava do lado de fora da casa assim que entraram no veiculo pediu para que o levassem para o hospital. Kongpob havia perdido a consciencia depois de ter a certeza que estava seguro e o mais velho averiguava seus ferimentos:

- Papai... Kong vai ficar bem?

- Sim meu bem... Ele só precisa descansar...

- Você teve muita coragem. _ a voz do mostorista foi ouvida e Arthit ergueu a cabeça para encará-lo com um olhar confuso. _ Eu... Meio que não deu pra deixar de ouvir... Os gritos eram meio altos...

- Sinto muito que prensenciou isso...

- Só queria dizer que o que aquele homem disse está errado. Vocês vão ser felizes tenho certeza... O mundo também é cheio de pessoas boas. Acredite nisso.

- Obrigado.

- Agora vamos levar esse mocinho para o hospital!







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Perdoe a demora🥹🥹

Minha vida virou de cabeça pra baixo pra variar kkkkk

Mas eu não abandonei a fic😅

Estamos na reta final de qualquer maneira!!

Bye!

Caminhando até você Onde histórias criam vida. Descubra agora