Capítulo 9: Despertar do Herói

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"Ataque de super-humano?" Arthur pensou.

A voz que estava saindo dos alto-falantes, falava em inglês. Arthur não conseguiu entender todas as palavras, mas conseguiu deduzir o que estava acontecendo ao entender as palavras “Ataque” e “super-humano”. Além dos alarmes e luzes vermelhas piscando, que denunciavam bem o que estava acontecendo.

Arthur conseguia ouvir sons vindos de fora da sala, onde sua cela estava. Os sons pareciam ser de coisas se quebrando e...

— Socorro!

— Aaaaaaaaa!

— Alguém me salva!

— Não! Por favor, não!

...Sons de pessoas gritando e implorando por suas vidas. O lugar realmente parecia ter sido invadido por super-humanos.

●●●

No laboratório

O laboratório estava praticamente todo destruído, haviam 6 super-humanos ali. Eles estavam caminhando pelo laboratório calmamente, deixando que os cientistas – e o segurança – que ali estavam, se escondessem, dando uma esperança falsa para eles, fazendo-os acreditar, que aquilo ia os salvar.

James, o pequeno e tímido homem de jaleco que estava na sala de Arthur quando ele acordou, agora estava escondido atrás de uma mesa, carregando um par de chaves consigo. Seus olhos cheios de lágrimas, e tentando ao máximo manter sua respiração regular. Seu medo era tão grande, que ele achava que se respirasse muito alto, os super-humanos perceberiam que ele estava ali.

James escolheu se esconder, até a ajuda chegar. Mas isso seria difícil, os super-humanos destruíram o elevador, e colocaram inúmeros objetos e destroços na frente da porta, que levava ao lance de escadas.

Um super-humano careca e de barba mal feita passou próximo a James, cada som provocado por seus passos era aterrorizante. James se manteve o mais calado que conseguiu, colocando suas mãos na frente de sua boca ele começou a respirar lentamente, até o super-humano se afastar.

Um pouco mais ao lado – também escondido – estava o segurança, que trabalhava no laboratório. Pensamentos começaram a bombardear sua cabeça."Eu não quero morrer, eu não quero morrer!" Ele pensou, se tremendo.  Ele tentou se acalmar, inspirando e expirando lentamente, antes de mudar sua atenção para o estado em que estava o laboratório e as pessoas, o laboratório estava destruído quase por inteiro, as pessoas, cientistas, estavam apavoradas.

Como segurança, não era seu dever impedir que a situação chegasse a isso? Foi o que passou por sua cabeça. Em seu pescoço havia um pingente, com uma foto de sua mulher e filha, ele a observou por um momento.

Voltando ao James. De repente, ele sentiu seu celular vibrar – por sorte, ele havia o colocado no silencioso – como se alguém estivesse ligando para ele. Ele o pegou na intenção de o desligar, mas ao ver o nome da pessoa que estava ligando, ele desistiu. E usando o que restava de sua coragem, ele o atendeu.

— Se-senhor Adam? — ele sussurrou.

— James, não há tempo para explicações e sei que isso agora é perigoso, mas só tem um jeito de você se salvar, e salvar os outros que estão aí.

Depois de ouvir isso, James começou a prestar atenção em cada palavra pronunciada por Adam.

— O garoto super-humano, aquele que possui dois núcleos, não está junto dos outros, não é?

James ergueu sua cabeça, tentando olhar em volta para verificar se Adam estava certo.

— Na-não, ele não está. — James respondeu, ainda sussurrando.

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