Capítulo 10

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Depois do musical, nós visitamos uma loja de lembranças, porque é essencial em uma viagem escolar comprar produtos sobre o local onde
passeamos. Há pequenas estátuas de deuses de materiais pouco resistentes, colares coloridos de símbolos, réplicas mal feitas de instrumentos e armas gregas, bonecos esquisitos de,
supostamente, heróis... O paraíso para quem gosta de gastar dinheiro com objetos sem qualidade. Eu estou muito bem com aquela lira de Apolo que surrupiei da sala esquecida.

Quando todos já torraram suas economias em coisas que provavelmente vão para o lixo depois
de alguns dias, fomos para o hotel dormir a última noite antes da viagem de volta. Quer dizer, dormir umas míseras quatro horas antes da coordenadora bater panela na nossa porta, mandando os alunos adiantarem para não atrasar a viagem de, também, três horas da manhã. É sempre assim.

Não encontro Mike ao entrar em nosso quarto. Está um pouco escuro, porque as luzes estão apagadas e, apesar de ser filho do deus do Sol, a estrela maior que ilumina a Terra, eu gosto do clima gostoso que a escuridão traz.

Penso em tomar um banho quente antes de me deitar e tentar dormir. O clima está razoavelmente frio e um banho na temperatura mais alta cai bem
agora.

Tiro minhas roupas, pego um par novo na mala e uma toalha e vou ao banheiro. Ligo o chuveiro e deixo a água fervente lavar meu corpo e minha alma. Minha pele é resistente a altas temperaturas,
então não sinto nada de mais, mesmo que de longe pareça que estou sendo cozinhado em um cubículo. Ah, as belas vantagens de ser filho de Apolo...

Termino de me banhar e visto em meu corpo as roupas limpas que peguei e penduro a toalha no boxe. Na hora de ir embora eu guardo, não vou esquecer.

Sentindo o cheiro delicioso do sabonete em minha pele, eu me deito de barriga para baixo na cama e fecho os olhos, disposto a descansar durante o tempo que resta antes da viagem.

Poucos segundos depois, quando penso estar contando carneirinhos pulando a cerca e perto de ser engolido pelos braços do sono gostoso, escuto barulho de passos quase discretos. Se a intenção dessa criatura é ser silenciosa, ela precisa treinar um pouco mais.

Então, de repente, sinto um corpo pesado em cima do meu, esmagando minhas costas e meus quadris, e enxergo mãos grandes apoiadas ao lado
da minha cabeça. Merda.

- O que você está fazendo? Saia de cima de mim! - ordeno.

Tento empurrar o corpo para trás para jogar a pessoa para fora da cama, mas seja lá quem esteja sobre mim (que tenho quase certeza de que sei
quem é) está me prendendo.

- Você consegue sentir, solzinho?

Aquela maldita voz.

Reconheço o dono dela e não sei se estou feliz por isso. Ele pressiona o quadril em mim e eu consigo sentir perfeitamente algo rígido me tocando. Mordo meu lábio.

- Olha como você me deixa - ele esfrega a ereção na minha bunda - Você não sabia que eu estava aqui, não é? Por isso tirou as roupas na minha frente, ficou nu, com esse corpo gostoso que você tem. Ou será que sabia e fez de propósito?

- Eu não sabia - respondo, sussurrando. Fecho os olhos por impulso, sentindo ele roçar o pau em mim. Merda, não consigo nem resistir e empurrar ele para longe...

- Humm, isso torna tudo mais excitante. Você sente como eu estou? Duro, excitado, só porque te vi nu e imaginei como deve ser uma delícia te assistir tomando banho. Seu corpo molhado pela água, suas mãos passando o sabonete por onde eu quero tocar... - ele geme rouco e intensifica a fricção, esfregando o pau com força na minha
bunda - Você me deixa louco, Will.

- P-para com isso - peço, mas acabo não soando muito convincente.

- Eu sei que você não quer que eu pare. E sei que você é forte o suficiente para me impedir caso eu esteja fazendo algo contra sua vontade. Se você deixa, é porque gosta. Não finja qu...

Sexual Appetite - BylerOnde histórias criam vida. Descubra agora