Capítulo 3: Herói Estigmatizado

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Arthur finalmente chegou em sua escola.

Ao adentrá-la pelo portão da mesma, ele direcionou seu olhar para o lado, para a cantina do local, apenas para ver seus colegas sentados em uma das mesas.

Arthur nunca foi realmente próximo de ninguém na escola, para falar a verdade, ele nunca foi próximo de nenhum humano.

Os humanos eram extremamente preconceituosos em relação aos super-humanos. Colocavam na mesma prateleira os super-humanos dessa época e aqueles da guerra da supremacia. Os humanos chegaram até mesmo a criar um nome diferente para se referirem aos super-humanos, "amaldiçoados". Esse nome foi escolhido, pois para os humanos, o simples fato de alguém ser um super-humano, significava que essa pessoa estava amaldiçoada pelo resto da vida. Esse nome representava o ódio e rancor que os humanos tinham em relação aos super-humanos, além do preconceito em si.

Um preconceito que eles justificavam utilizando a opressão dos super-humanos sobre os humanos, que deixou diversos traumas para trás. E também, um acontecimento mais recente, fez com que esse ódio se tornasse ainda maior. Um super-humano extremamente poderoso – talvez seja o mais poderoso vivo – junto de um pequeno exército formado por outros super-humanos, entrou em guerra com a Rússia, e depois de uma batalha que não foi tão longa como era esperado, eles a venceram. Assim, ele colocou o país sob sua jurisdição, estabelecendo uma utopia, no mesmo.

Isso fez com que o ódio dos humanos se tornasse ainda maior do que antes. Para a maioria deles, fortificou-se a ideia de que não existiam super-humanos bons. Acreditavam que eles não mereciam perdão. Para eles, a única coisa que os super-humanos mereciam era a morte.

É claro que não eram todos que pensavam assim, alguns achavam que as pessoas não deveriam culpar determinados indivíduos, pelos pecados de sua raça. Mas esse não é o pensamento que a maioria dos humanos compactuava.

Arthur não gostava de conversar com nenhum humano. Pois todos que ele conheceu, sempre que tinham alguma chance, faziam comentários preconceituosos direcionados aos super-humanos. E talvez por medo, de que se ele fizesse um amigo, e esse amigo descobrisse que ele era um super-humano, ele o isolaria e julgaria apenas por ser quem era. Para evitar isso, Arthur escolheu se isolar por conta própria, assim, ele não precisaria sofrer.

— Turma está na hora de irmos! O ônibus acabou de chegar. — A professora disse, tirando Arthur de seu transe.

— Finalmente, eu não aguentava mais esperar. Minha bunda já tava doendo. — Um aluno comentou com seus amigos, caminhando em direção a saída da escola.

Arthur acompanhou os outros alunos que estavam indo em direção ao ônibus. Entregando a autorização para a professora que estava em frente ao portão. A viagem até as instalações onde está o gerador de energia movido a mana, demorou cerca de 25 minutos. Passado esse tempo. Eles finalmente chegaram às instalações.

— Uau.

— É enorme.

Os alunos ficaram impressionados com o tamanho das instalações, o local era realmente gigantesco.

Um homem desconhecido se aproximou deles — Olá, meu nome é Carlos. Eu serei o guia de vocês hoje. — disse ele.

— Cumprimentem o senhor Carlos crianças. — a professora pronunciou.

— Olá senhor Carlos.

Alguns dos alunos o cumprimentaram, outros não.

Soltando um suspiro  — Me desculpe pela falta de educação de alguns dos meus alunos. — a professora falou.

— Hahaha. Tudo bem, por aqui.

Os estudantes e a professora começaram a segui-lo, assim ele começou a os guiar por essas instalações.

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