Capítulo 6

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Depois de longos dias e semanas insuportáveis com aulas desinteressantes, finalmente o dia tão
esperado chegou. Hoje minha turma fará a excursão para o museu. É em outra cidade, então ficaremos hospedados em um hotel por dois dias.

Já participei de viagens escolares assim antes. Sempre viajamos de ônibus, é demorado e cansativo. São horas sentado numa poltrona desconfortável sem nada para fazer, mas vale a pena no final.

Agora são três horas da manhã e estou de pé em frente à minha casa esperando ônibus. Pelo menos os coordenadores tiveram o bom senso de buscar os alunos, já que é ridículo de cedo e não seria nada legal nos deixar ir esse horário para a escola. E pelo que eu ouvi falar, minha casa é o último destino antes de seguirmos viagem.

Quando o ônibus chega, agradeço aos deuses, porque já estava quase me deitando na calçada e tirando um cochilo.

Vejo Steve sentado com outra pessoa e lanço um olhar irritado a ele, mostrando o dedo do meio e recebendo uma piscada como resposta. Traidor de uma figa.

Se você já leu aquelas típicas histórias de adolescentes babões com casais mais previsíveis possíveis, deve imaginar o que vai acontecer comigo agora, não é?

E óbvio que eu seria o último a ser buscado em casa para não escolher minha poltrona e ficar justamente com o meu inimigo mortal. Super previsível.

Também não me surpreenderá se a coordenadora anunciar que eu tenho que dormir no mesmo quarto que ele. E fingiria surpresa se ela viesse com aquele enredo clichê de "só tem uma cama, vocês vão ter que dividir".

O destino parece olhar para mim e rir. Inspiro ar suficiente para manter minha paciência em níveis necessários antes de colocar minha mochila no compartimento acima das poltronas.

Mike sorri a me ver.

- Oh, que surpresa! Só sobrou esse lugar ao meu lado - ele põe a mão na boca, como se estivesse surpreso.

- Isso tem dedo seu, aposto. Você deve ter expulsado todo mundo que tentou se sentar com você só para guardar esse lugar para mim.

- Você acha que meu mundo gira ao seu redor, não é? - ele pisca os olhos lentamente - Sim, eu fiz isso.

Sorrio sarcasticamente. É óbvio que esse palhaço teve culpa nesse destino de merda.

- Típico. Agora me dê licença que eu quero passar.

- Fique a vontade, solzinho.

Reviro os olhos e espremo meu corpo entre a poltrona da frente e as pernas de Mike para ir ao meu assento do lado da janela.

Percebo apenas instantes depois que é muita burrice atravessar aquele espaço minúsculo de costas para o meu colega pervertido.

Quando estou de pé na sua frente, caminhando para chegar à minha poltrona, ele agarra minha cintura e puxa meu corpo para trás, fazendo-me cair sentado em seu colo. Prendo a respiração ao sentir as duas mãos grandes apertando meus quadris e logo em seguida um nariz se afundando em meu pescoço. Minha pele se arrepia quando ele aspira meu cheiro, fazendo questão de esfregar a ponta do nariz na minha nuca.

Recupero o controle do meu corpo (que inclusive me deixou muito irritado) e solto as mãos asquerosas de Mike de mim, xingando ele em grego e sentando-me em meu lugar.

- Se fizer isso de novo eu encho a sua cara de flechas - ameaço, apontando o dedo em seu rosto.

- Você não pode negar que gosta, solzinho. Sua boca diz "não", seu corpo diz "por favor". Não finja que não gosta quando eu te toco.

Sexual Appetite - BylerOnde histórias criam vida. Descubra agora