Arthur e Hikari estavam sentados na grama em posição de lótus.
— Gostaria de saber, o que você imagina quando utiliza seus poderes? — Hikari questionou, sentado de frente para Arthur.
— O que eu... imagino?
Se surpreendendo um pouco com a pergunta, Arthur recaiu em seus pensamentos por um instante.
— Para ser sincero, eu não imagino nada, apenas faço — ele respondeu.
— Era de se esperar.
Hikari suspirou.
— Isso realmente era o mais lógico, você possui um controle tão fulo de suas próprias habilidades, e o jeito que você as utiliza em batalha? Nossa, se me permite dizer, é tão infantil – você na maioria do tempo, apenas visa o poder destrutivo, não se preocupando em tomar decisões precisas e inteligentes, para vencer aquela luta, e se deixa ser levado pela sua impulsividade.
— Mesmo seu potencial de evolução sendo magnífico, você no momento é tão... insigficante! Só mais um entre tantos outros.
Uma faceta constrangida se formou no rosto de Arthur.
— Não sabia que humilhação, estava incluída no treinamento — ele murmurou.
— Não é humilhação, estou apenas ressaltando seus pontos fracos, para que assim, você possa os melhorar. — Hikari disse, ainda com um sorriso no rosto, e dando uma piscadela.
— Mas chega de conversa fiada. Vamos ao que interessa. Como você não tem um controle preciso sobre sua mana, vamos começar pelo básico, e ir aumentando o nível lentamente, tudo bem?
Arthur assentiu em concordância.
— Me acompanhe — Hikari disse ao fechar seus olhos.
Em seguida, Arthur fez o mesmo.
— No ar que passa por nós a todo momento, reside mana, quero que se concentre. Concetre-se o máximo que conseguir.
— Inspire e expire lentamente, esqueça tudo à sua volta, e se foque unicamente, na mana que reside aqui.
Arthur inspirou e expirou, tentando seguir o que Hikari falou. Mas era como se a natureza estivesse contra ele, por um momento o barulho de tudo ao seu redor se tornou irritante, os pássaros cantando, o bater das folhas das árvores, até mesmo o próprio ar, tudo se tornou insuportável.
E Arthur começou a transparecer a irritação que ele estava sentindo.
— Não se irrite — Hikari disse.
— Você não vai conseguir sentir a mana de início, isso é normal. Tente manter a concentração, que em um momento, a sentirá.
Arthur assentiu com sua cabeça, respirando ainda mais profundamente, nos primeiros minutos sua irritação ainda estava ali. Mas depois do que parecia ser horas, ele começou a sentir uma espécie de corrente elétrica a sua volta, e passando por dentro dele.
— Hikari! — ele gritou, uma fagulha de animação transparecendo.
— Eu sei, não tente conversar comigo agora. Se não você não conseguirá senti-la mais.
Arthur tentou voltar a sua concentração, mas como Hikari disse, esse mísero momento que ele perdeu sua concentração, foi o suficiente para que ele não conseguisse sentir mais a mana ao seu redor.
— Merda! — Arthur amaldiçoou, um pouco irritado, abrindo seus olhos em seguida.
— Não fique tão irritado — Hikari disse.
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O Nascimento dos heróis
Science FictionNum passado distante, uma guerra cataclísmica deflagrada por uma raça de seres superpoderosos marcou a história. Os horrores desse conflito deixaram profundas cicatrizes na população humana, que hoje abriga um abismo de ódio e rancor em relação aos...